quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

GRILAGEM E FANTASIA

      



            


       Enquanto governantes se preocupam com a identidade d’animais de estimação, gastando o dinheiro público, grandes empresas levam o terror ao sertão, dizimando flora e fauna, desalojam de suas terras, familias, desagregando-as, jogando uns contra os outros, instaurando o medo, o terror, a violência e a criminalidade no meio rural. E assim é neste desertão de mundo, industria de guerras. Góis se matam. Dos camarins inatingíveis nazis, fascistas outros istas, palmas, batem e vociferam. Armas e dinheiro, destruir e matar,  banquetas e burras cheias. História. Não conta sangue derramado, nem choro de vencidos, TODAVIA, o estourar de bombas, o pipocar de rolhas, festa de vencedores. A história do mais forte. Estaria, Darwin, com sua teoria, justificando o suplício, a escravidão a morte do mais fraco ou do incapa de adaptar-se? Acabo de sonhar (e sonhar é bom), brigando (não sei, valha-me, sovino Freud) com meu compadre Hugo Perrone, com quem  nunca briguei, descando, em Itambé, no Colégio Gilberto Viana dos Vocacionistas, estudantes, meninos, nos conhecemos.

Digressões necessárias, descansar a mente do leitor (é assim mesmo,  à moda antiga. Não me rendo ao modismo do politicamente correto, embora não condene quem o faça) bombardeado) pobre leitor, com relato de fatos do concreto, daí a dureza do estilo seguindo a aridez do assunto, que segundo…(deixa prá lá, não lembro), a forma segue o fundo. Em razão disto, tenho-me esforçado.  Traduzir a linguagem jurídica no português de todos, mesmo com algum floreio, nunca porém, para omitir ou acrescentar algo que venha desnaturar a verdade. Posso até mesmo por estilo, não seguir a cronologia dos fatos, mas é só. O fato contado como exatamente se deu. O direito exposto como deve ser, mostrando o erro onde estiver.

Então à nossa história.  A escritura da Capital nº 651702 foi por ter a tabeliã violado o princípio da territorialidade e portanto da legalidade do ato. A empresa eólica, claro, não se conformou e partiu para o Tribunal para anular a sentença do juiz. Parece, entretanto, que não vai ter êxito porque o procurador de justiça já deu parecer favorável à decisão do juiz e pede que tribunal mantenha a sentença. 

Clima tenso na região, irmãos ameaçam irmãos, tios ameaçam sobrinhos, primos ameaçam primos. Assim age a eólica. Intimida, ameaça,  invade terras, conivente, uma tabeliã, enodando todo o poder judiciário porque, sendo uno o poder, o ato de um atinge a todos, porque assim é o julgamento do ser humano que tem por característica igualar a todos, sem capacidade para distinguir o joio do trigo. É por isto que a Claudia não dá mais leitte, incapaz de separar arte de religião. Incapaz de ver no homem, pessoa humana; inábil para distinguir do homem, sua crença, provando que religião não é de Deus, porque desune, não irmana; provando que não um só Deus, porém muitos, segundo a vontade de qualquer um.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

A GRILAGEM DA EÓLICA




Éolo, o vento; Éolo, o guardião dos ventos; Éolo, o senhor dos ventos; Éolo, o deus dos ventos tinha poder, dado por Zeus, de aprisionar o vento. Por compaixão, deu a Odisseu um baú, com o vento aprisionado, para pudesse voltar à sua Ítaca, mas seus marinheiros, pensando ter ouro no baú, abriram-no e o libertando todos os ventos. Odisseu retorna a Eólia procurando Éolo. Este irritado com os marinheiros de Odisseu os expulsou de lá. Poder-se-ia abrir o saco de couro que a família de Noná deu, por alguns xelins, libertar os ventos, ouro em mãos da Eólica?

Noná morreu por saber da insídia de seus parentes, antes tão queridos, muitos deles, carregados por seus braços solícitos. Sim. Sanique conseguiu abrir o saco de couro de um bezerro de sete anos de idade e soltou o vento da Eólica o que a fez odiada tanto pela empresa, como por seus parentes, sobretudo os tios com quem convivera como irmãos serem mais ou menos da mesma idade. Uma sânie, este mundo, Sanique vai sofrer muito nas mãos de seus parentes, mas vai em frente porque é uma fortaleza. Já conseguiu a nulidade da escritura de compra e venda das terras “vendidas” à eólica e vai. como medusa, aniquilando a todos que ousam lhe encarar. Não está só, bem verdade, nesta liça, pois conta com a sagacidade do irmão em manejar os argumentos jurídicos que bombardeiam a eólica e seus advogados nos tribunais. A escritura de 02 de dezembro de 2016, lavrada em cartório da Capital na qual a escrivã dizendo que compareceram à sua presença naquele tabelionato a nonagenária Noná e o representante da empresa eólica os quais “identifiquei como os próprios através dos documentos a mim exibidos” pelos verifiquei a capacidade jurídica” e que “dou fé”, vendeu à empresa eólica as fazendas “COM ÁREA TOTAL de 34.000 hectares e perímetro de longitude  41°…W e latitude 40 ° S. O Ney Latorraca, o Vlad, o Barbosa se foi, vou continuar com minha narrativa na esperança, se não me matarem, por se trata de grupos poderosos, de ajudar, nesta luta insana.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

A GRILAGEM DA EÓLICA

                                     I










                         Você viu, Mancambira? Não posso ter visto o que não sei o que é. E nem vai saber. Hoje, basta sonharem que você tornou público um crime para te cancelarem, te processarem, se não te matarem. Por isso, caluda! Nem cobras, nem lagartos sairão desta minha boca linda, que a terra há de comer. Niente, viu Seu Zé Mancambira? Vixe, cabeluda, antão, Didi! Que vá ao Google, o curioso. Contar só o milagre, o santo, psiu. Uma tabeliã,  triste Bahia! ó quão dessemelhante / Estás e estou do nosso antigos estado! / Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, / Rica te vi eu já, tu a mi abundante. Muito triste, Gregório. Corrompida por um empresário, falsificou uma escritura transferindo um pouco mais de 34 mil hectares de terra para uma empresa de energia eólica, deixando ao léu, muita gente. Sei lá, 700, talvez mais. Proprietários, herdeiros, posseiros de terras abocanhadas pela empresa. Vixe, Didi, é verdade? E depois, só o político é ladrão! Isto me revolta! E onde foi isto, Didi? Não me perguntes. Utilizaram-se de uma idosa. (Como sempre, vítimas dos sabidões). Ela, coitada, enem ler, sabia. Aprendeu, como muitos, a desenhar o nome para votar. E pode, Doutor? Claro, você sabe chinês ou Japonês, Mancambira? Bem verdade, não? Pois, dou-lhe palavra em chinês ou japonês. Você começa a copiar, copiar. Com o tempo você será capaz de escrever palavra, sem nem ao saber seu significado. Assim, cá. Analfabetos, de montão, existem. Inábeis para a leitura, porém, treinados para assinar o nome. Assim, Noná. Iletrada, simplória, beirando a idiotice, mas burro de carga de toda a família, que proprietária de grandes extensa de terra, vivia frugalmente, sem explorar as terras num sertão de secas anuais, conhecida como ricos pobres. O desenvolvimento da tecnologia de aproveitamento da energia eólica, suas terras, no maciço central, se valorizaram, surgindo,  na região, empresas de energia eólica, comprando terras a preço baixo, e, com ajuda de policiais e o beneplácito de serventuários da justiça, intimidam e ameaçam pessoas para venderem suas terras. Briga entre parentes, desagregadora nociva e dolorosa, por romper laços seculares de afeto e comunidade. Foi o que fez a Eólica. Hoje, brigam irmãos, tios, sobrinhos e primos, e por causa disto cincos pessoas já estão no cemitério, que idosos, não suportaram a pressão da eólica. A Noná mesmo, utilizada pela eólica para tomar as terras da família, viveu tranquila desde que “vendeu” 34 mil hectares de terras da família.  Quando a Noná foi depor no Processo Administrativo Disciplinar (PAD) a tabeliã, ficou sabendo. Tinha “vendido” as terras da família. E daí adoeceu. Não durou um mês. O começo. Um primo seu, procurou sua filha. Para documentar uma pequena posse de terra, queria uma escritura de Noná, oferecendo-lhe uma quantia dinheiro. E ela, a filha da Noná, não tio, não precisa pagar nada, Mainha dá. Quando estiver pronta, escritura, trago aqui prá Noná assinar. Alguns depois estava assinada a escritura. O pedaço de terra se tornou 34 mil hectares de terras. Noná sem saber vendera todas as terras da família, como se única herdeira fosse. A Tabeliã da capital faz uma escritura de compra e venda e manda-a, por um particular, para colher a assinatura da Noná no interior. Não existe a figura de preposto de tabelião, nem tem o tabelião jurisdição em outra comarca. Ela, a tabeliã, poderia, e pode, lavrar escritura de compra e venda de imóvel situado em qualquer do país, desde que o proprietário compareça à sua serventia e assine a escritura em sua presença para que ela possa dar por fé o ato. Do jeito que ela fez, terminou por ferir a legislação do país várias vezes, como o artigo 297 do Código Penal, o art.108 do Estatuto do Idoso, os artigos 1°, 4°, 30, inciso XIV e art.31, incisos I, II e V da Lei-8935/94 e os artigos 3°, 97, inc.II, 98, inc.I, art.110 e 118 do Código de Normas do Estado. É muita infração para uma tabeliã só, viu, Senhora? O mundo, uma quadrilha, a pessoa um refém. Lutar contra esta quadrilha, é pedir pra morrer.

