terça-feira, 26 de dezembro de 2023

 



               Prondegentevai bebemos daquela taça, apanhamos daquela taca. Quem nunca sofreu não vai entender nunca. De norte a sul d’oriente a ocidente, a malha de Tiamate, a espada de Dámocles, pendentes, Seu Wagner. E vocês nunca se perguntaram onde estava o erro? Como? Séculos e séculos de ódio e ainda temos de perguntar onde estava o erro? Aí, também é demais. Demais? Barriga cheia e choro, podem estar empanzinados, mas choram. Qualquer descuido tome-lhe água no leite, tome-lhe pedra na mamona, e no cacau e no feijão e no arroz e em tudo que pegam. Palavras, palavras, palavras não levam a lugar algum. Caem mais almas do que se as pronunciam no mundo. Infelizmente. La paura, la tema, o medo. Impuseram-te, a ti, aos teus e a todos. Não mais falar, se não for pra bajular. Não mais falar, se não pra engrandecer. O resto, anátema. E tu perguntas, onde a livre expressão? Sufocado, quando puderem (e não vai demorar) ler teus pensamentos, perdido estarás. Melhor, não viver para ver. Não, melhor será, viver para crer, certo que não crês no que te conto. Tu não crês, mas crês no que te contam. Muitos, muitos, muitos fazem da mentira, a verdade e da verdade, mentira. E ai de quem os contradigam, contra si, terão boicotes, lapidação nas redes, barras dos tribunais, pois, onde quer que haja poder, lá tem um deles e tu tens de ficar caladim, caladim. Que uns mereçam, isto sim, merecem. O olho maior que barriga, da naca, jogam fora o pedaço; de quem  não tem, tomam; dos que têm, têm medo. Por quê terá de ser assim, podes tu, diz-me. Quem lhes ensinou este caminho? Será acomodação da natureza? Livrar-se dos corpos estranhos? Prostrado na cama Amendoim sofre. Depressão aguda. Visita de dia inteiro do amigo policial que sai, deixando a morte no banheiro. Difícil imaginar um polícia esquecer sua arma. Faz parte dele. E não voltar para buscar! Olha, Amendoim, eu vou esquecer a arma aqui no banheiro. Qualquer coisa pode usar; ou, veneno tá aqui no armário, não precisa usar todo não, basta uma narigada! A natureza fazendo sua  limpeza, a transmutação. Quem matou Jéssica Canedo? Não resistiu à depressão e tanto ódio. Eu, tu, Whindersson Nunes, todos nós? ou ninguém? Neste angu, neste angu! Sabedoria popular. João andou de papo com Maria. Doeu em ti, Maria? E tão só por isto, responder tenho? A seleção natural, né, Seu Darwin? Comemos do pasto alheio e pasto somos para outros. Não, não  chores, não. Mas, que esperam ustedes? Que batam às suas portas, também? Eles, próprios, por engano ou não, matam aos seus, mas, dizem, todos, nós, os. Jesus Barrabás se chama como?





                                          

Nenhum comentário:

Postar um comentário