sexta-feira, 30 de agosto de 2024

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         Hei, Zé, agora foi que vi merda engarrafada! Que foi, agora, Tunim? O cavalo, Mancambira, o cavalo, Zé,  dizia entre cusparadas e gargalhadas. Rapaz, tou pra ver coisa igual! No pagode de Miguesim, uma festa de lascar,  acho, tu nam tava, aqui, não. Na cavalhada, um cavalo se engraçou com uma égua. Também, neguim vai pra casório de égua, sabe que a bicha pode viciar daqui prática. Num foi da cavalhada, não, Zé! Eita pagode supimpa, mais de duzentos cavaleiros em seus cavalos bem arreados, poeira subindo, descendo a ladeira do Bispador. Se alguém, em Capela, colocasse, à maneira indígena, auscultasse o chão, ouviria o som do tropel dos animais. Um pagode pra se falar por muitos anos, por falta de outros assuntos, maguer se estivesse vivendo a guerra da Coreia. Uma das razões porque se passou a chamar a Aroeira de Coreia, dado suas constantes brigas. Pois, o cavalo subiu na égua com cavaleiro e tudo.

 

sábado, 17 de agosto de 2024

SILVIO SANTOS

                     


         Viu Didi, Silvio Santos morreu. Que pena! Verdade, Mancambira, uma pena. Ainda se morre neste mundo. Tanto se fez para matar e tão pouco para viver.  Numo jogado fora. Esforço em vão. Não posso, Mancambira, chorar a morte de quem nunca vi; Lamentar, só, o fado de todos nós. Não, Manca, não alegrava, vendia, caro, ilusões por isso rico. E tu, pobre, e nós. Deixemos aos seus, o choro. Muito temos pra chorar. E nós? Adestrados para a dor, nos rimos. A ele, faltou magnanimidade. Tantos anos de luta, né Zé, nem ele. Esquecera que se morre. E quem me diz, sei não, aquela morte! Almas penadas não retornam, a despeito de Allan Kardek.

sábado, 3 de agosto de 2024

                   




          À direita do Senhor, Giovânio, o predileto, ou era bem, Giovana? Tudo é mistério! Quem o decifrará? E hoje, por quê o escândalo, se tudo já foi, antes, revelado?Tudo será, um dia, destruído, porque outro nasça, feliz em novo corpo. Não tenhas medo, sou a destruição, mas não trago dor nem sofrência, só ligria, Senhor! só ligria, domine! Quem és tu, que te mostras toda de preto e língua de fora? Por quê assustas as gentes, com estes gestos, esta dança trêfega? Oh! Poderosa Cale cujo espanto ante Chiva a teus pés, hoje apavora pra mortais.


quinta-feira, 1 de agosto de 2024

 


          Tudo o que se não conhece é um mistério, faz medo e vontade de se conhecer. Tu, jovem Didi, que tiveste as portas do mundo abertas por um livro de geografia que a professora Tico levava para a Escola,(Era Tico mesmo, ou era Dode? sei que primeiro foi Dode, depois, Tico, inda vou ver alguém pra perguntar, será que vai haver alguém que se lembre?) era um  livro pequeno cheio de imagens faltando algumas páginas, mas que serviam pra sala toda, por ele, estudar. Como me lembro! Estados Unidos, capital? Perguntava a professora Dode ou Tico. Vasiguiniton, respondíamos, acentuando ton. Prédios furando o céu. Pensava, sonhava. Não era proibido, hoje, é. Tudo. Basta você deixar perceberem que sonhas e te liquidam. Um dia vou conhecer tudisto aí. Não foste, para isto, escolhido, braços, apenas, deves ter. Riram de mim, também eles, coleguinhas. Feliz em não me apelidarem Vasiguiniton. Apelidar, lado infame nosso. Risos, trazia, e dor. Horas d’agonia de quem tinha um apelido. Todos gritando a injúria e tu te contorcendo de dor e raiva. Impotente. Maria Cagona, Ferruge, Teiú, Feijão Puro, quanto não sofreram no bulimento infame de gente impiedosa? A mim, gritavam Peixeira, não sabia o porquê, mas ficava muito fulo, sem demonstrar, por isto, não pegou. Vige! Lembrei. Geografia de Gaspar de Freitas. Todos juntos no mesmo livro. Ele, Gaspar de Freitas, abriu-me as portas do mundo, Zé Mancambira. Tu te lembras? Te falava dos retratos, a gente chamava retrato, naquela época. Será verdade, Pitágoras, a soma dos quadrados dos catetos é sempre igual ao quadrado da hipotenusa? Palavrão. Como? Já sabiam  há 3.700 anos na Babilônia? É de sentir-se aniquilado, but (inglês tá na moda) a maioria, nem aí. Tem muito futebol, carnaval, muitos nus pra se ver, quem diabo quer saber, cateto, hipotenusa? Se os caras na Babilônia já conheciam há 1000 antes de Pitágoras o seu teorema. Por quê não lhe acusam de plagiário? Ao pobre coitado, basta usar um termo que um famoso usou e já está respondendo processo por plágio.

           


       Só mesmo os imbecís podem acreditar que se mata uma ideia, matando um homem; razão de que, só os imbecís devem morrer, por não terem ideia alguma, ansi, non hay qualquer prejudício; maladia, poderia, mas, como as guerras, injustas, não escolhem. E lá se vai quem não merece. Há-de se retornar a  536, desta feita, por toda terra, melhor do que a guerra, quem doutra cousa não morre, morre cagado, morre de medo. Inda ansi, tanta gente fica. Voltem aos egípcios, à merda dos jacarés, por não parir. A divina comédia é muito bom, foi livros que me fez ter interesse em literatura. Imagina, se não fossem. Analfabeto! Não, nem imagines. Tristeeeza não tem fim. E eu, já gostando do Anant! Me surpreende!  pelo muito que enganou, pelo muito que cinicamente roubou com aquela risada cinicamente cínica. Mondo cane! Elas têm você na mão, ou debaixo dos pés? Sabem tudo de ti e pensas seres livre. Donos da ciência, domine mundi. Xarivã, será mesmo que existe? Uma palavra e dois conceitos: força e amor. Bater de frente no mais forte, é burrice; há-de-se comer pelas beiradas, como alguns, fazem guerra por procuração. Põe um pequeno para brigar por si, dando-se-lhe tudo o que precisa para a peleja. O melhor, porém, digo, mas tenho ouvidos. Não brigar, malguer, saiba. Também é política. Ponham-se todos na frente, não seria escudos, alvos.  Mundacho, Frei Teodoro, não dizias? Tu vais ver coisas, meu menino. Dor, na madrugada do asparte, chá de cadeira. As Kardashian não sabem, nem um pouco e tem quem as adore. Vi quando fecharam o ataúde, quem estaria ali, para haver tanto choro?