Por quê não nos acostumamos com a morte, se ela é a unica coisa certa nêste mundacho torto de meu Deus? Pois é. Eu, Mancambira, posso te afirmar que já estou me acostumando com a danada. Ela não faz mal a ninguém, porque quando ela chega, já sentimos mais nada, pode-se até dizer que ela é um personagem benéfico que nos tira do sofrimento, quando não aguentamos mais. ouvi muita falar, como um prenuncio, não aguento mais, e em seguida, morrer. A morte é a coisa mais banal que o homem inventou. E foi o homem quem inventou a morte? E não foi não? Se não foi ele, quem mais teria sido? Se não fosse ele, para que túmulos tão suntuosos? Mas, ainda assim, banal a morte, porque, nem mesmo acaba um de morrer que outro já vem se intrometendo na morte do outro, deixando-nos confusos, sem saber por quem chorar. Lemmbra-me o colega Afonso que se traja sempre de preto, porque já está pronto para todo e qualquer enterro. E para ele, pode-se afirmar, as exéquias são uma terapia, como dizia um outro, não quero nem saber quem é o defunto eu só quero é chorar. Pessoas assim, se existissem muitas, Freud, aquele sumitico do cu do mundo, morreria de fome. Aliás, minhas brigas com aquele sádico de Viena era sempre por sua sanha por dinheiro, dinheiro e fama que trazia dinheiro. Ele, Freud, ficava uma arara comigo, depois voltava às boas, dizendo sorrindo, que nós, adoradores do Filho de Pantera, sim, tínhamos vocação para esmoler, não ele, dizia, filho de Faraós.
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