quarta-feira, 1 de maio de 2024

DO QUE ME LEMBRO

 





                     Do que me lembro, Froide, pouco posso parlar. Claro, Didi, isto, poucos, mas o pouco já é bom. Então, elefantes. Elefantes? E gado, bois, vacas, frequentes. Um sítio ou fazenda, zoológico, sem muita certeza. Eu, ela, um casal,  ele médico ela geria os negócios. Pegadinha. Uma menina,  menos de três, branca; um menino, mais de três, negro. Um experimento. Nem sei como dizer, nem se devo. Um acasalamento. Estou arrependido, disse ao médico. Também, eu, mas como recuar? Seria pior. O menino de priapismo. E a menina, coitada! Os elefantes, parece,  perceberam o que fizemos ao bebê,  investiram violentamente contra nós. ? Não, sei, não me recordo. Viu-os correndo e tentamos subir na cerca. A cuidadora, que era a mãe do Davi, vencedor do BBB24, ou alguém com ela, parecida, correu em nosso socorro. Atônito, inda falei da ingratidão do filho, com Mani Brito. Ela apenas fez um muxoxo, tocando seu pé no meu. Digo bem, não, Freud, a modo que tinha dinheiro no meio? É a Impressão. Corria  muita grana, mas a gente não participava. Cobaias, mal pagos. Era nas imediações de Salvador, perto da costa, semelhando ao sertão. Madonna, que estava em tournée no Rio, ligou dizendo que viria nos ver. Uma honra para nós, mas nos  deixava um pouco intimidados. Quem não? E eu nem sabia tanto. Admirava-a por causa de Luiz Ademir. Ela, mais do que nós, sabe. Democracia, uma balela, só no papel. Livres? Bater palmas. Viu o exemplo de alguns. Perderam contratos, massacrados, cancelados. Nos criávamos as crianças? Se descobrissem? O massacre na redinco, pior que  a justiça. E se fôssemos presos, iríamos ser massacrados? Presos por crimes os mais bárbaros e cruéis tornavam-se  rígidos juízes e decidiam executar outros criminosos igualmente bárbaros e cruéis. É como já se tivessem purificados e se tornassem rígidos censores. Não tem Revolta certa, é Ladeira da Praça, como o aeroporto é Dois de Julho e Luiz Eduardo é Mimoso do Oeste, né, Mancambira? Rapaz, sei não, leva teu papo aí com Seu Froide. Pra gente ir embora. Porto triste Alegre, não me rio do Guaíba, mas choro do Nordeste, cadano da seca flagelado. Ontá comoção? unde governantes? Cadê vaquinha? Pix, nem, nem. E pra Madonna tem dinheiro.  Para, Froide, que não ladrão de minh’ algibeira, pra te pagar 100 dólares só por uma hora de consulta. E o menino, o menino… ééé comer…ééé comer…ááá ááá tanta gente passando necessidades e este doente deixando sua fortuna para o Neymar. Você pode me dizer, Froide, quem comendo quem? Em Inglaterra de 1917, Bafo de Onça lançava a pedra que criou o inferno n’oriente médio. E quem gritar! Sim, o menino tinha que comer aos olhos de todos nós. Um zoológico, o sernomundo, presa e plateia. Como rapaz? Fala verdade! Mesminho isto,  Seu Froide.  Comer, entendeu, Froide? Chega me arrepiar!


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