(Continuação, em seguida)


quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

 





          


         Cia, cia. Não vou fazer a vontade de ninguém, umbe, a minha. É pau, é paul, é pedra, é o fim do caminho. Hoo, linda, linda muito linda. Hoo é She, she é Hoo. Sabias, tu? Non, sabia cia. Cia é não, não companhia, muito menos Agência Central de Inteligência(CIA), um simples cia não mata ninguém, a CIA, sim, mata milhões. Umbe é sim pros Cia-cias lá na ilha do Butão, que também não é botão. Reinan e Pêga. Quando Gandu, já não era mais Corujão, nem mais havia gandu no Rio Gandu, que os dois, emboscados, esperavam a visita diária, (a rotina é perigosa), à fábrica e tiros, tiros em Manoel Domingos, morrido, ali na hora. Maneca Libânio, como Pau-Vestido, chorou, chorou. Este, a pinga de cada dia, aquele, o neto querido. Taciturno, Seu Maneca. Meses sem o carteado das tardes dominicais na casa de Seu Esmeraldino; tampouco, o dinheiro semanal, as balas, a galinha-gorda, (-galinha-gorda! - Gorda ela é - Pra cima ou pra baixo? - Como vier!),  p’ras meninas dos bancos, de gordos depósitos seus. Mortes matadas, de bicho nenhum era pra existir. Quem inventou o assassínio, tem coração? Cacau, doce é teu mel; divino o chocolate; amargas tuas bagas; amargo o sangue que te rega, né, Gaguinho? Uíras, sabias disto? Onde estão vocês, agora? E o cacau, pelo qual brigastes? E la Belle Adele? Vendeu, por seus milhões, as “Mulheres” de Geraes, o Toninho, há um “milhão de anos atrás.”  Velha, velhíssima, a ladroíce!


domingo, 15 de dezembro de 2024

O DEUS DINDIM

        




             Tão dizendo por aí, Mancambira, que os pastores proibiram seus fiéis de fazerem orações pela recuperação do presidente. Se nem eles acreditam em orações? Quem não sabe que eles, nem em Deus acreditam? Que acreditam mesmo é no Deus Dindim? Há pastores consagrando cetamina para seus fiéis, vendendo-a como água sagrada do Senhor! Um fingarelho qualquer, mal sabe ler, põe uma bíblia debaixo do braço e em pouco tempo está dirigindo um carro de luxo, morando em bairro de elite e se faz chamar de apóstolo, profeta, bispo e outros denominações da hierarquia religiosa.


domingo, 8 de dezembro de 2024

GAIOLA DOS LOUCOS

 

                    Mundo! Um bostil, uma gaiola apinhada de loucos. Nem pr’onde voar, nem nonde pisar. Não se embostar por inteiro. Avia-te, rapaz! Tanta lamúria! já fez, hoje, sua parte? Como quer ver bondades?E quem pode? Se tu limpas, aqui, um toloco, outro aparecerá noutro lugar. E depois, melhor cuidar que curar. Este, mata a galinha dos ovos de ouro, aquele a mina do ouro. Lixo de mundo, Zé Raimundo! Indassim, gosto. Com toda imundície. Quem sabe o depois? Alguém veio d’outro mundo nos dizer? Eu quero viver, neste monturo. Pois, chutar só não, resolve, ele estará sempre em nossa frente, empesteando teu ar, turvando minha vista. Melhor, seria livrar-se de uma vez, de quem tu, assim, nomeias. Alguém já fez isto antes, e deu no que deu. Por quê? O que tu chamas de lixo, não o é para outros. E corres o perigo  de seres tu, o caçado como lixo. Um beco sem saída. Há-de-se conformar. Quem maior tiver as unhas, que suba na parede. Ah! mundacho veio torto, né Frei Teodoro? E ai de quem a ele se oponha. Será, o pobre coitado, impiedosamente pisoteado. O efeito rebanho contra o indivíduo, por mais correto que esteja. E a esmo, vamos nós, que o passeio, não vire obrigação e perca seu verdadeiro fito. Na ponte, um beleguim pega, pelo cavalo da calça, um estafeta e o atiça ao rio, e, nada pudemos fazer, embora o quiséssemos. Seria mais um ou dois a beber do Rio das Tripas a água batizada com os dejetos do mais chique Shopping da cidade. Andemos. Andar é bom, dizia Nietzshe, que costumava escrever passeando, para o corpo e para a mente. Olha ali, Didi, fogo, fogo, no Shopping Sete Portas. Vixe, no terreiro. No Ilê Intilê. Crentes, a Bíblia na mão, na outra, torcha ardente, incendeiam a Casa de Xangô. Iá Detá, Iá Cala, Iá Nassô,   Babá Assicá e Bamboxê Obiticô, tentam salvar os objetos sagrados do culto, enquanto gritam para chamarem os bombeiros, chamarem a polícia. E mais uma vez, nada pudemos fazer. Uma onda de crentes enfurecidos ameaçavam quem se aproximasse para dar socorro. Chegou a Polícia, depois os bombeiros, dispersando, violentamente, as pessoas, mas sem efetuar prisões, mesmo de quem ainda se encontrava com a tocha incendiária nas mãos. Desamparados, impotentes, seguimos, em silêncio nossa caminhada até  a igreja do hospício da Piedade, onde estudara, eu, por um tempo, no Seminário dos Capuchinhos. Olhava, meditativo para os altares, onde ajudava na celebração de missas quando, uma beata, empunhando um enorme crucifixo, brandiu-o contra minha cabeça, gritando: louco, louco, herege maluco, anticristo, disse que Jesus Cristo era filho de um soldado romano com a Virgem Maria e São José, um corno. Vi o sangue escorrer pela testa e o depois, o acordar numa cama de hospital, atordoado, porém, contente. Alguém, finalmente, havia lido meu livro, Eu me Chamo Celso.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

