Eu vi juro não sei se devo usar pontuação ou deixar que vocês leiam de acordo com a respiração de cada um para mim é claro, fica mais fácil não usar pontuação. Pouca gente sabe realmente usar pontuação, eu não tenho certeza que sei. Vamos lá, se der vontade eu pontuo se não vai assim mesmo. Eu rodas, rodas de ferro ou de madeira e as pessoas, muitas, muitas, andando sobre elas num equilíbrio todos dominavam a gravidade tinha pressa de chegar a cidade se tornara longe depois que resolvi cortar caminho era Salvador com certeza mas área rural uma planície extensa um milharal depois parecia batata pensava o tempo na besteira que fizera não fizera quando viu ela o estava sugando que fazer com o amigo (Interrogação) desceu as escadas correndo deixara o caminhão na da sua casa a dele não a minha carregado de laranja de laranja ou de goiaba (interroga) como podia saber (idem) tudo anda tão louco que não sabe mais o que se vê e o que se fala a escadaria não terminava mais não havia uma esquina para dobrar ele talvez o alcançasse a mim (interroga) se houve uma entrada aqui seria tão perto de casa ele nem iria desconfiar de nada mas que diria ele se o visse passar em abalada sem nem olhar para ele (interroga) acho que iria pensar hum este cara fez alguma coisa errada, passar em frente de casa e não entrar (interjeição) poderia ter dito que comprar gasolina como ia trazer na mão não nas bombas agora tem uns sacos plásticos quem bolou isto teve uma boa ideia porque muita gente descuidada ou casquinha anda com o carro na reserva e quando menos espera zipe vai embora a gasolina e o cara fica na mão também neste mundo novo que há muito deixou de ser novo posto que tanto o bernard marx como o aldoux huxley estão mais velhos que os papiros do Egito e a esta altura caducando como estão procurando um filho de deus que lhes dê o golpe de misericórdia e não encontram porque as pessoas estão muito ocupadas no zape e redes sociais não podendo tirar um tempinho para mandar os suplicantes para a cidade de pé-junto mas queria falar o que há neste mundo já nem sei o que falar sim tem neste mundo tanta coisa nova que o novo pela manhã já é velho pela tarde tanto que nesta minha viagem para chegar em casa coisa que fazia normalmente em menos de quinze minutos a pé passei tantos dias andando de barco de roda de bicicleta de carro de ultima geração e a estradas tantas que me perdi na imensidão do mundo ora andando pelo ar ora andando pelo mar debaixo d´água sem necessidade de respirar ou não que já agora nem lembro como fazia se nadava se andava as outras pessoas que estavam comigo tinham o maior respeito por mim e eu não entendia porque todo aquele respeito e eu ficava desconfiado como o santo que vê a esmola grande. Havia uma meninada, uns pareciam indianos com aqueles dentes para frente, pareciam estarem eternamente a sorrir e falavam puxando o erre parecia verem em cada um milhões deles e o falar se tornava bizarro com tanto erre havia uma mocinhas de uma beleza rústica, sempre solícitas e sorridentes quanto lamentava a idade porcaria inda têm a desfaçatez de chamarem de melhoridade eu vou dar uma chapuletada num canalha destes que falar em melhoridade na minha frente ora era só subindo ora descendo aquela zoada de ferro lubrificado todos se queixando da demora uns achando que tinham errado caminho quanto sofre o trabalhador para ir trabalhar uma senhora me disse levava quase três horas de percurso ida e volta numa cozinha mas que ela não era besta não todos os dias pegava alguma coisa Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha, disse Confúcio ela nada entendeu que estava com os políticos a televisão tinha dito era tudo ladrão ela acreditava tinha gente que era pobre e ficou rico ela estava satisfeita porque pelo menos o chefe tava preso estava gostando muito do novo muito simpres assinava com caneta bique e não com uma de ouro como os outros e ia trabraiar até de chinelo outra disse sorrindo e divertida trabalhava num mercado e um dia pegaram ela com quilo de carne do sertão dentro da calcinha.
quinta-feira, 21 de março de 2019
segunda-feira, 11 de março de 2019
Foi no longe 1961, posse e renúncia de Quadros. Posse de Jango e Kennedy. Yuri Gagárin vai ao espaço e Lumumba é assassinado. Na Baía dos Porcos Norteamérica é destronada. Rico ano. Julita, lá em casa, cai. Febre, dor de cabeça, trevaliando. Meningite meningocócica, disse o doutor do Posto de Saúde e, rápido, a ambulância. Para o Couto Maia, no Monte Serrat. E Julita se salvou, mesmo sem os antibióticos de hoje. Nestes dias, morrer de meningite, ein, Julita?
domingo, 10 de março de 2019
1964. Que distante. La Feijoada. Claude. Madame Faure. Jean Deglun. Pergunta. Dis-moi. Tu sabes para servem aqueles pães encharcados de mijo, nos mictórios? Não. Sempre vejo, principalmente no Boul`Mich e no Saint-Germain. Um sorriso sardônico no seu rosto. Mal sabia eu, anos depois. Conheceria um fetiche sexual. Alguém mija na cabeça de outro. como nos pães de Paris. Um presidente me ensinou ao perguntar na sua conta de tuíte. "O que é golden shower?". Pois aqueles pães não são um fetiche? Sim, ali eram postos para serem urinados e depois comidos em sessões de sexo. Loucura? Depravação? Não, humanidade. O humano é, também, isto. Babaquara ele é, de nada sabe. Cara piranga, por quê ficar vermelha, cara sem vergonha? Vida caroba, mas doce no fim.
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