sexta-feira, 15 de novembro de 2024

 



     Oh! Mike que decepção! não Mancambira? Decepção? Aprende humano. Contra a força do destino ninguém pode lutar e vencer. Tua luta não foi em vão. Ela serviu para mostrar ao mundo o quão frágil, a vida, e qual fugaz, a glória.

                Que ninguém desafie a morte que não é morte porque vida é o que deixas na terra para as novas gerações.

domingo, 10 de novembro de 2024

 






        Oh! mar imenso, quanto te invejo imenso mar com tuas ondas sibilantes; lá no meu Nordeste ouço apenas o crestar de folhas secas sob os pés de cangaçeiros se esgueirando de mancambiras, gravatás e os abertos braços dos mandacarus implorando aos céus uma cuia d’água e matar a sede.

sábado, 9 de novembro de 2024

 




                           Magos de verdade são bem poucos. Ronaldinho Gaúcho, o bruxo, com seus dentes sempre à mostra, na bola, é um deles. No xadrez, ninguém mais bruxo que Mikhail Tal, o mago de Riga.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

MANÍACO DO PARQUE

   



                




                       Fala a verdade, Didi, esta história do maníaco do parque tá me dando nojo. Em todo lugar, só se fala nele, mas não é bem dele é do livro e do filme baseados em sua vida. Ganham dinheiro coma miséria alheia. Mas impressiona o tanto de mulheres que lhe escrevem na cadeia. Como João de Deus, o que fazia mulheres saírem da Europa para serem estupradas no Brasil? E olha que, dizem, o Maniaco gostaria de ser mulher, imagina se não gostasse? E o problema, tratado como de segurança pública, quando, em verdade é, de saúde pública. Hoje, muitos anos depois de ter errado uma na questão na escola, provocando a chacota dos colegas que o fizeram mijar nas calças e  num acesso de raiva,  ter mordido uma colega, ele leva a vida bordando, fazendo crochê e tricô, e, de vez quando, lendo a bíblia, o que pode ter piorado sua conturbada psiquê. Pois, se mesmo, no presídio, simulou estrangular uma psiquiatra! Preocupados comigo? Metam o dedo e lasquem.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

           



         Elas foram se reunir às estrelas lá do céu, e, nós gostaríamos que fossem lembradas com muita graça pois se foram com muita graciosidade, debaixo dos escombros provocados por bombas e mísseis enviados pelos vizinhos que assistiam de longe, dançando,  com gritos de alegria e júbilo, ao ritmo de tambores e som de trombetas, com irônicas saudações de paz para os feridos que choravam seus choravam. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

 




         Fethullah Gülen está morto, viva Erdogan! Não, Mancambira, ninguém deve se vangloriar da morte alheia, mas, o traidor, a morte é o que se mais deseja para ele.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

 


  


.

                         

                Alegres e felizes gritam todos. Mataram o chefe, agora, tudo se resolve. Que patos, Didi, pensam que matando um homem, se mata uma ideia. Quanto mais se estuda mais se emburrece. Apenas parece, Mancambira. Não é assim. Quem, de verdade estuda, não tem poder de decisão. E quem decide, nem sempre ouve a quem estuda. Por isto, a história nos revela os desastres deste mundacho, como dizia Frei Teodoro. Esquecem o ditado popular: quem bate esquece, mas quem apanha… matam um e nascem mil. Mil vezes a ideia dum e reduplicado rancor. Armas avançadas não mataram todo o homem nu das Américas e hoje, muito menos matarão, os eunucos capatazes. Máquinas passam destruindo caminhos, não contentes do lar. Gente, até qu’inda admita, é guerra. Destruir o viver, claro, bestialidade. Por quê tu podes escolher a maneira da luta e eu não posso? Por quê bruto o meu ato e justo e sagrado o teu? Máquinas passam, bombas voam para o mundo ver e todos se calam ante o grito de dor, ante os gritos de alegria. Quando o mundo vai aprender quem os bárbaros, os animais? Quem mata ou quem morre como animais? Resta uma esperança. Sete irmãos pugnam, enquanto os demais dormem, até quando o imigo não lhes bata à porta e aí será tarde demais. A história cobrará.


quarta-feira, 16 de outubro de 2024

 




           Com quantos meques se faz uma bomba, Didi? Bem, depende, porque do lugar, Mancambira. Mundim acordando. Se eles deixarem, Mancambira. E tome-lhe diamba! E tome-lhe cuca! E tome-lhe papoula! E tome-lhe bombas! E tome-lhe drones! E tome-lhes! Bipes explosíveis. Se isto não for sedícia, nada mais é. Brincadeirinha, astúcia, genialidade, prums. Prusoutros, bestialidade, selvageria. Prova, a língua se faz. Quem a diz, impõe o sentido e tu, fraco leitor, nada poderás fazer. E tome-lhe. Fui no Tororó, beber água, encontrei bela morena que no Tororó deixei.

domingo, 13 de outubro de 2024

     

             






                         Acápite um: que parem os senhores de jogar fogo.

              Acápite dois: Putin não deve vir ao Brasil; o Brasil não merece confiança.

                     Acápite três: Parem e vejam antes que tarde, quem tem provocado as guerras através dos séculos? Quem mais se tem beneficiado das guerras?

                     Acápite quatro: pense, pense só, não precisa dizer nada a ninguém.

                          Acápite cinco - A hipocrisia faz parte da vida. É mesmo umas forças sobre a qual se baseia nossa sociedade.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

 






        Eu, minino, na Feira de Santana, longe da seca, ouvino o alto-falante na Galiléia. Antes? Depois de 50? Sim, depois, o Ano Novo. Meia-noite em Capela. Todos na praça, em frente da Igreja. Esperam o sino da meia-noite



quarta-feira, 9 de outubro de 2024

 



             É, é como sempre digo aqui, Mancambira, e, vocês quebram pau no ouvido. O gajo bem comportado nunca é uma boa notícia. Ninguém, dele, quer saber uma linha. Fale-se dele e neguim logo pergunta. É por falta de assunto? É como aqui, em Capela. Se Tenente, o doidim, montado em seu cavalo de pau, não aparecesse; se Zé Canário, sacudindo seus fedidos mulambos, demorasse de vir; se Tico  Doido de Patrocínio, enfurecido e escumando a boca, se enterrasse em sua roça; se Zé Teiú sem pisar os pés na rua, se escondesse debaixo da saia de Rosalina; se o carro de Léo, entupido de gente, sacos de mamona, milho e feijão, capoeiras de galinhas e caixotes d’ovos embalados em samambaias, subisse,  sem enjoar, a ladeira do prédio; se Maria Cagona, chamada por apelidos, não arribasse a saia, mostrando, sem calçola, onde estava a ferrugem; se Lourinho de Alexandre Gomes não sumisse de vez em quando, obrigando toda Capela procurá-lo; se não houvesse cantadores de emboladas, martelo e desafios nos sábados dia de feira; se não existissem  os Duardos da Pedra Bonita para beber nos dias de feira e brigar com todo o mundo riscando o chão com peixeira; e, sobretudo,  se não fosse Zé Danié, ator, palhaço, poeta e contador de histórias dos melhores pra fazer o povo rir; ah, Capela seria uma tapera, um cemitério, um campo de pós guerra.


quarta-feira, 2 de outubro de 2024







          Já é Deus sir manifestando na grande prostituta a mãe dás meletris assim como falar o livro de Apocalipse nós finais dos tempos os tempos da grande mãe séria as primeiras Deus sir manifesta contra ela. Fogo nigreja pra pagar tudo dosjogos olímpico. Mampus, quem tem medo, dos vivos deve-se ter. Vai-te lavar cachorro, ouviu o juiz e calou debaixo de sua toga. Eu vou quebrar seu queixo e você só vai poder  comer yogurt por umas seis semanas, disse Nikki Bille, quando tentava roubar algumas coisas no supermercado. E n’Inglaterra, corvos carniceiros sustentam a Coroa e a Coroa acredita piamente neles. Então, derrubar a Coroa, é só matar os corvos. Que mundo, né, Frei Teodoro? Mamãe, sem quê, sem pra quê principiou a bater em papai, em riba da cama que num tivemos outro mei senão chamar os sordados. E quem disse que queriam vir, a polícia? Que não era verdade, que assim, levassem-na ao psiquiatra, que não sei mais quê. Muito dolorido chamar autoridades pra mamãe. Ele pôs a gente lá e nós saímos de dentro dela. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

REENCARNAÇÃO

 




              Reencarnação! Quem, a vera,  acredita Didi? Difícil dizer, quando você vê, a todo momento, coisas fantásticas acontecendo, como uma criança de 5 anos tocando piano como gente grande. Quem lhe ensinou tanta técnica? Poder-se-ia, samicas, falar em reencarnação? Não seria uma injustiça? Um gênio reencarna em alguém, este vai, pelo resto da vida, brilhar e gozar os prazeres da fama e do dinheiro, outro, assassino, ladrão e miserável, reencarna em alguém fadado a sofrer pelo resto da vida, como tia Loura? É assim, Senhor? É que dizer senhor do iletrado e pobre homem do povo que produz obras de gênio, terá ele noção de supra-consciência para se lugar  com o divino? Tu não te apiedas dos que determinastes sofrer? Ah! Invisível mundo, mundacho torto, mostrarás tu, um dia, tua verdadeira face, tirando-nos desta tirânica incerteza? Haverá, mesmo, outros mundos? Mostra-te a nós!

terça-feira, 24 de setembro de 2024

ERAM OS DEUSES ASSASSINOS?