 





        E o cara é senador. Quem o elegeu? Pior do que ele! Sim, Seu Tunim Gomes, o tal do Jorge Seif foi eleito senador por Santa Catarina. Olha o que diz ele sobre pessoa atirada no rio por policiais. “O erro dos policiais foi ter jogado o meliante no córrego. Deveriam ter jogado o penhasco.” Vocês já ouviram coisa parecida? A tese de que existem pessoas superiores e que estas devem dominar as inferiores e sociedade deve expurgar pessoas todas como inferiores tais como judeus, negros, homossexuais, ciganos e marginais. Doutrina que vigorou na Alemanha por algum tempo e da qual parece que o senador por Santa Catarina é adepto fervoroso. “Bandido bom é bandido morto”, resumo fantástico, ninguém fez melhor, desta teoria filosófica, muito em voga na Alemanha entre as décadas de 20 a 40 do século que se findou há 24 anos, e, nós vimos no que deu esta ideologia que tanto fez chorar pessoas no mundo inteiro. 


terça-feira, 3 de dezembro de 2024

MEU PÉ-DE-MEIA

    



       Óh, Zé! Estou indo pr’Inglaterra. Oxente! Fazer o quê? Trabalhar, Zé. O governo Inglês está dando passagem de volta e mais 22 mil reais para o imigrante ilegal que queira voltar. Que bacana! E daí? Daí que vou. Trabalho, estudo, faço meu turismo, e, quando enjoar, porque de tudo se enjoa, pego meu dinheirim, minha passagem e volto. Quem sabe até com pezinho de meia.

               


               Hã!? Seu amor me deu K.O. Ki Cáli me ajude. Me ajude Tyche! Osh, minha deusa. Irei, sim, pro ku, se não imortal, pa. Tudo vai coalescer-se. Se Deus quer o sangue de quem não acredita nele, é um Deus fraco. Estes cabas têm muito habilidade pra tomar dinheiro dos outros. Quem? Os do Vaticano. Anrã, eles compram crianças no mundo todo, mas só brancas, esquecer as sombras trazidas do Quimete. Não me importo que a mula manque, eu só quero é rosetar. Né, Haroldo Lobo? É, Milton de Oliveira. Anhangá é bicho mau, mas protege os animais, né Mancambira? Aqui, um juiz se caga todo na frente de um policial, né, não, Mancambira? Bicarbonato de sódio sob os olhos, retirar a marca do tempo, do choro, de noites perdidas no trabalho, quando outros se divertiam. Enganar o Tempo, devorador d’homens, quando ele próprio não se devora, como fizeram outros. Hum! E o tempo devorou o ouro de São Francisco, viu Trombeta? Impérios caem. Ouve teus estertores, Trombeta, e te acautela de teu fim. Nem sonhes tu que acautelados não estejamos, nossa casa será teu túmulo.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

AS ÁGUAS VÃO ROLAR

        



                 As águas vão rolar, garrafa cheia, eu não quero  ver sobrar. Eu passo a mão na saca, saca, saca-rolha e bebo até, me afogar. Deixa as águas rolar. Se a polícia por isso me prender, e na última hora me soltar, eu pego a saca, saca, saca-rolha ninguém me agarra, ninguém me agarra. Nem mesmo seu Zé da Zilda? Você vai mesmo, deixar me prenderem Dona Zilda? Você deixa Seu Valdir Machado? Aí que saudade! De repente, o Bahiano de Tênis ficou vazio. Não me assustei, comecei a subir a Princesa Leopoldina e logo vi o Largo da Graça, com a Igreja, o abrigo e ponto de táxis e em seguida a Rua 8 de dezembro. Dona Laura pediu para que eu fosse à Telefônica reclamar que o 8456 estava com defeito. Eu fui. Subi a Oito de dezembro, virei à esquerda na esquina da Graça da onde morava seu pai, Seu José Catarino e segui até a Telefônica. Lá fiquei com vergonha, não entrei para dar o recado. Timidez dando-me uma das muitas muitas derrotas que tive ao longo dos anos. Carola, aquele, aquela que não  sai das igrejas, passa o dia zanzando de igrejas em igreja, enchendo o saco dos padres, pastores e ministros; caroche, também, um cara, uma cara que só pensa no trabalho, transferindo seu lar para o local da labuta e não pensa em outra coisa que não o trampo. E as águas rolam e ele se afoga.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

JOIO TODINHO






        A Joio, Zé Mancambira, se melou todinha ao cometer aleivosia contra a LGBTQIA+ e, se alinhar à direita raivosa contumaz, distribuidora de maledicências. Pois foi, Didi. Passou a ser tida como traidora da causa e a ser recebida com desconfiança pela direita, sabedora de que o traidor é o elemento mais desprezível da sociedade. A história mostra, Mancambira, um fim não muito feliz para o traíra. É, pode-se dar por feliz se ficar só no desprezo, porque a maior parte  tem encontrado coisa pior. Agora ela vem com uma história cabulosa. A de que teria recebido de alguém, uma proposta de pagamento de propina por seu apoio a um candidato a presidente. Se ela é tão honesta assim, por quê razão deixou para falar somente agora? Será que somente agora teve certeza de sua honestidade? Tempos imorais.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

O ESPIÃO

       


                A guerra, Mancambira, uma força muito superior, difícil vencê-la, sem o auxílio de traidores e espiões, dizendo Tunin Gomes no bar de João de Manim, um dos locais de reunião dos vadios em Capela, onde jogava sinuque, dama, dominó e carteado, entre uma cachacinha e outra. Não se via copos na mesa porque o sertanejo bebia de um só trago, jogando o resto pelo chão que se enchia de moscas atraídas pelo doce das bebidas, geralmente ferradas ou seja misturadas, cachaça com um vinho, tão barato este quanto a outra, a branquinha. Doído, a traição, pior das atitudes, pior dos crimes. Só a morte. Oxe, Seu Tunim, o senhor não fala contra a pena de morte? Em tempos de paz  Zé, e tempo de guerra espiões e traidores hão de ser punidos com a morte, claro com direito de defesa, se for provado o crime, morte para estes sujeitos. Agora mesmo o Hesbollah descobriu um bocado de espiões e traidores mandando informações para Israel. Morte, só a morte é merecida. Você já imaginou receber, de braços abertos, uma pessoa em seu país e depois fornecer informações para o inimigo? E pior, um próprio filho dar informações ao inimigo para bombardear seus irmãos. Só morte, gente, só a morte. Onde estão os cadáveres com sinais tortura da Síria. Imprensazinha ximbunga!

sábado, 23 de novembro de 2024

LEI DO SILÊNCIO

 É, Zé, parece que os antigos eram mais sábios do que os de hoje. Sim? Por quê? Em Roma, por exemplo, se criou a lei da damnatio memoriae. Condenava-se a pessoa ao esquecimento, proibindo-se pronunciar seu nome e até mesmo fazer referência à sua vida e existência. Esquecido, ignorado em sua própria terra, a real e verdadeira inelegibilidade. Hoje, a maioria das pessoas não entende isto e continua falando mais dos inimigos do que de si próprios, tornando-se os reais propagandistas deles.

sábado, 16 de novembro de 2024

 



     Oh! Mike que decepção! não Mancambira? Decepção? Aprende humano. Contra a força do destino ninguém pode lutar e vencer. Tua luta não foi em vão. Ela serviu para mostrar ao mundo o quão frágil, a vida, e qual fugaz, a glória.

