Salve Maria, mãe da misericordia, linda doçura, esperança nossa. Rezam a incelença as mulheres de Capela e eu, menino, curioso e medroso atento, ouvidos e olhos. Tristeza no ar, olhos marejados nas pessoas. Contrição, de joelhos, mulheres e homens batem no peito, a voz grave e sortuna de um ancião entoa as jaculatórias, como saídas das profundezas da terra. Que misterio tem a terra? Ecoam no ar sonidos de misseis carregados de morte. Góis se matam em campo de batalha. Alguns, bem poucos, sem dó, nem piedade nos impõem a morte. A nós, benditos e promessas de paraíso que se não sente, que se não vê, que se não tem noticias de quem já partiu. Que misterio tem a terra? Quem nos esconde a vida? Digam-nos santos e sabios! Por quê tanta incertidão? Quem, com isto, se beneficia, oh Potestades?
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