       




       Eles chegavam, porretes na mão, arengando, enviados de Deus e em seu nome, batendo velhos, crianças, mulheres, aleijados, porque se não o matamos, matam eles a nosoutros Misericórdia,  misericórdia senhores, para quê? Em vão, Deus ordenou, não deixar nenhum vivente, vivo. E nós, feito bobos, implorando aos céus. Que fizemos nós, Senhor, Único Grande Senhor, para merecer tão infernal castigo? Aponta-nos, oh Deus Onipotente, o pecado de nossa gente!


sexta-feira, 20 de setembro de 2024

CUMA É O NOME DELE?




         Cuma é o nome dele? E quem diabo sabe, se dizem que nem existir, existe? Certo é que cada um tem o seu e cada um lhe dá diferentes nomes. Esta a maior invenção do homem, nem a roda, nem fogo. Rogério Bacon, sim aquilo mesmo que você come num cachorro quente, disse que criou o mundo por necessidade. Ele não era livre pra criar, tinha obrigatoriamente de criá-lo. É cada maluco!

domingo, 15 de setembro de 2024

SANTO LADRÃO

            


       Indignar-se, Mancambira, indignar-se e denunciar, Zé. Sempre, perder vergonha e medo. Mostrar ao mundo os verdadeiros ladrões.    Nam entendi, Didi. Nã entendi. Fico muito puto, muito, muito puto. De quê, Didi? Entrei numa biboca, destas da Pituba ou Itaigara. Empada de queijo,  pego e vejo o valor R$13,19, olho o peso, 0,110 ks., e, absurdo o preço R$/ks: R$119,90.  Vou no gulgo, hoje,  13/09/2024. Um saco de 60 quilos no Rio Grande do Sul varia entre R$68,00 e R$79,00. Me diga, Mancambira, quem é o ladrão? Certamente, aquela pobre mulher. Te falei, não falei? Aquela empregada do mercado, cujo dono lhe paga um salário mínimo por um mês de trabalho, e que me contou com orgulho, a ter pegado com um quilo de carne na calcinha.


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

NO ESCURINHO DO CINEMA

 


   Eu, Maria da Conceição, pernambucana, pegar nisso, cabra, nunquinha. Um outro mundo, muito doido, cheio de regras, né Frei Teodoro? Já, muito antes disto, em o ano 1933 do calendário de Gregório XII, uma menina deu à luz a uma criança, tornando-se a mãe mais jovem de toda história. Tinha ela, como Deus permitiu? Mistério! Somente 5 aninhos e 7 meses. Muito louco, sabia disto, padre? Engravidou com 4 anos e 10 meses. Oh, mundo não acaba, não mundão! My ljubim tebja.


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

SILVIO ALMEIDA

        


          Silvio, meu nego, te conforma, graças dá, por inda estar vivo. Mundacho torto, dizia Teodoro, frade, baixo profundo, do coro da Piedade. Mundacho muito torto, volta à inquisição. Quem, hoje. Muito estranho, havia muita gente, lembro da mão dele nas minhas partes íntimas. E ninguém viu, Terta?  Constituição, coitada. Não está valendo uma folha de papel pardo, Mancambira. Todos iguais, ante lei. Não, se o acusado for homem e a mulher, acusadora. Esta é mais igual, aquele, menos; palavra d’homem não vale o descomer do cão; assegurada a todos a presunção da inocência. Basta, porém,  seja o acusador, mulher. O homem será atiçado no quinto dos infernos. E ai de quem tentar socorrê-lo. Terá o mesmo anátema que teve Espinosa; é assegurada a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal, não, porém, se o acusado for homem e mulher a acusadora. Adeus, Constituição, nem defesa, nem contraditório, nem devido processo legal. Defender o quê, se a palavra daquela tem peso de ouro e a do outro, peso nenhum? Insolência em arguir o devido processo legal, o processo somos nó; não haverá juízo nem tribunal de exceção. Não, entretanto, se mulher acusando homem. O povo se arvorou em juíz e tribunal; o judiciário abdicou do poder de julgar e passou a ser órgão homologador da sentença popular. Hoje, Frei Teodoro, muito difícil ser homem, como bem diz. você, no romance Noite em Paris.



terça-feira, 3 de setembro de 2024

GRILAGEM DE TERRAS

 



    Vice, Mancambira, empresas de catavento grilando terras em Sento-Sé? E é mermo, rapá, como? Tu, a máquina de correr, conhece, né? Como você sabe, muita terra sem inventário. Eles procuram alguém da família para comprar um pedaço de terra. Em conluio com alguns cartórios, passam documento da fazenda inteira, como se não houvessem outros herdeiros. Estes, quando percebem, já não têm terra nenhuma. Um desmantelo nas famílias, Zé, até mortes, acredite, quando descobrem a enrolada! Alguém vem lá do inferno criar o terror nas famílias. Não tem homem lá não, Zé? Ter, tem, mas o dinheiro! Por causa disto já são 4 ou 5 mortos, por enquanto, de infarto e derrame, logo, logo, os assassinatos comuns.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

 https://youtube.com/shorts/0FPhPi9e_Bg?si=Gyv4IzRsxgnC0ZA-



         Hei, Zé, agora foi que vi merda engarrafada! Que foi, agora, Tunim? O cavalo, Mancambira, o cavalo, Zé,  dizia entre cusparadas e gargalhadas. Rapaz, tou pra ver coisa igual! No pagode de Miguesim, uma festa de lascar,  acho, tu nam tava, aqui, não. Na cavalhada, um cavalo se engraçou com uma égua. Também, neguim vai pra casório de égua, sabe que a bicha pode viciar daqui prática. Num foi da cavalhada, não, Zé! Eita pagode supimpa, mais de duzentos cavaleiros em seus cavalos bem arreados, poeira subindo, descendo a ladeira do Bispador. Se alguém, em Capela, colocasse, à maneira indígena, auscultasse o chão, ouviria o som do tropel dos animais. Um pagode pra se falar por muitos anos, por falta de outros assuntos, maguer se estivesse vivendo a guerra da Coreia. Uma das razões porque se passou a chamar a Aroeira de Coreia, dado suas constantes brigas. Pois, o cavalo subiu na égua com cavaleiro e tudo.

 

sábado, 17 de agosto de 2024

SILVIO SANTOS

                     


         Viu Didi, Silvio Santos morreu. Que pena! Verdade, Mancambira, uma pena. Ainda se morre neste mundo. Tanto se fez para matar e tão pouco para viver.  Numo jogado fora. Esforço em vão. Não posso, Mancambira, chorar a morte de quem nunca vi; Lamentar, só, o fado de todos nós. Não, Manca, não alegrava, vendia, caro, ilusões por isso rico. E tu, pobre, e nós. Deixemos aos seus, o choro. Muito temos pra chorar. E nós? Adestrados para a dor, nos rimos. A ele, faltou magnanimidade. Tantos anos de luta, né Zé, nem ele. Esquecera que se morre. E quem me diz, sei não, aquela morte! Almas penadas não retornam, a despeito de Allan Kardek.

sábado, 3 de agosto de 2024

                   




          À direita do Senhor, Giovânio, o predileto, ou era bem, Giovana? Tudo é mistério! Quem o decifrará? E hoje, por quê o escândalo, se tudo já foi, antes, revelado?Tudo será, um dia, destruído, porque outro nasça, feliz em novo corpo. Não tenhas medo, sou a destruição, mas não trago dor nem sofrência, só ligria, Senhor! só ligria, domine! Quem és tu, que te mostras toda de preto e língua de fora? Por quê assustas as gentes, com estes gestos, esta dança trêfega? Oh! Poderosa Cale cujo espanto ante Chiva a teus pés, hoje apavora pra mortais.


quinta-feira, 1 de agosto de 2024

 


