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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

 





                              Eu vejo muitos caminhos e nenhum parece levar a algum lugsr. É Alfredo, parece, ele deve ter errado o caminho. Num momento ele diz firme: Por aqui. Lá  na frente, dobrando à esquerda, acho. A terra aqui é vermelha, subindo uma íngreme ladeira, e, depois uma casa que não era a que se procurava. À  nossa frente, tantos caminhos, horizontais, perpendiculares, em curvas, fazendo circulos, largos, estreitos, impossível advinhar o certo. Melhor ir pela intuição. Um bimotor zoa sobre nós, como se estivesse nos seguindo. Senti medo, avião assim, lembra a guerra, os sonhos, eles bombardeando a cidade, eu me escondendo debaixo de uma cama, não dava tempo de chegar. O metrô, longe. Meu Deus, por quê você fez isto? quantos comprimidos? Um médico, você tem de procurar. Brincar com fogo? Não, procure um médico, logo, enquanto dá tempo. Você está só em casa?  Chama alguém pra te socorrer. Por quê tem de ser assim, me responde Juliette. Não me digas, teu cu. Não cabe em tua boca. Ora, Horus, pensei. Este carro não vai subir esta parede, pior que a do Curuzú. A estas horas, pouco se me dá de quem vá levar Copa, o corpo, sim,  preciso salvar. Escolhidas, elas? não querem mais,  elas que  escolhem, senão, assédio. e tu tás no inferno. Se você vê o vídeo. E é a elite que fala assim. É aquela casa ali, não, não é. Um, passou abalado, faz sinal e pergunta o caminho. Muita poeira, não se enxerga nada. Ele está com medo dagente. não vai parar, misera. Agora, percebo, É Candeias, olhem as torres de Mataripe. Vamos lá, perguntar. Como? não se vê pessoa. Quase inaudível, canções de natal. Alguém, não me lembro agora, Nada significa, apenas comércio. Nem existiu. Quem? O filho de Pantera. Quem? Um soldado romano. Os judeus não acreditam. Querem, Lancelotti aqui, largue o Madrid. Ele não é maluco, nem nada. Por isso pediu tão caro. Na primeira derrota o põem no olho da rua. Muitos, indignados com o cara lá em cima. Os hermanos, o papa e Messi, Pachecos, Liras e outras merdices. A Holanda, cuja laranja apodreceu a meio caminho da Copa, pena também de padres, fieis e grana para manter as igrejas, por isso decidiu não ser mais obrigatória a missa dominical. O pouco de fiéis restantes não precisam mais se preocupar com o fogo do inferno, por faltar àquele sacramento. O castelo de paredes frias e sem fim só se abria depois de te fotografar por dentro e por fora com uma aparelho que dançava tirando fotos, endoscopia, raios-x e o diabo. Vingança não justiça, ela se iguala ao crime. Toma chocolate paga lo que debe. Meu amigo Manoel, nunca vai saber, aquilo foi apenas um infeliz acaso, jamais pensei, nem faria isto. Cobrar uma dívida usando este este artifício. Aberto, você caminhava por entre um jardim imenso, cuja arborização, cactos, árvores espinhosas, calumbi, unha-de-gato, jerema, juá-de-boi e mirim, o caminho do inferno, parecia. Se existir, deve ser assim. Uma só pessoa não se via. Só o sol castigando o cristão na cabeça, espinhos e pedregulhos  nos pés.

