Rue de Grenelle, Mario, o angolano, comendo Françoise, eu escrevendo um poema. Algum mal nisto? E Sá Brito? Quando acordou, sua pia, toda cagada. Você que fez isto, carioca? Sim. Não dizem que o francês mija na pia? Eu, como bom brasileiro, caguei. Parece piada, não é? Bom violão, melhor cagaião. Mhami, o argelino do restaurante da Alliance Française, tornou-se meu inimigo, brincando, pus carne de porco em seu prato. Que Deus é este que te fecha o céu por um naco de porco? Monsieur Pisani não encontrou nenhuma reticência em mim. A sorte foi o vigia. Non, non, Monsieur Pisani, Sempre antes de sair ele fica um tempo conversando comigo. Foi depois que ele saiu. Há gente, diz Drummond, nasce para ser gauche na vida. Como Jorge, a vida por por 180 reais. Um tiro ao tirar plantão de colega, em assalto no Village Mall, shopping onde se vende uma bolsa por 25 mil reais. Seria eu, também um deles? O arrombador quebrou armários, mas só levou besteiras dos empregados do restuarante.
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