          Tudo o que se não conhece é um mistério, faz medo e vontade de se conhecer. Tu, jovem Didi, que tiveste as portas do mundo abertas por um livro de geografia que a professora Tico levava para a Escola,(Era Tico mesmo, ou era Dode? sei que primeiro foi Dode, depois, Tico, inda vou ver alguém pra perguntar, será que vai haver alguém que se lembre?) era um  livro pequeno cheio de imagens faltando algumas páginas, mas que serviam pra sala toda, por ele, estudar. Como me lembro! Estados Unidos, capital? Perguntava a professora Dode ou Tico. Vasiguiniton, respondíamos, acentuando ton. Prédios furando o céu. Pensava, sonhava. Não era proibido, hoje, é. Tudo. Basta você deixar perceberem que sonhas e te liquidam. Um dia vou conhecer tudisto aí. Não foste, para isto, escolhido, braços, apenas, deves ter. Riram de mim, também eles, coleguinhas. Feliz em não me apelidarem Vasiguiniton. Apelidar, lado infame nosso. Risos, trazia, e dor. Horas d’agonia de quem tinha um apelido. Todos gritando a injúria e tu te contorcendo de dor e raiva. Impotente. Maria Cagona, Ferruge, Teiú, Feijão Puro, quanto não sofreram no bulimento infame de gente impiedosa? A mim, gritavam Peixeira, não sabia o porquê, mas ficava muito fulo, sem demonstrar, por isto, não pegou. Vige! Lembrei. Geografia de Gaspar de Freitas. Todos juntos no mesmo livro. Ele, Gaspar de Freitas, abriu-me as portas do mundo, Zé Mancambira. Tu te lembras? Te falava dos retratos, a gente chamava retrato, naquela época. Será verdade, Pitágoras, a soma dos quadrados dos catetos é sempre igual ao quadrado da hipotenusa? Palavrão. Como? Já sabiam  há 3.700 anos na Babilônia? É de sentir-se aniquilado, but (inglês tá na moda) a maioria, nem aí. Tem muito futebol, carnaval, muitos nus pra se ver, quem diabo quer saber, cateto, hipotenusa? Se os caras na Babilônia já conheciam há 1000 antes de Pitágoras o seu teorema. Por quê não lhe acusam de plagiário? Ao pobre coitado, basta usar um termo que um famoso usou e já está respondendo processo por plágio.

           


       Só mesmo os imbecís podem acreditar que se mata uma ideia, matando um homem; razão de que, só os imbecís devem morrer, por não terem ideia alguma, ansi, non hay qualquer prejudício; maladia, poderia, mas, como as guerras, injustas, não escolhem. E lá se vai quem não merece. Há-de se retornar a  536, desta feita, por toda terra, melhor do que a guerra, quem doutra cousa não morre, morre cagado, morre de medo. Inda ansi, tanta gente fica. Voltem aos egípcios, à merda dos jacarés, por não parir. A divina comédia é muito bom, foi livros que me fez ter interesse em literatura. Imagina, se não fossem. Analfabeto! Não, nem imagines. Tristeeeza não tem fim. E eu, já gostando do Anant! Me surpreende!  pelo muito que enganou, pelo muito que cinicamente roubou com aquela risada cinicamente cínica. Mondo cane! Elas têm você na mão, ou debaixo dos pés? Sabem tudo de ti e pensas seres livre. Donos da ciência, domine mundi. Xarivã, será mesmo que existe? Uma palavra e dois conceitos: força e amor. Bater de frente no mais forte, é burrice; há-de-se comer pelas beiradas, como alguns, fazem guerra por procuração. Põe um pequeno para brigar por si, dando-se-lhe tudo o que precisa para a peleja. O melhor, porém, digo, mas tenho ouvidos. Não brigar, malguer, saiba. Também é política. Ponham-se todos na frente, não seria escudos, alvos.  Mundacho, Frei Teodoro, não dizias? Tu vais ver coisas, meu menino. Dor, na madrugada do asparte, chá de cadeira. As Kardashian não sabem, nem um pouco e tem quem as adore. Vi quando fecharam o ataúde, quem estaria ali, para haver tanto choro?

terça-feira, 23 de julho de 2024

 



                Não há como se acreditar em tentativa de assassinato, se se mata a maior prova, o atirador. Estás de acordo Zé Mancambira? Totalmente, este é quase perfeito, ao menos no sangue.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

 



                     Voda, em casa, Ponto da Mangueira, entrava pela frente e saía pelo fundo; parte da noite, tirar água. Úmidas as camas, molhadas sufoco pra dormir. Tõen. Tchibasa, parece que o tiro foi mais perfeito que  a facada. Ah! lá não esqueceram do sangue! Anadh Ambani como um pinguim anda, quem não o inveja, mesmo sem pernas para andar, com dinheiro pra dar? O touro livra-se da canga e sai derrubando a todos que se sentem honrados em serem pisoteados. Cão! Após tanta festança, será que Anant terá alguma sustança? Coitadinha, tão bonitinha! Elas têm de parir, parir e parir onde  estejam. Filhos pra maluta.  Eles não fazem filhos, traficam-nos. Que emudecem sirenas; que emudeçam sirenas. Hoje, é pau, é pedra, é sangue, é terra. Disseram para levantar os calcanhares, como recusasse, eles apontaram as armas para minhas genitálias. Então, levantei os calcanhares e eles batiam com cassetetes. C’est la guerre mon pétit. A negra é outra que vai trair a raça, as origens. Não é o homem, é o todo. Fazer um espetáculo para as crianças, não sei. Diamba, és tu a amiga de Isabel Veloso? U’a mão só não bate palmas. As minhas para vocês. Linfoma, por quê o ter? Não,  Compre uma criança para deixar sua herança. 13 fatalmilias mandam, urbe et orbe, e, você, almarque, falando em democracia, liberdade e outras futricas. Cheap meat! Para bater palmas. No, Carolina, eu não bato palmas; podia sim, bater, já apanhado. E daí? Não anula macaquices.

sábado, 13 de julho de 2024

ADÉLIO

       




                O Adélio, turma, como disse pra,  Mancambira, antes e repito agora, foi condenado a uma pena inexistente no Brasil. A prisão perpétua com incomunicabilidade, a perda da fala. Muitos vão dizer e vocês, inclusive, desumana a prisão perpétua, a mais terrível. E eu digo não. Nada pior que a perda da fala. Nem pio, pode dar. Aniquilação do indivíduo. Impotente. Mas se por um milagre, e, milagres acontecem, um bom advogado conseguisse, sabe lá Deus como, reverter seu direito à fala, ainda assim, a condenação persistiria, porque ele foi, também, condenado à loucura; dito por sentença que ele é eternamente louco, e, mesmo se quisesse falar, ninguém lhe daria crédito. Quem iria acreditar num caba com loucura decretada por juiz? Ocês inda acreditam em democracia? Lá em riba, pelo menos não esqueceram do sangue!

quarta-feira, 10 de julho de 2024


   


                    



   Que pena! Zé Mancambira, contracenei com o Lula, no Meteorango Kid e hoje tou sabendo de  sua  morte. Foi na escadaria da Faculdade de Direito, já te falei dele antes, não falei? Sim do filme. Tempos loucos. Eu descendo a escada e ele subindo. A gente fazia um sacrifício para aparecer numa cena que depois, dependendo da montagem nem aparecia. Nem vou dizer aquelas manjadas palavras que se repetem a cada dia morre um, porque, como você sabe, e, tenho discutido entre a gente, a morte, para mim, nunca foi descanso. Tampouco haja  alguém para o receber “na sua glória”, cabendo-me a mim, nest’hora, meu caro Zé, tão somente, lamentar que, mais um, entre nós, tenha sido arrebatado, e, pesarosamente, se interrogar. Quem de nós, a natura, (não é assim, Espinosa?), vai levar na próxima vez? Não, não, caluda! Eu prefiro a incerteza da não sabença! Vai velha senhora, deixa-me jogar outras partidas de xadrez.





                                   

NOITE EM PARIS DEUS CARMO:                                                   ...

NOITE EM PARIS DEUS CARMO:                                                   ...:                                                                   Sim, como bem disse, o maior, pra mim, o maior. Quem é o maior, Mancambira...

segunda-feira, 8 de julho de 2024

 



                         Zé, te digo, Zé, o honesto, hoje, é um candidato aa morte. Da, da, por assassinato ou suicídio, da, que dá no mesmo, senão pior, porque, onde o autor de teu suicídio?

          Não vi, Zé, até hoje, um suicidado, vingado. Da maneira mais vil são morridos e quem te suicidou ri e até apresentar-se ao enterro, vai. E macar eu nam tenha morrido, tive por perto, se não fora a sorte ou covardia, que na hora agá eu me aputei, amarelei. E eu que não o fizesse, pois, nem os ossos estariam aqui nest’hora.

         Tempos outros. Hoje, ou tu te achegas ou… 

             Nunca me esqueço, o cheque no bolso ou la morte, disse o magistrado, tremendo, mas segurando o seu. Assim, foi, Mancambira, assim é, assim será. Quem? Se houvesse já o teria parado. Nem igrejas, nem seus donos. Teatro, si, distrai. Entom, bom que haja egrejas u se possa esquecer dolor, queixume e pesadio. Qu’eu finja esquecimento, mas não me sai do pensamento o fado que tiveram colegas, amigos, irmãos meus, no coração e nas ações, por defenderem o menor contra o maior e não serem vingados por um Estado  que se diz de todos e iguais. Tu, Eugênio Alberto Lira, tu, Hélio Pombo Hilarião não vistes os algozes seus, julgados e apenados pelo Estado que vos prometera garantias pelo exercício da custódia da lei. Em vão, Mancambira, derramaram o sangue, seus, no deserto, no sertão. As engrenagens do poder. Ele, Mancambira, não nos quer ver alegres. O riso é afronta, a tristeza, submissão, não é assim, Deleuze?



