Não,
este aí, ainda não foi D. Lela quem o escreveu, nem o padre Antonio dos poemas
parnasianos da pomba na mão,muito menos um jovem de agora antenado com o
zap-zap, internet e redes sociais. Curto e seco. uma crônica policial dos tempos
em que a polícia, ainda ingênua, não tomava
o produto do furto e soltava o preso, com um relatório sucinto, “o elemento evadiu-se do local do
crime”, ou ainda, quando o meliante recalcitrante teima em não dividir o butim e é sumariamente
executado e em seguida lavrado um “auto
de resistência” fotografando-se-o com uma
arma na mão.
- Este o resultado na America Latina, depois da
tomada do poder por esquerdistas. Trovejou Amando.
-
Engano seu, a corrupção não é privilégio,
nem criação da esquerda. Você está sendo inoculado com o veneno de jornalistas
corruptos e vendidos ao capital. Estourou Didi.
Ficava indignado quando alguém atribuía a
corrupção unicamente à esquerda, tentando obscurecer o fato de a corrupção
ser um fenômeno tipicamente capitalista.
- Sim, porque, o capitalistmo valoriza o capital e desdenha do trabalho. Logo, mais propício à corrupção, dizia, tu
ouves apenas o sino da igreja. É preciso beber informações em outras fontes. Os jornalistas são empregados do
grande capital. Você queria que eles falassem mal do capitalismo, para perder o
emprego? A corrupção está grassando porque o capitalismo venceu o socialismo.
- Se capitalismo venceu o socialismo é sinal que
o socialismo não presta, sarcasticamente, disse Amando.
- Ter vencido o socialismo não significa ser o
melhor, pode-se admitr, e é verdade, que tenha sido mais forte, mais eficaz,
inclusive na corrupção. Foi com a
corrupção que o capitalismo elegeu Karol Józef Wojtyła, que se tornou papa João Paulo II.
- Aí você foi longe demais, disse Amando.
- Longe demais? E que você me diz de João Paulo
II ter ajudado a corrupção no Leste Europeu para vencer o comunismo?
Quanto
se reclama? Já tem gente dizendo que o autor tirou da algibeira o Amando. Saído
não se sabe donde, nem para aonde vai. Acostumados a um anuncio do personagem,
uma apresentação, muito prazer em conhecê-lo, o prazer é todo meu. Não suportam
uma aparição assim de repente, como se a vida fosse ordenada. Teimo então mantê-lo,
que se acostumem. Isto não é matemática. 2+2=quatro. Fica aí Baixinho, era
Baixinho seu apelido, só o apelido, porque tem quase dois metros. Para
contrastar, no banco onde trabalhavam, existia também o Grande, talvez menos de metro e meio. Baixinho
era do interior de S.Paulo, Grande, potiguar. Amando, Amando? Fica-te por aí
para aguçar a curiosidade dos leitores.