                Que ninguém desafie a morte que não é morte porque vida é o que deixas na terra para as novas gerações.

domingo, 10 de novembro de 2024

 






        Oh! mar imenso, quanto te invejo imenso mar com tuas ondas sibilantes; lá no meu Nordeste ouço apenas o crestar de folhas secas sob os pés de cangaçeiros se esgueirando de mancambiras, gravatás e os abertos braços dos mandacarus implorando aos céus uma cuia d’água e matar a sede.

 




                           Magos de verdade são bem poucos. Ronaldinho Gaúcho, o bruxo, com seus dentes sempre à mostra, na bola, é um deles. No xadrez, ninguém mais bruxo que Mikhail Tal, o mago de Riga.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

MANÍACO DO PARQUE

   



                




                       Fala a verdade, Didi, esta história do maníaco do parque tá me dando nojo. Em todo lugar, só se fala nele, mas não é bem dele é do livro e do filme baseados em sua vida. Ganham dinheiro com a  miséria alheia. Mas impressiona o tanto de mulheres que lhe escrevem na cadeia. Como João de Deus, o que fazia mulheres saírem da Europa para serem estupradas no Brasil? E olha que, dizem, o Maniaco gostaria de ser mulher, imagina se não gostasse? E o problema, tratado como de segurança pública, quando, em verdade é, de saúde pública. Hoje, muitos anos depois de ter errado uma na questão na escola, provocando a chacota dos colegas que o fizeram mijar nas calças e  num acesso de raiva,  ter mordido uma colega, ele leva a vida bordando, fazendo crochê e tricô, e, de vez quando, lendo a bíblia, o que pode ter piorado sua conturbada psiquê. Pois, se mesmo, no presídio, simulou estrangular uma psiquiatra! Preocupados comigo? Metam o dedo e lasquem.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

           



         Elas foram se reunir às estrelas lá do céu, e, nós gostaríamos que fossem lembradas com muita graça pois se foram com muita graciosidade, debaixo dos escombros provocados por bombas e mísseis enviados pelos vizinhos que assistiam de longe, dançando,  com gritos de alegria e júbilo, ao ritmo de tambores e som de trombetas, com irônicas saudações de paz para os feridos que choravam seus choravam. 

terça-feira, 22 de outubro de 2024

 




         Fethullah Gülen está morto, viva Erdogan! Não, Mancambira, ninguém deve se vangloriar da morte alheia, mas, o traidor, a morte é o que se mais deseja para ele.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

 


  


.

                         

                Alegres e felizes gritam todos. Mataram o chefe, agora, tudo se resolve. Que patos, Didi, pensam que matando um homem, se mata uma ideia. Quanto mais se estuda mais se emburrece. Apenas parece, Mancambira. Não é assim. Quem, de verdade estuda, não tem poder de decisão. E quem decide, nem sempre ouve a quem estuda. Por isto, a história nos revela os desastres deste mundacho, como dizia Frei Teodoro. Esquecem o ditado popular: quem bate esquece, mas quem apanha… matam um e nascem mil. Mil vezes a ideia dum e reduplicado rancor. Armas avançadas não mataram todo o homem nu das Américas e hoje, muito menos matarão, os eunucos capatazes. Máquinas passam destruindo caminhos, não contentes do lar. Gente, até qu’inda admita, é guerra. Destruir o viver, claro, bestialidade. Por quê tu podes escolher a maneira da luta e eu não posso? Por quê bruto o meu ato e justo e sagrado o teu? Máquinas passam, bombas voam para o mundo ver e todos se calam ante o grito de dor, ante os gritos de alegria. Quando o mundo vai aprender quem os bárbaros, os animais? Quem mata ou quem morre como animais? Resta uma esperança. Sete irmãos pugnam, enquanto os demais dormem, até quando o imigo não lhes bata à porta e aí será tarde demais. A história cobrará. Se cobrará!


quarta-feira, 16 de outubro de 2024

 




           Com quantos meques se faz uma bomba, Didi? Bem, depende, porque do lugar, Mancambira. Mundim acordando. Se eles deixarem, Mancambira. E tome-lhe diamba! E tome-lhe cuca! E tome-lhe papoula! E tome-lhe bombas! E tome-lhe drones! E tome-lhes! Bipes explosíveis. Se isto não for sedícia, nada mais é. Brincadeirinha, astúcia, genialidade, prums. Prusoutros, bestialidade, selvageria. Prova, a língua se faz. Quem a diz, impõe o sentido e tu, fraco leitor, nada poderás fazer. E tome-lhe. Fui no Tororó, beber água, encontrei bela morena que no Tororó deixei.

domingo, 13 de outubro de 2024

     

             






                         Acápite um: que parem os senhores de jogar fogo.

              Acápite dois: Putin não deve vir ao Brasil; o Brasil não merece confiança.

                     Acápite três: Parem e vejam antes que tarde, quem tem provocado as guerras através dos séculos? Quem mais se tem beneficiado das guerras?

                     Acápite quatro: pense, pense só, não precisa dizer nada a ninguém.

                          Acápite cinco - A hipocrisia faz parte da vida. É mesmo umas forças sobre a qual se baseia nossa sociedade.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

 






        Eu, minino, na Feira de Santana, longe da seca, ouvino o alto-falante na Galiléia. Antes? Depois de 50? Sim, depois, o Ano Novo. Meia-noite em Capela. Todos na praça, em frente da Igreja. Esperam o sino da meia-noite para saírem em procissão até o cemitério.



quarta-feira, 9 de outubro de 2024

 



             É, é como sempre digo aqui, Mancambira, e, vocês quebram pau no ouvido. O gajo bem comportado nunca é uma boa notícia. Ninguém, dele, quer saber uma linha. Fale-se dele e neguim logo pergunta. É por falta de assunto? É como aqui, em Capela. Se Tenente, o doidim, montado em seu cavalo de pau, não aparecesse; se Zé Canário, sacudindo seus fedidos mulambos, demorasse de vir; se Tico  Doido de Patrocínio, enfurecido e escumando a boca, se enterrasse em sua roça; se Zé Teiú sem pisar os pés na rua, se escondesse debaixo da saia de Rosalina; se o carro de Léo, entupido de gente, sacos de mamona, milho e feijão, capoeiras de galinhas e caixotes d’ovos embalados em samambaias, subisse,  sem enjoar, a ladeira do prédio; se Maria Cagona, chamada por apelidos, não arribasse a saia, mostrando, sem calçola, onde estava a ferrugem; se Lourinho de Alexandre Gomes não sumisse de vez em quando, obrigando toda Capela procurá-lo; se não houvesse cantadores de emboladas, martelo e desafios nos sábados dia de feira; se não existissem  os Duardos da Pedra Bonita para beber nos dias de feira e brigar com todo o mundo riscando o chão com peixeira; e, sobretudo,  se não fosse Zé Danié, ator, palhaço, poeta e contador de histórias dos melhores pra fazer o povo rir; ah, Capela seria uma tapera, um cemitério, um campo de pós guerra.


quarta-feira, 2 de outubro de 2024







          Já é Deus sir manifestando na grande prostituta a mãe dás meletris assim como falar o livro de Apocalipse nós finais dos tempos os tempos da grande mãe séria as primeiras Deus sir manifesta contra ela. Fogo nigreja pra pagar tudo dosjogos olímpico. Mampus, quem tem medo, dos vivos deve-se ter. Vai-te lavar cachorro, ouviu o juiz e calou debaixo de sua toga. Eu vou quebrar seu queixo e você só vai poder  comer yogurt por umas seis semanas, disse Nikki Bille, quando tentava roubar algumas coisas no supermercado. E n’Inglaterra, corvos carniceiros sustentam a Coroa e a Coroa acredita piamente neles. Então, derrubar a Coroa, é só matar os corvos. Que mundo, né, Frei Teodoro? Mamãe, sem quê, sem pra quê principiou a bater em papai, em riba da cama que num tivemos outro mei senão chamar os sordados. E quem disse que queriam vir, a polícia? Que não era verdade, que assim, levassem-na ao psiquiatra, que não sei mais quê. Muito dolorido chamar autoridades pra mamãe. Ele pôs a gente lá e nós saímos de dentro dela. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