 

sábado, 6 de julho de 2024

quinta-feira, 4 de julho de 2024

 


       O palco e a plateia todo iluminado. No centro do palco, um praticável vazado com1,88m de comprimento 0,88cm de largura e 0,60cm de altura. Atrás do praticável, ou embaixo,  uma pira, onde arde um fogo.

           Quando abre o teatro uma atriz-personagem, trajando um vestido comum,  vermelho, já está sentada, em algum lugar da plateia. Após os três sinais, as luzes se apagam e os atores, portando lâmpadas, surgem de todos os lados, iluminando a plateia,  gritando e perguntado.

 TODOS - Crista! Vocês viram  Crista?

    UM ATOR - ( Dirigindo-se a uma espectadora): É você, Crista?

      OUTRO ATOR - (Dirigindo-se a um espectador): É ele ali, vejam! 

               TRÊS ATORES - Dirigindo-se a ele): Não?não é, você?

                  CINCO ATORES - Ele está mentindo, prendam-no.

OITO ATORES - (Gritam) Prendam-no, Prendam-no. 

          TODOS (Gritam) - Matem-no, matem-no.

            UM ATOR - (voltado para a Plateia) - Digam-me Senhoras,   Senhoritas e Senhores, É ele? Ou não é ele? Quem vocês querem condenar?

OUTRO ATOR -  Não, Não é ele. Ele disse que não é ele. Soltem-no. 

MAIS OUTRO ATOR - Não é assim, ele tem de provar que não é Crista.

UM TERCEIRO ATOR - Não, não é assim. Ele não tem de provar sua inocência, nós é que devemos provar sua culpa. Aqui sua palavra vale. Soltem-no, Soltem-no.

    UMA ATRIZ - Soltem-no, ele já está com medo!

       OUTRA ATRIZ - E não é para estar? Infeliz daquele que caia nas garras do poder.


             

             UM ATOR - (aproximando-se da atriz) Divina mestra! Divina Mestra! (Abraça-a e beija-lhe a  face).

  TODOS OS 12 ATORES - Senhora, a Senhora está presa. (Ela se levanta e extende os braços, os atores amarram-na com o cordão de São Francisco)








        



               Eu tenho medo de um país, onde um gigolô é herói, ganha prêmio no BBB, é reverenciado nas redes sociais, convidados a festas e bacanais e veja bem pode chegar às presidenciais, não é dona Maria Rego? Diga lá, para Taís que não é ele que a usa, é o sistema qu’ela adora, qu’ela pensa que lhe quer, qu’ele elege um fantoche para explorar seus iguais e no final quando nenhum não mais lhe servir, serão atirados na vala do esquecimento. Né, brinquedo não, viu? O oportunista do Rio Grande do Sul está sendo bem dirigido, mas na hora que ele cagar fora do prato, vai ele, prato e bosta para o mesmo lugar; o lugar do nunca, do nunca mais sai de lá. Isto se chamava capitalismo, meu filho, e não adianta querer enganar a turma não; eles vão mesmo deixar que estudes medicina? Tu acreditas, mesmo?

    

quarta-feira, 3 de julho de 2024

             AMA SECA- Precisa-se de uma, branca e de confiança para tomar conta de uma criança de um ano, ordenado 130$000, à Avenida Atlântica, n.732, Tel. 27-0223.

              AMA DE LEITE - Precisa-se de uma, boa leite, saudável, negra, mas limpa, para amamentar uma criança, favor comparecer à portaria do jornal, munida de referências. Ordenado a combinar.

          


    E tu, Aurélio, dito Agostinho de Hipona, não choras o sangue de  teus irmãos? derrubar a mentira que conta sobre nós. Lembremos ao mundo que, sozinhos, lutamos, malguer, rodeados de irmãos armados, mas nenhum levantou a mão para estancar o sangue derramado. Talvez porquê distraídos pela dança do ventre ou porquê embalados pelas migalhas que lhes envia o Ocidente. Ou será, mesmo pura covardia de quem sedados pelo narguilé? Onde estão os irmãos d’África, por eles arrebatados e levados para América como braços para a cana? Pueros chorosos, maltrapilhos, pés descalços seguem as mães em busca de  comida e água e de repente estoura um prédio e todos correm e o mundo vê e não diz nada. E quem diga, ainda, máquina de propaganda! Aonde ir? Dizei-me, Senhor, ubi? Puxando estes mulambos? Submissão, nem é preciso, basta ser humano. De racismo, nas favelas, são milhares a sofrer. Quantos foram vingados pela justiça, Gagliasso? E tu Dayane Alcântara Couto de Andrade, dita Day McCarthy, vítima de tua própria infâmia? Criticada  pela aparência, o juiz global não viu isto! Engraçado, Zé, o cara vem lá dos infernos e quer mandar na justiça? Quero ver se é mesmo macho. Enfrentar outras terras. Cada um quer ditar a sua democracia. Ela não é feita por um homem, mas construída por um povo. Entonces Maduro não dita povo, o povo é quem dita a Maduro. Eles devem viver sua fé em total segurança. Eles não merecem comer, nem dormir em paz. E Pável Durov caiu na armadilha. Acreditar na democracia! Agora, saber quanto vai durar na jaula. E Tel Aviv matou a Yasser Arafat, não foi, Shimon Peres? Tu o disseste, tu te lembras?  “Cantora atualizou seu estado de saúde e o falou sobre retorno de tratamento oncológico”. Leio n’O Dia, Preta Gil explicando a volta do câncer. Quatorze palavras, dois erros, ainda bem. E não adianta vestir dechadacha se você não contribui em nada para combater a guerra.

segunda-feira, 1 de julho de 2024




             Que dissemelhança, Zé Mancambira? Dezenas, centenas, milhares d’homens, ensandecidos, e, também fêmeas, se matando por tocar uma pedra, que se crê, no chão, caída, dos céus, nos idos  d’Eva e Adão. Ou, comeres, tu, um naco de pão, crendo, tu, teres comido o corpo inteiro de teu Deus? E tudo isto, e ainda assim, a fome, o ensanguentar-se pela cimitarra de quem se acredita o zaba. Vai e mostra ao mundo. Esta era minha casa. Senhor Deus, perdão Senhor.

 

sábado, 29 de junho de 2024

                          



      Hoje, Mancambira, vou dar uma roubada, espero que você, com seu puxa-saquismo não venha a contar pro autor. É que ele não quer dar oportunidade a todo mundo de escrever no seu Noite em Paris. Diz, ele, para que não se perca a unidade, principalmente, quanto ao estilo, achando ele, ter encontrado um, digno de Joyce, de Guimarães Rosa. Mas, Zé, vou escrevendo, quando ele der por si, pronto. Não vai deixar de publicar. E você, sobre o que vai escrever? Vai seguir a história dele?E ele segue alguma história? É pulando daqui prá lá, de lá pracá, sem nunca sair do lugar. Não sei como tem quem goste do que ele escreve! Ninguém entende nada. É puro esnobismo, é como muita gente fala que gosta do Ulisses, mas na realidade não tá nem entendendo o que o caba tá dizendo. Eu não, vou escrever uma história com pé e com cabeça. Não quero nada de palavra difícil pru caba ter de ir pru gulguel buscar o significado. Meu negócio é bateu, bateu, cuspiu, cuspiu. Nada enfeites. Seco, como o nordeste, terra de caba da peste, muleque da gota serena e muié de cachaço grosso, homi,  daquilo roxo. E pru onde tu vai começar, mula véia, sem pescoço? E tem outra moda? Era uma vez… e tenho por começado A História Dum Caba Macho Que Não Tem Medo d’Aviâo, Nem Tampouco d’Assombração. Virge, com este título de quilombo, tu nam vende nem pru pão! Pois, vamo ver, nesta terra, que não se chama Inglaterra, se há caba que seja macho,  de não comprar para ler o qui tem neste ABC. Pois, se não comprar, maldito seja pra o resto do mundo além; que o estralar da bigorna de Zé Cadeira e Zé Ferreira nas tardes bolorentas de calor que não tem nem cristão nem alazão qui aguenta pregar os zoios.

          João Grilo era um cristão que nasceu antes do dia. Se criou sem formosura, mas tinha sabedoria e morreu depois da hora, pelas artes que fazia.

             Oxe, oxe, oxe esta história eu já ouvia de piquininim e tu quer dizer que é tua? Minha não pode ser, tu bem sabe que né minha, quero agora que me diga quando disse qu’ela é minha? Pois o caba que escreveu se chamava João Martins d’Athayde, caba bom de palaveira mais também de roubalheira, pois dizem de seus romances, muitos comprados nas feiras, dos poetas nordestinos, atacados de cegueira. Ou, se tu, bem quiseres, mas sem muita agonia, posso te contar uma história, de um caba lá da Bahia. 

