domingo, 19 de março de 2023

LARANJA MECÂNICA

                                            





                      Zane caruca alguns dizem yane caruca,  não me importo, cada quem bota a lingua onde a mão alcança. Se baixo, pouco esforço. Mais alto, n´ora de pegar, pular. Sim, acima, em cima no Olimpio, da planicie, afastado. Se devo, não nego, pago quando puder. Não fabrico grana. Quem a faz não me ensina. Uivos, latidos. A vizinha. Não, ela, o cão dela. Cadê ela? Muitos aí, mundo a fora. Comendo, descomendo, mijando, dormindo. No mato, a seleção natural. Entre nós, quase praga. Os amarelos os comem. Equilibra?  Vejam  Piacenza, norte d´Italia, tantos são, superando as crianças. Por isso o zeloso prefeito decretou o abate de crianças para alimentar os caninos piacenzanos. Petes, na moda, caninos e felinos, maioria. E há os que criam até cobra. Por que  não, gente? Eu, mesmo,  procuro uma criança. Criar, nossos avós, faziam assim. Uma companhia jovem, não escravisados, amado. Educá-los para ser cuidados na velhice. Los filhos  crescem e se vão.  Não, não pode, cachorros, gatos e até um porquinho. Quer? não quer? Só criança? Sei, fazer de escravo, ou quem sabe, objeto sexual. Pobre de mim, escravista e pedófilo. Hoje. perigoso viver, tudo virou crime, neste mundorana e tu viverás só, ad seculum, neste mundo fake. Quem sabe numa calorenta noite, chuvosa não apareça no teu ninho, enquanto tentas ler um romance, esperando o café que madame está passando, um daqueles jovens, bem vestidos mas nada amigável, e tu o reconheça, como o jovem do  Laranja Mecânica? E dançarás a dança da morte ao som da nona Beethoven.






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