REENCARNAÇÃO

 




              Reencarnação! Quem, a vera,  acredita Didi? Difícil dizer, quando você vê, a todo momento, coisas fantásticas acontecendo, como uma criança de 5 anos tocando piano como gente grande. Quem lhe ensinou tanta técnica? Poder-se-ia, samicas, falar em reencarnação? Não seria uma injustiça? Um gênio reencarna em alguém, este vai, pelo resto da vida, brilhar e gozar os prazeres da fama e do dinheiro, outro, assassino, ladrão e miserável, reencarna em alguém fadado a sofrer pelo resto da vida, como tia Loura? É assim, Senhor? É que dizer senhor do iletrado e pobre homem do povo que produz obras de gênio, terá ele noção de supra-consciência para se lugar  com o divino? Tu não te apiedas dos que determinastes sofrer? Ah! Invisível mundo, mundacho torto, mostrarás tu, um dia, tua verdadeira face, tirando-nos desta tirânica incerteza? Haverá, mesmo, outros mundos? Mostra-te a nós!

terça-feira, 24 de setembro de 2024

ERAM OS DEUSES ASSASSINOS?

       




       Eles chegavam, porretes na mão, arengando, enviados de Deus e em seu nome, batendo velhos, crianças, mulheres, aleijados, porque se não o matamos, matam eles a nosoutros Misericórdia,  misericórdia senhores, para quê? Em vão, Deus ordenou, não deixar nenhum vivente, vivo. E nós, feito bobos, implorando aos céus. Que fizemos nós, Senhor, Único Grande Senhor, para merecer tão infernal castigo? Aponta-nos, oh Deus Onipotente, o pecado de nossa gente!


sexta-feira, 20 de setembro de 2024

CUMA É O NOME DELE?




         Cuma é o nome dele? E quem diabo sabe, se dizem que nem existir, existe? Certo é que cada um tem o seu e cada um lhe dá diferentes nomes. Esta a maior invenção do homem, nem a roda, nem fogo. Rogério Bacon, sim aquilo mesmo que você come num cachorro quente, disse que criou o mundo por necessidade. Ele não era livre pra criar, tinha obrigatoriamente de criá-lo. É cada maluco!

domingo, 15 de setembro de 2024

SANTO LADRÃO

            


       Indignar-se, Mancambira, indignar-se e denunciar, Zé. Sempre, perder vergonha e medo. Mostrar ao mundo os verdadeiros ladrões.    Nam entendi, Didi. Nã entendi. Fico muito puto, muito, muito puto. De quê, Didi? Entrei numa biboca, destas da Pituba ou Itaigara. Empada de queijo,  pego e vejo o valor R$13,19, olho o peso, 0,110 ks., e, absurdo o preço R$/ks: R$119,90.  Vou no gulgo, hoje,  13/09/2024. Um saco de 60 quilos no Rio Grande do Sul varia entre R$68,00 e R$79,00. Me diga, Mancambira, quem é o ladrão? Certamente, aquela pobre mulher. Te falei, não falei? Aquela empregada do mercado, cujo dono lhe paga um salário mínimo por um mês de trabalho, e que me contou com orgulho, a ter pegado com um quilo de carne na calcinha.


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

NO ESCURINHO DO CINEMA

 


   Eu, Maria da Conceição, pernambucana, pegar nisso, cabra, nunquinha. Um outro mundo, muito doido, cheio de regras, né Frei Teodoro? Já, muito antes disto, em o ano 1933 do calendário de Gregório XII, uma menina deu à luz a uma criança, tornando-se a mãe mais jovem de toda história. Tinha ela, como Deus permitiu? Mistério! Somente 5 aninhos e 7 meses. Muito louco, sabia disto, padre? Engravidou com 4 anos e 10 meses. Oh, mundo não acaba, não mundão! My ljubim tebja.


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

SILVIO ALMEIDA

        


          Silvio, meu nego, te conforma, graças dá, por inda estar vivo. Mundacho torto, dizia Teodoro, frade, baixo profundo, do coro da Piedade. Mundacho muito torto, volta à inquisição. Quem, hoje. Muito estranho, havia muita gente, lembro da mão dele nas minhas partes íntimas. E ninguém viu, Terta?  Constituição, coitada. Não está valendo uma folha de papel pardo, Mancambira. Todos iguais, ante lei. Não, se o acusado for homem e a mulher, acusadora. Esta é mais igual, aquele, menos; palavra d’homem não vale o descomer do cão; assegurada a todos a presunção da inocência. Basta, porém,  seja o acusador, mulher. O homem será atiçado no quinto dos infernos. E ai de quem tentar socorrê-lo. Terá o mesmo anátema que teve Espinosa; é assegurada a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal, não, porém, se o acusado for homem e mulher a acusadora. Adeus, Constituição, nem defesa, nem contraditório, nem devido processo legal. Defender o quê, se a palavra daquela tem peso de ouro e a do outro, peso nenhum? Insolência em arguir o devido processo legal, o processo somos nó; não haverá juízo nem tribunal de exceção. Não, entretanto, se mulher acusando homem. O povo se arvorou em juíz e tribunal; o judiciário abdicou do poder de julgar e passou a ser órgão homologador da sentença popular. Hoje, Frei Teodoro, muito difícil ser homem, como bem diz. você, no romance Noite em Paris.



terça-feira, 3 de setembro de 2024

GRILAGEM DE TERRAS

 



    Vice, Mancambira, empresas de catavento grilando terras em Sento-Sé? E é mermo, rapá, como? Tu, a máquina de correr, conhece, né? Como você sabe, muita terra sem inventário. Eles procuram alguém da família para comprar um pedaço de terra. Em conluio com alguns cartórios, passam documento da fazenda inteira, como se não houvessem outros herdeiros. Estes, quando percebem, já não têm terra nenhuma. Um desmantelo nas famílias, Zé, até mortes, acredite, quando descobrem a enrolada! Alguém vem lá do inferno criar o terror nas famílias. Não tem homem lá não, Zé? Ter, tem, mas o dinheiro! Por causa disto já são 4 ou 5 mortos, por enquanto, de infarto e derrame, logo, logo, os assassinatos comuns.

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

 https://youtube.com/shorts/0FPhPi9e_Bg?si=Gyv4IzRsxgnC0ZA-



         Hei, Zé, agora foi que vi merda engarrafada! Que foi, agora, Tunim? O cavalo, Mancambira, o cavalo, Zé,  dizia entre cusparadas e gargalhadas. Rapaz, tou pra ver coisa igual! No pagode de Miguesim, uma festa de lascar,  acho, tu nam tava, aqui, não. Na cavalhada, um cavalo se engraçou com uma égua. Também, neguim vai pra casório de égua, sabe que a bicha pode viciar daqui prática. Num foi da cavalhada, não, Zé! Eita pagode supimpa, mais de duzentos cavaleiros em seus cavalos bem arreados, poeira subindo, descendo a ladeira do Bispador. Se alguém, em Capela, colocasse, à maneira indígena, auscultasse o chão, ouviria o som do tropel dos animais. Um pagode pra se falar por muitos anos, por falta de outros assuntos, maguer se estivesse vivendo a guerra da Coreia. Uma das razões porque se passou a chamar a Aroeira de Coreia, dado suas constantes brigas. Pois, o cavalo subiu na égua com cavaleiro e tudo.