             Era um caba desconhecido, até quando lhe bateu a sorte, foi parar no BBB e de lá, sem muito esforço, mas com muita esperteza e mentira, saiu de lá vencedor do BBB24.


quarta-feira, 26 de junho de 2024

      



                      Desprezando as leis estabelecidas, Mancambira, os cristãos de toda espécie, católicos e não católicos, formam entre convenções secretas. Entre as convenções, algumas são públicas, e todas estão de acordo com as leis; outras são ocultas e são todas aquelas cuja realização viola as leis instituídas. A caridade mútua dos cristãos como nascida de um perigo comum e mais forte do que qualquer juramento, a lei comum, Zé Mancambira, foi infringida pelas convenções dos cristãos e só por isto, já deveríamos de puní-los. A doutrina cristã tem origem bárbara, eis que oriunda dos judeus, embora se reconheça que os bárbaros sejam capazes de descobrir doutrinas, mas para julgar, dar fundamento e adaptar à prática virtude as descobertas dos bárbaros, Mancambira, acredite, os gregos são mais hábeis.

sábado, 22 de junho de 2024

        Eu não tenho pai, não tenho mãe, nem tenho parentesco neste mundo, o meu pai mandei pro inferno e a minha mãe sumiu no mundo. 

Olha que desgosto, desgosto dos meus pais. Meu irmão virou um’a moça e a moça virou rapaz.

            Vontade de rir? E quando te dizem que o teu está dentro de um pedaço de pão? E ao mesmo tempo pregado numa cruz? Imagina só. O padre vai ao banheiro e não lava bem as mãos. Que cheiro tem o corpo que tu comes? Sempre feio e ruim a crença do outro, só a tua é bela e boa. 

               

                


domingo, 9 de junho de 2024

           




                            

Oh tempos, eu não posso gazear. Vai longe no tempo, tampouco podia gazear. Nos frades capuchinhos  na Piedade, nos de Feira, nos vocacionistas, em Itambé, nem nos jesuítas do Vieira, não podia. E hoje, quando quero, oh, quando quero, nem posso. Estar  atento aos gases do imigo. E como queimam, quando não matam. As gazetas não mostram. Calam gritos de horror e medo. O Tesouro, querem. Mães amamentam, crianças gazeam e a gazuâ continua. E gases e fachos e gases e tochas. Em tudo, em tudo que gazeia em nossa terra. The Wasted Land. Filomelas, tantas, que, e Medusas, dor! Gazos, como Tereu, como Poseidon. O que nos resta agora? O desespero como salvação, Senhor Adorno? Gazares lindos, bem ali farfalham, aqui, rafa e agonia. Oh, terra! oh, mundo! Meu paraíso perdido, quem te perdeu? A quem ofendeste para me mereceres tão cruel vingança? Não achas, tu exacerbada a vingança? Até quando irá tua ira? Quem te fez assim? De quem aprendestes tão desalmada crueldade? Dizei-me, então e ao mundo também, fomos, nós. o fautor de teu caminhar? Por quê volteias tua lança contra nós? Haveremos de resistir.

 

.





      

quarta-feira, 5 de junho de 2024

         




                     Depois que um  certo ministro resolveu, no julgamento do do mensalão, cagar em cima da Constituição, todo mundo quer, agora, dar sua cagadinha. E foi assim que o vereador César Maia, deu cagada no meio da sessão plenária municipal. Assim é fácil ser vereador, até cagando tá ganhando, né Zé Mancambira? E, me veio uma ideia Dá, vou perguntar a Dija, que ficou carola e anda rodando as saias dos padres. E qual é, Manca? Se os santos cagavam? Hahahaha, você me fez lembrar do Ari. Era lá da rue d’Assas, o famoso 16, de que te falo sempre. Ele imaginou uma cena de um filme. Jesus, acabando de urinar e balançando a verga. Sei lá. Eu faria assim. E a Anvisa está proibindo a colher-de-pau. Por bactérias e fungos nos poros. E as doenças? Fabricam-nas  onde se fazem os remédios. O nome disto. Se disser, serei comunista. E os cemitérios não serão mais o local do descanse  em paz. Vai gerar energia solar. Na minha carneira, não quero, vai que uma alma resolve montar num fio de luz e eu morrer!


           




                           Tanta comida deitada ao fogo, tanta boca aberta ao mundo. Traz a banana,  Fausto, qui stou aqui pra cair de fome. Merenda nossa nos capuchinhos da Escola Nossa Senhora da Piedade e nem sabia eu que ali morreram enforcados, alguns baianos por se quererem independentes. Sempre torturados, passada a dor, heróis de todos nós. Fausto, facão na mão, buscava o pão na quinta do convento. Os fradinhos,  esfomeados, massacravam mais que comiam, trazidas, as bananas, quando não era o mingau de pão, dormidos, restos da Padaria Brasil. En India restos de loucos, de moradores de rua são comidos, pois sagrados.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

           



                  E a linda Piovani e o Neymar, que é bom de pé, ambos são budalos. Mas o Neymar é muito mais. Nesta, estou com ela, e tu Macambira? Nem com ela, nem com ele. Nem sabem qu’eu existo. Coitado de mim, mais tenho aqui, com o que me preocupar. A seca,  mesmo. Gado morre no sertão. Fome e sede, à míngua, caem não se alevantam. Mandacaru fulorando,  acauã  chorando, mancambira seca rastejando, gia coaxando e chuva não vem. Onde os vuluvulus  falastrões?  Nordeste não rende laiques, 

nem seguidores. Oh Neymar, vem cá, vem cá, La Piovani, vem da seca aprender o que é viver e calar, calar de vez.

              

quarta-feira, 29 de maio de 2024

          



              E quem é esta criança de cor marrom, de nariz fino, corpo trêmulo, fumando um cigarro ao ritmo de uma tabla, observado por uma multidão embevecida e reverente? De gestos é ver Antõe Cego, mas de longe, com ele se parece. Eu queria ter uma máquina de correr mundo e estar em toda parte e quanto louco é o mundo. Djidja enrolada em cobras na beira du’a piscina. Salve, Salve Senhor Xiva, o Auspicioso. Marradeva. Onde  estás, tu, ganapati? Onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela tu te escondes, embuçado nos céus? Pelo gás, água, máscaras, óculos como se fosse nadar, de corpo inteiro coberto nos manifestos. Eles, os meganhas, não te atingirão com gases. E meu desejo é que eles tenham morte lenta e dolorosa. E logo. Quem joga comida fora; quem sob teu te odeia; quem. E Einstein, que não era filisteu chamou cientista brasileiro de macaco. “Não vontade de encontrar índios semi-aculturados usando fumou”, disse  o linguarudo  E todo mundo fala em algoritmo, sem nunca imaginar ser um iraniano seu criador. Al-khwarizmi. Não deixam o preconceito, o racismo, islamofobia.

                 E depois de matarem Maradona, hoje, brigam por seu espólio. Que belo destino do herói! Góis lutam até à exaustão e las platas vão para quem?

          

                          

quarta-feira, 15 de maio de 2024

ANTES QUE SEJA TARDE

                         



                        Antes que seja tarde, gente, vamos dar, também o nosso grito e não esperar que aconteça como no Rio Grande do Sul. O Nordeste é sofredor. Secas e enchentes o castigam a cadanho e não há vozes que se levantem exigindo soluções. Morre gado, sertanejos, corda no pescoço, encontrados,  suspensos em árvores. Não há jet-ski, salvando cavalos caramelos, nem envios de pix, nem celebridades ajudando levantar gado, nem puxá-lo da pútrida lama em cairá em busca de um pouco d’água. Quem tem coceira no anus? Eu não, tenho problema todo o ano. E o Missinho do Chiclete morreu num hospital público. Como é ingrato não estar mídia! Será verdade que o governador da Galiléia tenha mandado recado para Jesus afim de parar de multiplicar os pães para não prejudicar o comércio? E eu tinha medo, medo mesmo da Mulher de Roxo, só em ouvir sua voz, até hoje, ouço-a, me apavora. Como aguentava calor daquela pesada roupa de cabeça aos pés? Aquele grande crucifixo pendurado no pescoço caindo até os peitos? Como era seu nome mesmo? Não havia promotor público para requerer sua interdição e lhe nomear o juiz um curador? A ficava a pobre coitada à mercê da caridade do povo, que eles, mal tinham para comer! De quereria morrido? À míngua, certo, que nem os demais desta cristã cidade, embalados pelos atabaques dos orixás d’Africa, terra donde provinha parte de seus ascendentes e nossos. O governador que não dá leite ao povo, mama no peito de seu namorado e diz asneira contra seus governados. Falta-lhe o seken do japonês, que digo aportuguesado, sequém, ou seja pertencimento, solidariedade, participação no social, coisa que, tampouco tem um certo. Mourão, ão, ão. Sou um homem de setentanos. Não há em Porto Alegre ninguém desta idade socorrendo vítimas. Eita mundacho torto, vice, Frei Teodoro? E o sobre anglo-saxônio/yankee vai dominando todo o mundo latino da América e das Oropas, para confirmar que manda quem dinheiro tem. Neste nosso torrão tem, em toda casa, um senil, babão por quem oramos todos os dias, rogando ao senhor o leve pra sua glória pra acabar seu sofrimento, mas este mesmo senhor está recebendo milhões de orações com o pedido de melhoras e bençãos para Tony Ramos, o qual só conhecemos de fotografia. É muito Torto, né, Frei  Teodoro? E Sêneca nascido em 4 antes de Cristo e morrido em 65 dopo Cristo nunca ouviu falar deste no Império. I como saps? Manhana ó passado te lo dirê. Tudo é determinado, né, Espinosa? Tire teu sorriso em caminho, euquero passar com a minha dor.


