É como, um dia, disse eu, a Panderecki. As letras não são, como as notas, dóceis e obedientes, bastando sete, e menos disto, prá se fazer uma sinfonia. As cores são poucas, mas vejam quantas se consegue misturando-as numa superfície, como aquele pintor em Montmartre, na Praça do Tertre. Sem o menor esforço, ou com muito, ele fazia uma coreogafia. Pegava o pincel embebia nos potes virava-se contrpalavrasa a tela e atacava com pincel. Ou como aque pintor. Uma tela no chão, pendurado sobre ela, um saco plástico cheio de tinta, simulava uma dança dramática, tocando violentamente o recipiente com uma espada, derramando tinta por toda a tela e tinha assim uma obra de arte. Vai fazer isto com as letras, com as palavras e terás uma bela de uma bagunça. Mas, sou teimoso. Nenhuma ordem, vai escrito o que vier primeiro e vamos ver o que vai dar.
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