quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020















                                                       Entreguei Sissel a Claudio. Não foi esnobismo, impaciência. Como a namorada de Pedro, não conseguia jogar uma partida de xadrez. 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020














                          

                                            
                                    Ela dormia comigo de ponta cabeça, não porque eu não quisesse, por medo. Uma cama de solteiro. Criança, na casa de tio Pedro, com os primos. Na casa de tio Cândido também. Cama de vento, ou de couro, ou de cordas. Mas, aqui, 16, rue d´Assas, outra. Quem o faria? Fá-lo- as tu?

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020













                                   Seu olhar. Onde estivesse me olhava, no saguão, nos corredores, na cantina, na sala de aula. Baixava as vistas. Gosto de sua postura frente à banca. Cabeça erguida. Professores, surpresos. Nem eu percebia. Noiva, ia casar. Não achava justo. Me mostrar o apartamento onde iria morar. Desculpas para não ir. Fomos. Na Barra, Marquês de Caravelas, um prédio novo. Falava, falava, calado, aturdido. Elevador, cheirando a alho. Ela abriu a porta. Inda sentia a tinta, branco. Novo, sofá, mesa, um jarro com folhas de pitanga,  cadeiras. A cozinha, intacta. Que dizer agora? Que não a tive? Doidos por saber. Ninguém tem mais paciência. Querem logo o fim. Hitchcock não é mais suportável. A técnica de distender o tempo para provocar o suspense é entedioso.

domingo, 9 de fevereiro de 2020













                                 


                                        Enquanto espero o resultado do mais que manjado Oscar, penso em quanto foste estúpido. Não gosto que desrespeitem minhas orientações, se vocês soubessem se defender não precisariam de defensores. Insistiu no silêncio. Não confiou no seu defensor, tornando impossível a defesa. O mais eficiente seria o asilo, cabível no caso, pelo direito de viver. Burro, não aceitaste. A estupidez, a arrogância, não deixaram. Agora, nem tico, nem taco. Nada mais se pode fazer, a menos que tenhas deixado alguma gravação. Sim, E a vida? Não adiantou ter-me ligado.