 

sábado, 17 de agosto de 2024

SILVIO SANTOS

                     


         Viu Didi, Silvio Santos morreu. Que pena! Verdade, Mancambira, uma pena. Ainda se morre neste mundo. Tanto se fez para matar e tão pouco para viver.  Numo jogado fora. Esforço em vão. Não posso, Mancambira, chorar a morte de quem nunca vi; Lamentar, só, o fado de todos nós. Não, Manca, não alegrava, vendia, caro, ilusões por isso rico. E tu, pobre, e nós. Deixemos aos seus, o choro. Muito temos pra chorar. E nós? Adestrados para a dor, nos rimos. A ele, faltou magnanimidade. Tantos anos de luta, né Zé, nem ele. Esquecera que se morre. E quem me diz, sei não, aquela morte! Almas penadas não retornam, a despeito de Allan Kardek.

sábado, 3 de agosto de 2024

                   




          À direita do Senhor, Giovânio, o predileto, ou era bem, Giovana? Tudo é mistério! Quem o decifrará? E hoje, por quê o escândalo, se tudo já foi, antes, revelado?Tudo será, um dia, destruído, porque outro nasça, feliz em novo corpo. Não tenhas medo, sou a destruição, mas não trago dor nem sofrência, só ligria, Senhor! só ligria, domine! Quem és tu, que te mostras toda de preto e língua de fora? Por quê assustas as gentes, com estes gestos, esta dança trêfega? Oh! Poderosa Cale cujo espanto ante Chiva a teus pés, hoje apavora pra mortais.


sexta-feira, 2 de agosto de 2024

 


          Tudo o que se não conhece é um mistério, faz medo e vontade de se conhecer. Tu, jovem Didi, que tiveste as portas do mundo abertas por um livro de geografia que a professora Tico levava para a Escola,(Era Tico mesmo, ou era Dode? sei que primeiro foi Dode, depois, Tico, inda vou ver alguém pra perguntar, será que vai haver alguém que se lembre?) era um  livro pequeno cheio de imagens faltando algumas páginas, mas que serviam pra sala toda, por ele, estudar. Como me lembro! Estados Unidos, capital? Perguntava a professora Dode ou Tico. Vasiguiniton, respondíamos, acentuando ton. Prédios furando o céu. Pensava, sonhava. Não era proibido, hoje, é. Tudo. Basta você deixar perceberem que sonhas e te liquidam. Um dia vou conhecer tudisto aí. Não foste, para isto, escolhido, braços, apenas, deves ter. Riram de mim, também eles, coleguinhas. Feliz em não me apelidarem Vasiguiniton. Apelidar, lado infame nosso. Risos, trazia, e dor. Horas d’agonia de quem tinha um apelido. Todos gritando a injúria e tu te contorcendo de dor e raiva. Impotente. Maria Cagona, Ferruge, Teiú, Feijão Puro, quanto não sofreram no bulimento infame de gente impiedosa? A mim, gritavam Peixeira, não sabia o porquê, mas ficava muito fulo, sem demonstrar, por isto, não pegou. Vige! Lembrei. Geografia de Gaspar de Freitas. Todos juntos no mesmo livro. Ele, Gaspar de Freitas, abriu-me as portas do mundo, Zé Mancambira. Tu te lembras? Te falava dos retratos, a gente chamava retrato, naquela época. Será verdade, Pitágoras, a soma dos quadrados dos catetos é sempre igual ao quadrado da hipotenusa? Palavrão. Como? Já sabiam  há 3.700 anos na Babilônia? É de sentir-se aniquilado, but (inglês tá na moda) a maioria, nem aí. Tem muito futebol, carnaval, muitos nus pra se ver, quem diabo quer saber, cateto, hipotenusa? Se os caras na Babilônia já conheciam há 1000 antes de Pitágoras o seu teorema. Por quê não lhe acusam de plagiário? Ao pobre coitado, basta usar um termo que um famoso usou e já está respondendo processo por plágio.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

           


       Só mesmo os imbecís podem acreditar que se mata uma ideia, matando um homem; razão de que, só os imbecís devem morrer, por não terem ideia alguma, ansi, non hay qualquer prejudício; maladia, poderia, mas, como as guerras, injustas, não escolhem. E lá se vai quem não merece. Há-de se retornar a  536, desta feita, por toda terra, melhor do que a guerra, quem doutra cousa não morre, morre cagado, morre de medo. Inda ansi, tanta gente fica. Voltem aos egípcios, à merda dos jacarés, por não parir. A divina comédia é muito bom, foi livros que me fez ter interesse em literatura. Imagina, se não fossem. Analfabeto! Não, nem imagines. Tristeeeza não tem fim. E eu, já gostando do Anant! Me surpreende!  pelo muito que enganou, pelo muito que cinicamente roubou com aquela risada cinicamente cínica. Mondo cane! Elas têm você na mão, ou debaixo dos pés? Sabem tudo de ti e pensas seres livre. Donos da ciência, domine mundi. Xarivã, será mesmo que existe? Uma palavra e dois conceitos: força e amor. Bater de frente no mais forte, é burrice; há-de-se comer pelas beiradas, como alguns, fazem guerra por procuração. Põe um pequeno para brigar por si, dando-se-lhe tudo o que precisa para a peleja. O melhor, porém, digo, mas tenho ouvidos. Não brigar, malguer, saiba. Também é política. Ponham-se todos na frente, não seria escudos, alvos.  Mundacho, Frei Teodoro, não dizias? Tu vais ver coisas, meu menino. Dor, na madrugada do asparte, chá de cadeira. As Kardashian não sabem, nem um pouco e tem quem as adore. Vi quando fecharam o ataúde, quem estaria ali, para haver tanto choro?

terça-feira, 23 de julho de 2024

 



                Não há como se acreditar em tentativa de assassinato, se se mata a maior prova, o atirador. Estás de acordo Zé Mancambira? Totalmente, este é quase perfeito, ao menos no sangue.

quinta-feira, 18 de julho de 2024

 



                     Voda, em casa, Ponto da Mangueira, entrava pela frente e saía pelo fundo; parte da noite, tirar água. Úmidas as camas, molhadas sufoco pra dormir. Tõen. Tchibasa, parece que o tiro foi mais perfeito que  a facada. Ah! lá não esqueceram do sangue! Anadh Ambani como um pinguim anda, quem não o inveja, mesmo sem pernas para andar, com dinheiro pra dar? O touro livra-se da canga e sai derrubando a todos que se sentem honrados em serem pisoteados. Cão! Após tanta festança, será que Anant terá alguma sustança? Coitadinha, tão bonitinha! Elas têm de parir, parir e parir onde  estejam. Filhos pra maluta.  Eles não fazem filhos, traficam-nos. Que emudecem sirenas; que emudeçam sirenas. Hoje, é pau, é pedra, é sangue, é terra. Disseram para levantar os calcanhares, como recusasse, eles apontaram as armas para minhas genitálias. Então, levantei os calcanhares e eles batiam com cassetetes. C’est la guerre mon pétit. A negra é outra que vai trair a raça, as origens. Não é o homem, é o todo. Fazer um espetáculo para as crianças, não sei. Diamba, és tu a amiga de Isabel Veloso? U’a mão só não bate palmas. As minhas para vocês. Linfoma, por quê o ter? Não,  Compre uma criança para deixar sua herança. 13 fatalmilias mandam, urbe et orbe, e, você, almarque, falando em democracia, liberdade e outras futricas. Cheap meat! Para bater palmas. No, Carolina, eu não bato palmas; podia sim, bater, já apanhado. E daí? Não anula macaquices.

