domingo, 9 de junho de 2024

           




                            

Oh tempos, eu não posso gazear. Vai longe no tempo, tampouco podia gazear. Nos frades capuchinhos  na Piedade, nos de Feira, nos vocacionistas, em Itambé, nem nos jesuítas do Vieira, não podia. E hoje, quando quero, oh, quando quero, nem posso. Estar  atento aos gases do imigo. E como queimam, quando não matam. As gazetas não mostram. Calam gritos de horror e medo. O Tesouro, querem. Mães amamentam, crianças gazeam e a gazuâ continua. E gases e fachos e gases e tochas. Em tudo, em tudo que gazeia em nossa terra. The Wasted Land. Filomelas, tantas, que, e Medusas, dor! Gazos, como Tereu, como Poseidon. O que nos resta agora? O desespero como salvação, Senhor Adorno? Gazares lindos, bem ali farfalham, aqui, rafa e agonia. Oh, terra! oh, mundo! Meu paraíso perdido, quem te perdeu? A quem ofendeste para me mereceres tão cruel vingança? Não achas, tu exacerbada a vingança? Até quando irá tua ira? Quem te fez assim? De quem aprendestes tão desalmada crueldade? Dizei-me, então e ao mundo também, fomos, nós. o fautor de teu caminhar? Por quê volteias tua lança contra nós? Haveremos de resistir.

 

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