quarta-feira, 1 de maio de 2024

DO QUE ME LEMBRO

 





                     Do que me lembro, Froide, pouco posso parlar. Claro, Didi, isto, poucos, mas o pouco já é bom. Então, elefantes. Elefantes? E gado, bois, vacas, frequentes. Um sítio ou fazenda, zoológico, sem muita certeza. Eu, ela, um casal,  ele médico ela geria os negócios. Pegadinha. Uma menina,  menos de três, branca; um menino, mais de três, negro. Um experimento. Nem sei como dizer, nem se devo. Um acasalamento. Estou arrependido, disse ao médico. Também, eu, mas como recuar? Seria pior. O menino de priapismo. E a menina, coitada! Os elefantes, parece,  perceberam o que fizemos ao bebê,  investiram violentamente contra nós. ? Não, sei, não me recordo. Viu-os correndo e tentamos subir na cerca. A cuidadora, que era a mãe do Davi, vencedor do BBB24, ou alguém com ela, parecida, correu em nosso socorro. Atônito, inda falei da ingratidão do filho, com Mani Brito. Ela apenas fez um muxoxo, tocando seu pé no meu. Digo bem, não, Freud, a modo que tinha dinheiro no meio? É a Impressão. Corria  muita grana, mas a gente não participava. Cobaias, mal pagos. Era nas imediações de Salvador, perto da costa, semelhando ao sertão. Madonna, que estava em tournée no Rio, ligou dizendo que viria nos ver. Uma honra para nós, mas nos  deixava um pouco intimidados. Quem não? E eu nem sabia tanto. Admirava-a por causa de Luiz Ademir. Ela, mais do que nós, sabe. Democracia, uma balela, só no papel. Livres? Bater palmas. Viu o exemplo de alguns. Perderam contratos, massacrados, cancelados. Nos criávamos as crianças? Se descobrissem? O massacre na redinco, pior que  a justiça. E se fôssemos presos, iríamos ser massacrados? Presos por crimes os mais bárbaros e cruéis tornavam-se  rígidos juízes e decidiam executar outros criminosos igualmente bárbaros e cruéis. É como já se tivessem purificados e se tornassem rígidos censores. Não tem Revolta certa, é Ladeira da Praça, como o aeroporto é Dois de Julho e Luiz Eduardo é Mimoso do Oeste, né, Mancambira? Rapaz, sei não, leva teu papo aí com Seu Froide. Pra gente ir embora. Porto triste Alegre, não me rio do Guaíba, mas choro do Nordeste, cadano da seca flagelado. Ontá comoção? unde governantes? Cadê vaquinha? Pix, nem, nem. E pra Madonna tem dinheiro.  Para, Froide, que não ladrão de minh’ algibeira, pra te pagar 100 dólares só por uma hora de consulta. E o menino, o menino… ééé comer…ééé comer…ááá ááá tanta gente passando necessidades e este doente deixando sua fortuna para o Neymar. Você pode me dizer, Froide, quem comendo quem? Em Inglaterra de 1917, Bafo de Onça lançava a pedra que criou o inferno n’oriente médio. E quem gritar! Sim, o menino tinha que comer aos olhos de todos nós. Um zoológico, o sernomundo, presa e plateia. Como rapaz? Fala verdade! Mesminho isto,  Seu Froide.  Comer, entendeu, Froide? Chega me arrepiar! Ela  muito linda, pegou sua própria cabeça, sacudiu-a e transformando-a, igualmente linda  e não se sabia qual das duas admirar. 


terça-feira, 23 de abril de 2024

LULA E ROBINHO

          




                        Acho, Mancambira que Lula está errado em dar pitoco em tudo. Robinho, não é problema de presidente, é de justiça. Melhor calar. Há casos que boca fechada dá mais votos, além de não entrar moscas. Fazer sem falar. Quem a prisão dele, quer hoje, amanhã grita justiça. Pimenta no dos outros é refresco.

 






                      Na música, Penderecki, se eu disser que Koinbaba é uma colcha de retalho, vão me  apedrejar, mas se ponho um trechinho ali, outro acolá de alguns autores  no meu Noite em Paris,  serei, com certeza, um  plagiário. O músico pode fazer o que quiser a música dos outros. Será louvado, um gênio. Nem aspas precisa. Uma grande citação, o escritor, um plagiador; pode o compositor misturar ritmos, gêneros, escolas, tudo; o escritor, todos os qualificativos dar sua e doutras línguas. Hermético, como Joyce, exibicionista, como Coelho Neto, pela riqueza vocabular, por fim, um boçal; na música, erro é estilo; no escrito, imperdoável, não sabe a língua, não conhece a história, fora da realidade, como se não pudesse criar sua realidade; em música  o não entendi, não existe. Você gosta ou não. Farto de escrever e ouvir o terrível “não entendi”. Ainda vou escrever para todos entenderem e chorarem e ficar com peninha do mocinho ou da mocinha. Se vou, mas como vou! E ganhar muita grana, e, esfregar, como faz Paulo Coelho,  na cara dos otários.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

MANI REGO E DAVI BRITO

        



                                A Mani Rego, Mancambira, tem direito à meação do prêmio ganho por Davi Brito. Eu sabia! Eu sabia! O bicho homem, Zé, é mais bicho do que homem, seguro que sim. O cara se utilizou da mulher pra tudo. Fez todo o país acreditar na fidelidade, no amor e na gratidão que tinha pela mulher e quando ganhou o certame, abandonou-a de maneira cruel. Verdade. Quem não fica indignado? Uma merreca, imagina se fosse na mega sena? Namorar com gente mais nova! É. Ele vinha se utilizando antes. Sim. Ela comprou-lhe carro para ele trabalhar. E na casa usava o nome dela para se promover. De norte a sul se acreditou nele, e, por isso, venceu. Puro estelionato, Mancambira, estelionato. E agora? Procurar um advogado, meação do prêmio  ou no mínimo indenização por danos morais. Ela tem direito.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

            


         

                      Tudim, fim de mundo. Sodoma e Gomorra. N’água, inda sobrou gente, quero ver neguim se salvar nas chamas. Ver? As labaredas vão assar todo vivente, Mancambira. O derradeiro, Didi, o derradeiro.E vai ser tu, Zé? Oxente. Vejo quem antes d’eu. Grande coisa! E ninguém pra contar, Zé? Aí é dureza, tem de ter alguém. Se eu pudesse escolher! E quem seria, Zé? Sei lá, você. Eu, Zé? Não tem graça, já sei. É. Ninguém. Melhor morrer logo, assim não sofre. Céu e inferno, será que mesmo? E quem sabe, Mancambira? Na dúvida, melhor viver o agora, porquê depois, já era. Vontade? Faça, agora. Amanhã será tarde. Você quer fazer e não pode mais. Relembrar o perdido é dor que se renova. E é mentira, Zé que a gente não se arrependa do feito e do não feito. Arrependimento todo mundo tem. E eu conto mais de mil. E isto,  dói. Isto dói.