sábado, 13 de julho de 2024

ADÉLIO

       




                O Adélio, turma, como disse pra,  Mancambira, antes e repito agora, foi condenado a uma pena inexistente no Brasil. A prisão perpétua com incomunicabilidade, a perda da fala. Muitos vão dizer e vocês, inclusive, desumana a prisão perpétua, a mais terrível. E eu digo não. Nada pior que a perda da fala. Nem pio, pode dar. Aniquilação do indivíduo. Impotente. Mas se por um milagre, e, milagres acontecem, um bom advogado conseguisse, sabe lá Deus como, reverter seu direito à fala, ainda assim, a condenação persistiria, porque ele foi, também, condenado à loucura; dito por sentença que ele é eternamente louco, e, mesmo se quisesse falar, ninguém lhe daria crédito. Quem iria acreditar num caba com loucura decretada por juiz? Ocês inda acreditam em democracia? Lá em riba, pelo menos não esqueceram do sangue!

quarta-feira, 10 de julho de 2024


   


                    



   Que pena! Zé Mancambira, contracenei com o Lula, no Meteorango Kid e hoje tou sabendo de  sua  morte. Foi na escadaria da Faculdade de Direito, já te falei dele antes, não falei? Sim do filme. Tempos loucos. Eu descendo a escada e ele subindo. A gente fazia um sacrifício para aparecer numa cena que depois, dependendo da montagem nem aparecia. Nem vou dizer aquelas manjadas palavras que se repetem a cada dia morre um, porque, como você sabe, e, tenho discutido entre a gente, a morte, para mim, nunca foi descanso. Tampouco haja  alguém para o receber “na sua glória”, cabendo-me a mim, nest’hora, meu caro Zé, tão somente, lamentar que, mais um, entre nós, tenha sido arrebatado, e, pesarosamente, se interrogar. Quem de nós, a natura, (não é assim, Espinosa?), vai levar na próxima vez? Não, não, caluda! Eu prefiro a incerteza da não sabença! Vai velha senhora, deixa-me jogar outras partidas de xadrez.





                                   

NOITE EM PARIS DEUS CARMO:                                                   ...

NOITE EM PARIS DEUS CARMO:                                                   ...:                                                                   Sim, como bem disse, o maior, pra mim, o maior. Quem é o maior, Mancambira...

segunda-feira, 8 de julho de 2024

 



                         Zé, te digo, Zé, o honesto, hoje, é um candidato aa morte. Da, da, por assassinato ou suicídio, da, que dá no mesmo, senão pior, porque, onde o autor de teu suicídio?

          Não vi, Zé, até hoje, um suicidado, vingado. Da maneira mais vil são morridos e quem te suicidou ri e até apresentar-se ao enterro, vai. E macar eu nam tenha morrido, tive por perto, se não fora a sorte ou covardia, que na hora agá eu me aputei, amarelei. E eu que não o fizesse, pois, nem os ossos estariam aqui nest’hora.

         Tempos outros. Hoje, ou tu te achegas ou… 

             Nunca me esqueço, o cheque no bolso ou la morte, disse o magistrado, tremendo, mas segurando o seu. Assim, foi, Mancambira, assim é, assim será. Quem? Se houvesse já o teria parado. Nem igrejas, nem seus donos. Teatro, si, distrai. Entom, bom que haja egrejas u se possa esquecer dolor, queixume e pesadio. Qu’eu finja esquecimento, mas não me sai do pensamento o fado que tiveram colegas, amigos, irmãos meus, no coração e nas ações, por defenderem o menor contra o maior e não serem vingados por um Estado  que se diz de todos e iguais. Tu, Eugênio Alberto Lira, tu, Hélio Pombo Hilarião não vistes os algozes seus, julgados e apenados pelo Estado que vos prometera garantias pelo exercício da custódia da lei. Em vão, Mancambira, derramaram o sangue, seus, no deserto, no sertão. As engrenagens do poder. Ele, Mancambira, não nos quer ver alegres. O riso é afronta, a tristeza, submissão, não é assim, Deleuze?



 

sábado, 6 de julho de 2024

ADÉLIO

            



         


       Onde tua espite, Adélio? Hum! Não dirás. Proíbem-te. Oh, Senhor joga paciência em meu coração! Oh! Bendito sol, deveria eu, tal como fizeram os cearenses, na Praça do Ferreira, vaiar-te, por terem-me negado a luz de teus cálidos raios? Não foste tu o autor deste enredo. À aqueles que me enredaram nesta roda a minha eterna abominação.



             

sexta-feira, 5 de julho de 2024

 


       O palco e a plateia todo iluminado. No centro do palco, um praticável vazado com1,88m de comprimento 0,88cm de largura e 0,60cm de altura. Atrás do praticável, ou embaixo,  uma pira, onde arde um fogo.

           Quando abre o teatro uma atriz-personagem, trajando um vestido comum,  vermelho, já está sentada, em algum lugar da plateia. Após os três sinais, as luzes se apagam e os atores, portando lâmpadas, surgem de todos os lados, iluminando a plateia,  gritando e perguntado.

 TODOS - Crista! Vocês viram  Crista?

    UM ATOR - ( Dirigindo-se a uma espectadora): É você, Crista?

      OUTRO ATOR - (Dirigindo-se a um espectador): É ele ali, vejam! 

               TRÊS ATORES - Dirigindo-se a ele): Não?não é, você?

                  CINCO ATORES - Ele está mentindo, prendam-no.

OITO ATORES - (Gritam) Prendam-no, Prendam-no. 

          TODOS (Gritam) - Matem-no, matem-no.

            UM ATOR - (voltado para a Plateia) - Digam-me Senhoras,   Senhoritas e Senhores, É ele? Ou não é ele? Quem vocês querem condenar?

OUTRO ATOR -  Não, Não é ele. Ele disse que não é ele. Soltem-no. 

MAIS OUTRO ATOR - Não é assim, ele tem de provar que não é Crista.

UM TERCEIRO ATOR - Não, não é assim. Ele não tem de provar sua inocência, nós é que devemos provar sua culpa. Aqui sua palavra vale. Soltem-no, Soltem-no.

    UMA ATRIZ - Soltem-no, ele já está com medo!

       OUTRA ATRIZ - E não é para estar? Infeliz daquele que caia nas garras do poder.


             

             UM ATOR - (aproximando-se da atriz) Divina mestra! Divina Mestra! (Abraça-a e beija-lhe a  face).

  TODOS OS 12 ATORES - Senhora, a Senhora está presa. (Ela se levanta e extende os braços, os atores amarram-na com o cordão de São Francisco)








quinta-feira, 4 de julho de 2024

        



               Eu tenho medo de um país, onde um gigolô é herói, ganha prêmio no BBB, é reverenciado nas redes sociais, convidados a festas e bacanais e veja bem pode chegar às presidenciais, não é dona Maria Rego? Diga lá, para Taís que não é ele que a usa, é o sistema qu’ela adora, qu’ela pensa que lhe quer, qu’ele elege um fantoche para explorar seus iguais e no final quando nenhum não mais lhe servir, serão atirados na vala do esquecimento. Né, brinquedo não, viu? O oportunista do Rio Grande do Sul está sendo bem dirigido, mas na hora que ele cagar fora do prato, vai ele, prato e bosta para o mesmo lugar; o lugar do nunca, do nunca mais sai de lá. Isto se chamava capitalismo, meu filho, e não adianta querer enganar a turma não; eles vão mesmo deixar que estudes medicina? Tu acreditas, mesmo?

