terça-feira, 5 de dezembro de 2023

BRUNA SUFISTINHA

        





                        O mundo tá virado, Tunim. Virado, Zé? Ele já tá emborcado, de cabeça para baixo, hora destas, nóis escorrega e cai no precipício. Será o fim do mundo? Coisa nenhuma, Mancambira, pensando bem, tudo o que se vê agora, já se viu antes. Mas por quê isto agora? A Sufistinha, a Bruna Sufistinha, Dá. Sim, e o que houve? Abandono d’animais, sua própria casa, proibida d’entrar. Um gato, um cachorro valem mais que um de nós? Modismo e exibicionismo, Mancambira. A moda dita a vida, né Ziriabe? e o semostrador quer mostrar-se na moda. Mas, tudo se acaba, vai e volta. A moda de hoje, será o demodê do amanhã. Donato, meu mestre na arte da alfaiataria e, alfaiate dos melhores, saudade, mandava-nos, aprendizes, molhar os tecidos no Tanque de Baixo, não encurtar, depois de cosido, dizia: a moda é como nuvens passageiras, se desfruta o momento. Menin ouvia e não via. Hoje vê, muita sabença no sastre de Capela. Capela do Alto Alegre de Joaquim Machado e Rosália Gomes,

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