                                               

segunda-feira, 15 de abril de 2024

A BAHIA E CAYMMI

             


        


                                      Depois que saiu nunca mais pisou o pé aqui.

domingo, 14 de abril de 2024






                         Quem é este Elon Musque na fila do pão, Zé Mancambira? Agora qualquer um que faça fortuna, se acha no direito de se imiscuir nos negócios internos do país? O que será do mundo agora, depois que o Estado permitiu a expansão destes monopólios? Será que o mundo, tão faminto por democracia, vai se curvar à vontade destes potentados? Será que o mundo? E se o cara for realmente um chincheiro? Eu, para lhe dizer a verdade, não acho. Mas, for, estará agindo por vontade livre ou sob efeitos de drogas? Não o mundo tem que um basta nestes caras. Eles, que não passam de uma vintena, poderão, por egoísmo,  exibicionismo ou ganância levar o mundo à ruína. Nada aprenderam da implosão daquele submarino? Tanta gente no mundo, Zé, no entanto, tudo carneiro! Quem quer que se levante, será calado pela censura, pelo cancelamento, pelo escarnho!

sexta-feira, 12 de abril de 2024

 



                  Eu dormi em cima do sono. Estava eu num asparte? Juro que não sei. Só me lembro da creba da despensa lá de casa, obrigando a gente se mudar pra Rua  Nova, na casa de Seu Agenor, pegada com a padaria de Baio, que se mudara pra Pintadas. Agenor, único fogueteiro de Capela, era cheio de goga e mentia quiçó, vivia dizendo ser o melhor da região, obrigando o povo de Capela comprar foguetes em sua mão. Não me pergunte mais nada, abegue. Mamãe alugou a casa dele por enquanto consertava a nossa. Isto foi, cheu ver, quando papai, em razão do fiado, teve de fechar a loja e fugir dos credores, tentando, fora, ganhar dinheiro e poder pagar seus débitos, deixando em casa, um caderno de cheio de notas do fiado. Papai foi pro Rio de Janeiro e disse pra mamãe cobrar o fiado., para que mamãe cobrasse aos devedores. Ih, se me lembro. Mamãe, muito chorosa, me acordando, procurar papai. Foi encontrado em Feira, envergonhado pelos débitos e pela fuga. Ah, o valor do aluguer? Sei lá, um ceitil, por fechada um bocado de tempo. Eu, vou dizer, gostava de lá. Pegada à padaria de Baio, ele me sobras de pão e de biscoito; N’outro lado, a quitanda de Zé de Liodoro, também me dava sobras de frutas passadas. Ali, Zé de Danié, que pouco ou nada sabia ler, pegou dum pedaço de jornal e de cabeça para baixo, só de mulequeira, começou a ler a história da surra que deu D. Rofa em Maria Pinhão, rapariga de Mané Gongom, seu marido. Ela tanto, de manguá bateu na Pinhão que esta ficou roça. O fato foi verdadeiro, mas o danado do Zé inventava coisas para fazer a gente rir. Zé de Danié,  turipa de primeira, sabia contar uma história para se rir. Não havia quem não se risse de suas invencionices. Quando chegava no almansafe, ele dava uma parada e observava a gente morrer de rir. Aí, meninos, homens e mulheres gritavam pra ele contar o resto que nunca se sabia o fim, porque cada vez que ele contava, era um forma diferente. O muleque, se tivesse estudado, seria um grande escritor. Hora ele parava, de charme, porque ele estava cansado. Pura mentira. Só para aguçar a curiosidade dos ouvintes. Zé Mancambira,  parente de Mané Gongom, se desmanchava de ri. Dé de Cornélio, mordendo o indicador dobrado, imitando Mané Gongom, ah se eu te pegar, muleque, ah se eu te pegar. Era uma gargalhada só. Ah, Capela, camanha vida tiv’eu ali! Didi. Eu digo. E tu, Mancambira? E que digo? E direi-vos, agora’, amigo, camanho temp’ há passado! E. Muito triste, terceira mundial. E. Vejam, quem deu causa a elas?



domingo, 7 de abril de 2024

                      



                        É, Mancambira, est’orb’stá em brasa viva, amigo! Deix’star, Didi, deix’star. Só quero comer peixe frito. E se fores, tu, também um peixe? Se com espinhas, for, pouco se me dá de ser comido. Um mundacho muito torto, né, Frei Teodoro? Tu vais ver coisa, não te disse? Profetizavas, padre. Gorinha, mesmo. Um forasteiro, mandar no STF! E a soberania? vão deixar? Que não, Frei Damião. Hora de união. Agora sim. Brasil acima de todos. Errado, viu Zé Mancambira? Se deixarmos, adeus liberdade. Se estes caras das mídias começarem a mandar, a quem você vai recorrer quando pisarem em teus pés? A justiça é o baluarte da liberdade. Imagina! deixar seu destino nas mãos destes magnatas de quem você jamais terá acesso! Eles enricam com seu conteúdo grátis que você lhes fornece,  mas você, para eles, nem mesmo existe. Quando querem, cancelam seu perfil, sem sequer avisar. O gafam, dizem, sonegam impostos, nova escravização, tu trabalhas de graça para eles e invadem totalmente tua privacidade, e, mais grave, destrói empregos. 

 


Só o que faltava, um estrangeiro, viciado em drogas, querer mandar no STF!

sábado, 6 de abril de 2024

A GUERRA DO OCIDENTE CONTRA A RÚSSIA

        




                        A Rússia perde esta guerra, Mancambira. Não queria falar disto, vocês me perguntaram…

                            Dizem, por aí. Não se pode falar de coisas fora do tema do romance. Quebra a unidade, a autenticidade.

                     Críticos ditam regras, escritores, escrevem. Quando na Escola de Teatro, li do crítico Walter Kerr, péssimo dramaturgo, o Shakespeare. Seus personagens,  ao morrer, fazem um longo discurso, ninguém aguenta, a vida não é assim.

                     Ora, perto de Shakespeare, quem é Walter Kerr na fila do pão?

                       Primeiro, Shakespeare não se propunha a reproduzir a vida, mas recriá-la.

             Não, não devem existir regras. Nem mesmo a vida tem regras, ela é.

                   Por isto, conto a vida, mas  sem peias, como sai de minha cabeça, tanto a vida deste mundo torto, como a vida desta Capela véia de Joaquim Machado, Né, Zé de Danié? 

                      Mas, uma coisa é certa. A guerra é um erro, muita morte por coisa nenhuma.

                  Não, Vavá, não é questão de certo ou errado, de ter ou não ter razão. Guerra é política, quando falha a palavra, parte-se para porrada. Mortes, vai sempre ter. Isto é bom, o homem só aprende com sofrimento.

                  Mas só quem morre é peão, coronéis não morrem. Verdade, Miguezim, porém, muito peão merece morrer. Essa não. Esta, sim, tio Zito. Um exemplo. O sujeito joga comida fora. Só por isto, tem de morrer? Sim porque, quando se joga comida fora está-se privando milhões de outras pessoas daquele alimento. Fome, causa de guerras. Estruir comida aumenta a carestia, provoca a fome, causa conflitos e guerras, pior que matar alguém. Não concordo, Didi, mas… vejam a diferença, matar um e matar milhares.

                          Sim, e por quê a Rússia vai perder? Não há guerra contra a Ucrânia, mas contra o Ocidente, na Ucrânia. Se outros países não ajudarem a Rússia, de qualquer maneira, ela vai perder.

                     O drone vai continuar voando até te matar ou até cair em cima de você, para te deixar ferido, até que outro venha te pegar. O outro segundo vem para te liquidar. Dizum.

                    Outro diz lutamos, luta inglória  para manter sob nosso controle a Porta do Donbas. Se os russos tomarem esta colina, abririam a porta para chegar a outras cidades. Imperioso detê-los. Eles têm muitos efetivos, grande minição, e, pigarreia, atacam, atacam, constantemente, tanto por ar, como por terra. Pesada artilharia. Nós, resistimos, Deus sabe até quando. Medo? Como não ter? Eles têm medo. Guerra, ruim para todos. Eles,  sofrendo para nos matar,  nós, sofrendo para não morrer.

                      Longe do campo de batalha, mas não tão longe para não ouvir os tiros, Mykola, num banco em frente de casa: “não importa o que aconteça. Plantamos batatas e capinamos os jardins. Presos. Não temos aonde ir,  diz acariciando seu cão. Vamos ficar até o fim, se nos pegarem, nos pegaram e é isso.

              Ninguém pode me dizer que isto não seja triste. Vida, é a vida.

       

       

          


                        


sábado, 30 de março de 2024

CURSOS DE MEDICINA

                         


                       Quantos morrem hoje no Brasil, Mancambira, por falta de médicos? Sem ideia, sei que perco um amigo, todos os dias. Quantos cursos de medicina nós temos, Zé? Ih, pior ainda. Pois é, nessa imensidão de país nós só temos 389 cursos de medicina. Você quantos campos de futebol temos nós? Aí, são muitos. É, Zé, Morre-se por uma bola. Nós precisamos de, no mínimo mil cursos de medicina. Você, eu e todo mundo temos a obrigação de exigir mais cursos de medicina dos governantes. Temos de exigir, não de pedir. Ao político se exige, porque damos nosso voto. 

segunda-feira, 25 de março de 2024

LIXO NÃO É PROBLEMA

        



                        Lixo, Mancambira, não é problema e sim, tu, Mancambira! Eu, Didi, por acaso, sou eu que faço os alfurges nas ruas? Tu, aqui, Mancambira, é teu irmão, é teu vizinho, é todo mundo. Cisco anda, Zé? O homem, meu irmão, o homem, o problema. E então? Lei. Lixo em rua, crime. Quem jogou que pague. Um dia, cadeia não educa, outro, cana pro sujismundo. Claro, grade só, não resolve, mas gaiola, multa e trabalho, resolvem. E o governo, onde fica, Didi? A lei é pra todos. Os governantes cometem crimes se deixarem de dar um bom destino para os monturos. É riqueza ignorada, há-de ser aproveitada. A reciclagem, você me disse, menos econômica, que a matéria prima. Mas aí, cabe o subsídio do governo em nome do meio ambiente. Salvar o mundo, todo investimento é pouco. Como fazer então, Didi? O metal pra forjarias e construção; o vidro volta ser vidro; o plástico, plástico de outra natureza química; como impermeabilizantes para agricultura; em barragens subterrâneas; como aderem bem ao concreto,  em muros de contenção de águas marinhas e fluviais, inibindo-se inundações. Mil coisas. Falta só vontade política, Mancambira. É, falta tudo.

