quarta-feira, 14 de abril de 2021

CAVALEIRO DA MORTE

 





    

                                                  O Cavaleiro  da Morte, nem mais foice traz, nem joga xadrez com Antonius Block,  um motossera, de marca, de estilo, tope de linha, de capacete, não espirrar em sua triste figura. Opa, ops, quem te chamou aqui, Quixote? Cabeças em fileira, dez, cem, mil, o cavaleiro, em riste o motossera, corta-as, menos de segundo, rápido quanto pensas. Tempos Modernos, não é Chaplin? E estranhos e velozes e vorazes e sanguinários e os olhos pesam e as pernas, sacos de areia e os braços, braços, chumbo, chumbo e o sopro e o sopr e o sop e o soco no respiro, afogado, afogado. Non água, no propriá di gente., sem tempo di dizer adeus, sem ninguém pradizer adeus. Não foi quem comeu o açucar de dona judite; nam, nã foi ele que os vinte mil réis de dona Maria Laura, perdido, ingênuo, e nocente mandado. Procurar no Porto da Barra, achado, na poça, agarrado, olhando o Primavera, o Oceania, a sorveteria. Entregou, inda molhado, inda assim, ficou ladrão, força d´opinião de quem é patrão. Vale muito ter malícia, nem a capoeira ensinou. Capoeira no chão, tim, tim, tim, capoeira  no chão tim, tim, tim, camará.

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