quinta-feira, 12 de março de 2020










                                           Desemprego, guerra, militares, enquanto houver tudo isto, nós não somos nada, nada. Fronteiras, inimigos, criações imbecís. Eu vi, armados até os dentes,  mil soldados a hurlar refrões de guerra, a massacrar seu povo, vingando morte de um dos seus. Retorno a Hamurabi, 1770 anos antes de Cristo. Para isto os pagamos? Cão de mundo. Bem-vinda, corona. Faz teu trabalho, coronavírus, inda que comas os mais lindos olhos, as mais lindas curvas, os mais possantes músculos. Muito generoso, tu, perto da fome. E tu, Antõe Cego, por quê insistes em curar o incurável? Ela era loira e bela e d’olhos de cor do mandaçaia. Trouxeram-na pra Seu Antõe. Dois varões sustentavam a almaca em que vinha carregada por quatro varões. Ela, inquieta, esgania, tossia. Gritava, sufocava-se. O balanço da almaça.  Seu Antõe mandou por a almaça sobre uma cama.  E começou a cantar. Ave Maria, mãe de Deus, rogai a Jesus por ela. Enquanto os presentes repetiam em coro a ladainha. Então Seu Antõe pegou três ramos de arruda de um vaso começou a bater os ramos na cabeça da doente dizendo: Pelo ar que respiras, eu te benzo; e tocando nos ombros: pelo fogo que te aquece, eu te benzo; embatendo nos peitos: pela água que te banha, eu te benzo; três batendo barriga, pela terra que pisas, eu te benzo; e tocando três vezes com os ramos d’arruda nas partes íntimas, enquanto ela estremecia, disse: pelo poder do amor, eu te curo; e descendo os ramos pelas coxas disse: eu, servo Senhor e a seu mando te livro de todos os males da alma e corpo; e descendo pelas pernas: pelos deuses me liberto; e descendo até os pés: ao universo me projeto; que se estabeleça minha cura que é a cura do senhor. pelo oh God! Oh host! Oh Déu! 

domingo, 5 de janeiro de 2020

QASSEM SOLEIMANI













                            
                                 Sei não. Parece. Esconde alguma coisa, a valentia? Estranho, algo, definição impossível. E nós ficamos à mercê de um único senhor. Timur, o coxo, é ferro. Um cão raivoso. Corramos de seu dente. Com a bunda n´alcatifa, minimimado, dedo num botão, Tamerlão, o ladrão de ovelhas, comanda e apavora, for how long? Mas eu te avisei, não avisei? Contra o salteador, a vigília deve ser constante. Pestanejaste, logo, o desastre. Não te esqueças qu´eu, mesmo pela luta, digo  sempre,  a guerra só aproveita a uns poucos, e, a morte dum chefe. puro descuido, ou acidente. Quem de facto morre? A populaça, o sem-abrigo, o operário, o velho, a criança e soldado. Este vai à guerra matar quem não conhece, sem nem mesmo saber porquê o faz. Bendita e abominável. Odeio o progresso regado a sangue. As pirâmides, a conquista d´América, o canal de Suez, o de Panamá. Sangria, sangria. Não, tu? Paz se faz com sangue? Que dorida verdade. Sangre e lágrimas. Blood and slezy. Mundo, aprisionados todos, sem nunca ter pedido para aqui estar. Ai de mim, pobre de mim, que fiz pra merecer um tal castigo? Não, não digas nada. Entendi, apenas o ter nascido. Oh, Deus, silve natura, prouvera eu nem tenha nascido. Aonde vais, tu, homem sem cabeça, de arco e flecha na mão? Não vês que a ti é que vais matar? Dime, por que não largas as armas e não divides com teu irmão o butim? Vês, o camotim te espera, enquanto bem longe da batalha, bebem à tua morte e cantam vitória.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

MENINOS, EU VI















                             Meninos, eu vi. Na catinga e favelas,  guerreiros  errantes, outrora pujantes do povo tupi, meninos eu vi. 
                                            
                            No meio das tabas de amenos verdores
                            Cercadas de troncos - cobertos de flores
                               Alteiam-se os tetos d´altiva nação;
                            São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
                            Temíveis na guerra, que em densas coortes,
                           Assombram das  m matas a imensa extensão.
                           
                           Meninos, eu vi, Manoel Gomes surgir.
                          Meninos, eu vi, em terras d´Arariboia, 
                          Vi guajarara sumir, é Paulino Guajarara.
                          Que o branco tirou daqui.