 

sábado, 23 de março de 2024

ROBINHO E O DIREITO À LIBERDADE

         


                Esta, a gente não entende, Horus Didi. Pesada demais. Covardia do judiciário?

                  Bem, gente,  talvez não seja o termo, mas que amarelou ante a grita na redinco, amarelou. O cara é um imbecil, mas sua prisão, uma imoralidade. Ilegal até a alma. E um grave precedente de quebra da soberania nacional.

                      Então a Constituição proíbe a extradição de um brasileiro, e, aceita a lei italiana para cumprimento de pena aqui? O cara comete um crime na Itália e nós aqui vamos sustentá-lo na cadeia? Que lógica é esta?  Vocês, que estavam pedindo a prisão do Robinho, já pararam para pensar que são vocês que vão sustentar o Robinho na cadeia; que vão pagar até a pasta de dentes que ele vai usar? Aposto que os justiceiros não pensaram nisto.

                       Mas não é só isto, Mancambira. Ouviu, Neco? Há um coisa chamada presunção de inocência. Sim, Tunin Gomes, xêu ver como explicar. Pra lei, todos nós somos inocentes, mesmo contendo um crime. Só deixa de ser inocente, quando a pessoa é condenada e não puder fazer mais nada no processo. Isto se chama processo transitado em julgado. Também tá na lei. Só se pode prender alguém quando o processo tiver transitado em julgado. O processo  do Robinho não terminou totalmente, ele ainda pode recorrer, por isso sua prisão é ilegal, entendeu, Zé de Danié? Vixe como tem Zé, nesta Capela do Alto Alegre de Joaquim Machado, tesconjuro com tanto Zé.

                    Pelo menos, Didi, a cadeia pode ser boa para ele. Ah, é claro, Feijão-Puro, experiência de vida. Ele pode aproveitar a oportunidade para estudar, ler livros. Para aprender, nunca é tarde.

                         Não sei pra quê, o cara já é rico, não precisa estudar. Precisa, Chutinha, se estuda para si, não para os outros; se estuda para aprender, porque aprender nos dá prazer. Tá preso, tempo à vontade, pra ler. Terapia, distração e diminuição da pena. Ler. O tempo voa, ele nem vai sentir. 

         


Contribua,  com qualquer valor, para a publicação deste romance Noite em Paris.

50 exemplares serão sorteados entre os contribuintes. Guardem seus comprovantes.

Pix- 061.736.085-53

                 

sábado, 16 de março de 2024

 


    

              

         E o Senhor justíssimo, misericordioso e boníssimo disse: Eu divido o mundo em dois. Aos ricos dou comida e aos pobres a vontade de comer.

                E ao que se lamentava por ter o Senhor posto a área de lazer perto do esgoto sanitário, disse-lhe o Senhor: Pergunta ao vizinho se ele gosta de ter o cu na barriga?

                  E que me importa ter a boca na barriga? Desde que não perto do cu!

                   Porque os discursos hão de ser vestidos e ornados de palavras, não é, Padre Vieira?

                     E eu, Mancambira, não estou nem aí. Eles só estão mostrando quem, realmente, manda neste mundo de merda. Deixei da lado. Herói? Sem vocação. Gentios, não gente. Escolha d’Eloim. Queres, tu, Mancambira, enfrentar o Deus dos Exércitos?

                 E quem nos dá as ideias? Não se há de perguntar, elas surgem quando querem e não quando queremos, meu caro, Mancambira. É como se alguém nos estivesse sussurrando ao pé do ouvido. Pergunta a Zé de Danié, se né, assim? Por isto, por mais que queira, nada faço sem aquela voz, embora seja preciso estar sempre procurando-a e atento à sua chegada.

                     Acabo de ler, Mancambira, num destes jornalecos da redinco a seguinte manchete: “Janja ostenta sapato luxuoso de R$8.5 mil em evento que discute pobreza”.

                Inteira razão tem o jornal de redinco: Ela deveria ir fantasiada de mendiga.

                  E o Robinho entrou numa roubada. A remunco o prendeu, não o tribunal. Estas redes, estas redes vão tocar fogo no mundo, né Frei Teodoro? 

                   Só quero ver o mar pegar fogo, pra comer peixe frito.

                     Nem quero saber quem é o defunto, só quero chorar.

                                          

             

quarta-feira, 13 de março de 2024

 




                 Tem coisa, Frei Teodoro, sem explicação. Está certo disto. Dedé? Vocês, que acham? Mudez na classe. Intervenções em aulas, nem sempre, bem-vindas. Mas diga, o que você não entendeu? Cobras, no paraíso. A turma deu risada. Cobras. Dedé? Sim professor, cobras, serpentes. Quem, agora, riu foi o mestre. Por quê, Dedé? Prestem atenção na explicação dele, turma!

               Pois se Deus é bom, por quê a serpente lá para  tentar Eva?!

quarta-feira, 6 de março de 2024

                



                                   Esta daí, aí, aí. Os de lá de riba, tudinho igual. Calumbi puro, Didi, basta confiar para furar. Cê tem tino, Manca. Crista Gail Pike que o diga. Quem? A mais jovem norte-americana condenada à pena de morte. Cê…sabe, Didi, sou contra, desumano. Democracia! Cortando a vida, e o direito?

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

IKIKUO

 




                   Sodade, meu bem, sodade Sodade de meu amor, bateu asas, foi-se  embora, nem uma carta deixou, foi-se embora lá pro Japão, machucou meu coração. Disse-me, enteada de embaixador. No Japão,  casara-se com a mãe, divorciada de seu pai. E Amesterdao nos juntou.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

 


                


                         Muito sem jeito, o vintededos. E você Froide? Entender o homem. Você, amigo, não engana mais ninguém. Eu nunca enganei ninguém. Nunca? E aquela cantilena do filho querer matar o pai e comer a mãe? Acusação gravíssima, você me faz, Didi. Ler, é preciso, para entender. Ler? Iguais. Quando refutados, nos acusam de superficial de não ter lido a obra ou se lei não compreendeu. Fizeram isto com Michel Onfray. Um nazista superficial, fascista, anti-semita e até pedófilo. Não podia falar, não conhecia a obra. Jeito disfarçado de censurar. Proíbem a fala, sagrado, tabu. Quem está te proibindo de falar, Didi? Você pode sair por aí denegrindo minha imagem? Eu, anti-semita? Não foi você, Froide, que disse não haver povo judeu? Que aqueles de quem se diz serem judeus são, na verdade, egípcios? Explica isto.




quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

 




                                Estou matutando com meus botões, Zé. O quê? A morte de Zé Celso, foi criminosa. Como? Só falta descobrir o quem. E não foi só um cara. Um, nem lá pisou os pés, Zé. Sete e meia da manhã da terça-feira, de quatro de julho de 2023. Dúvidas existem quanto a Nero ter tocado fogo em Roma, quem incendiou meu coração? Inda bem não tinha morrido e a polícia já dizia a causa da morte. Quanta eficiência! A toalha no aquecedor quem ateou fogo? Pobretão infeliz. Vai barracão, pendurado no morro, pedindo socorro. Um dia após a morte, o laudo do Instituto de Criminalística concluía: o incêndio pode ter-se iniciado com o contato de um aquecedor com objetos de fácil combustão existentes no quarto. A conclusão inconclusiva é tão vaga quanto inconsistente. O laudo não diz se o objeto caminhou para o aquecedor, ou se foi este a caminhar na direção daquele a fim de consumar o beijo fatal matador do Rei da Vela. Temos de certo que, nesta  fantasmagórica engrenagem assistimos o triste fim do Policarpo do teatro brasileiro. Por fim diz o louvado: o remanescente material de análise fica armazenado neste Laboratório por seis meses, sendo depois descartado como lixo hospitalar. Pobre, Zé. De ti só restou o lixo hospitalar, pois, no dia seguinte foste cremado. Ah, sim! As cinzas, restaram as cinzas. Servirão elas à nova perícia? Não sei, Zé. Vai difícil descobrir a verdade. Tu não voltarás para dizer! A não ser num centro espírita, mas você acha, Zé, que vão te acreditar no que dizes pela boca de um médio? Talvez, nem tu, mesmo, saibas da verdade. Esta gente tem tretas, Zé. Tu, tu eras um inocente, Zé. Tu deverias ter presente. Já houvera incêndio na tua vida. Mas tu, tu, criança de bom coração acreditavas no homem.