    

quarta-feira, 3 de julho de 2024

             AMA SECA- Precisa-se de uma, branca e de confiança para tomar conta de uma criança de um ano, ordenado 130$000, à Avenida Atlântica, n.732, Tel. 27-0223.

              AMA DE LEITE - Precisa-se de uma, boa leite, saudável, negra, mas limpa, para amamentar uma criança, favor comparecer à portaria do jornal, munida de referências. Ordenado a combinar.

          


    E tu, Aurélio, dito Agostinho de Hipona, não choras o sangue de  teus irmãos? derrubar a mentira que conta sobre nós. Lembremos ao mundo que, sozinhos, lutamos, malguer, rodeados de irmãos armados, mas nenhum levantou a mão para estancar o sangue derramado. Talvez porquê distraídos pela dança do ventre ou porquê embalados pelas migalhas que lhes envia o Ocidente. Ou será, mesmo pura covardia de quem sedados pelo narguilé? Onde estão os irmãos d’África, por eles arrebatados e levados para América como braços para a cana? Pueros chorosos, maltrapilhos, pés descalços seguem as mães em busca de  comida e água e de repente estoura um prédio e todos correm e o mundo vê e não diz nada. E quem diga, ainda, máquina de propaganda! Aonde ir? Dizei-me, Senhor, ubi? Puxando estes mulambos? Submissão, nem é preciso, basta ser humano. De racismo, nas favelas, são milhares a sofrer. Quantos foram vingados pela justiça, Gagliasso? E tu Dayane Alcântara Couto de Andrade, dita Day McCarthy, vítima de tua própria infâmia? Criticada  pela aparência, o juiz global não viu isto! Engraçado, Zé, o cara vem lá dos infernos e quer mandar na justiça? Quero ver se é mesmo macho. Enfrentar outras terras. Cada um quer ditar a sua democracia. Ela não é feita por um homem, mas construída por um povo. Entonces Maduro não dita povo, o povo é quem dita a Maduro. Eles devem viver sua fé em total segurança. Eles não merecem comer, nem dormir em paz. E Pável Durov caiu na armadilha. Acreditar na democracia! Agora, saber quanto vai durar na jaula. E Tel Aviv matou a Yasser Arafat, não foi, Shimon Peres? Tu o disseste, tu te lembras?  “Cantora atualizou seu estado de saúde e o falou sobre retorno de tratamento oncológico”. Leio n’O Dia, Preta Gil explicando a volta do câncer. Quatorze palavras, dois erros, ainda bem. E não adianta vestir dechadacha se você não contribui em nada para combater a guerra. A Fernanda, a das Torres, ganhou o Globo de Ouro, também pudera, outro dia estava ela pedindo a intervenção militar no país.

segunda-feira, 1 de julho de 2024




             Que dissemelhança, Zé Mancambira? Dezenas, centenas, milhares d’homens, ensandecidos, e, também fêmeas, se matando por tocar uma pedra, que se crê, no chão, caída, dos céus, nos idos  d’Eva e Adão. Ou, comeres, tu, um naco de pão, crendo, tu, teres comido o corpo inteiro de teu Deus? E tudo isto, e ainda assim, a fome, o ensanguentar-se pela cimitarra de quem se acredita o zaba. Vai e mostra ao mundo. Esta era minha casa. Senhor Deus, perdão Senhor.

 

domingo, 30 de junho de 2024

                          



      Hoje, Mancambira, vou dar uma roubada, espero que você, com seu puxa-saquismo não venha a contar pro autor. É que ele não quer dar oportunidade a todo mundo de escrever no seu Noite em Paris. Diz, ele, para que não se perca a unidade, principalmente, quanto ao estilo, achando ele, ter encontrado um, digno de Joyce, de Guimarães Rosa. Mas, Zé, vou escrevendo, quando ele der por si, pronto. Não vai deixar de publicar. E você, sobre o que vai escrever? Vai seguir a história dele?E ele segue alguma história? É pulando daqui prá lá, de lá pracá, sem nunca sair do lugar. Não sei como tem quem goste do que ele escreve! Ninguém entende nada. É puro esnobismo, é como muita gente fala que gosta do Ulisses, mas na realidade não tá nem entendendo o que o caba tá dizendo. Eu não, vou escrever uma história com pé e com cabeça. Não quero nada de palavra difícil pru caba ter de ir pru gulguel buscar o significado. Meu negócio é bateu, bateu, cuspiu, cuspiu. Nada enfeites. Seco, como o nordeste, terra de caba da peste, muleque da gota serena e muié de cachaço grosso, homi,  daquilo roxo. E pru onde tu vai começar, mula véia, sem pescoço? E tem outra moda? Era uma vez… e tenho por começado A História Dum Caba Macho Que Não Tem Medo d’Aviâo, Nem Tampouco d’Assombração. Virge, com este título de quilombo, tu nam vende nem pru pão! Pois, vamo ver, nesta terra, que não se chama Inglaterra, se há caba que seja macho,  de não comprar para ler o qui tem neste ABC. Pois, se não comprar, maldito seja pra o resto do mundo além; que o estralar da bigorna de Zé Cadeira e Zé Ferreira nas tardes bolorentas de calor que não tem nem cristão nem alazão qui aguenta pregar os zoios.

          João Grilo era um cristão que nasceu antes do dia. Se criou sem formosura, mas tinha sabedoria e morreu depois da hora, pelas artes que fazia.

             Oxe, oxe, oxe esta história eu já ouvia de piquininim e tu quer dizer que é tua? Minha não pode ser, tu bem sabe que né minha, quero agora que me diga quando disse qu’ela é minha? Pois o caba que escreveu se chamava João Martins d’Athayde, caba bom de palaveira mais também de roubalheira, pois dizem de seus romances, muitos comprados nas feiras, dos poetas nordestinos, atacados de cegueira. Ou, se tu, bem quiseres, mas sem muita agonia, posso te contar uma história, de um caba lá da Bahia. 

             Era um caba desconhecido, até quando lhe bateu a sorte, foi parar no BBB e de lá, sem muito esforço, mas com muita esperteza e mentira, saiu de lá vencedor do BBB24.


quarta-feira, 26 de junho de 2024

      



                      Desprezando as leis estabelecidas, Mancambira, os cristãos de toda espécie, católicos e não católicos, formam entre convenções secretas. Entre as convenções, algumas são públicas, e todas estão de acordo com as leis; outras são ocultas e são todas aquelas cuja realização viola as leis instituídas. A caridade mútua dos cristãos como nascida de um perigo comum e mais forte do que qualquer juramento, a lei comum, Zé Mancambira, foi infringida pelas convenções dos cristãos e só por isto, já deveríamos de puní-los. A doutrina cristã tem origem bárbara, eis que oriunda dos judeus, embora se reconheça que os bárbaros sejam capazes de descobrir doutrinas, mas para julgar, dar fundamento e adaptar à prática virtude as descobertas dos bárbaros, Mancambira, acredite, os gregos são mais hábeis.

sábado, 22 de junho de 2024

        Eu não tenho pai, não tenho mãe, nem tenho parentesco neste mundo, o meu pai mandei pro inferno e a minha mãe sumiu no mundo. 

Olha que desgosto, desgosto dos meus pais. Meu irmão virou um’a moça e a moça virou rapaz.

            Vontade de rir? E quando te dizem que o teu está dentro de um pedaço de pão? E ao mesmo tempo pregado numa cruz? Imagina só. O padre vai ao banheiro e não lava bem as mãos. Que cheiro tem o corpo que tu comes? Sempre feio e ruim a crença do outro, só a tua é bela e boa. 

               

                


domingo, 9 de junho de 2024

           




                            

Oh tempos, eu não posso gazear. Vai longe no tempo, tampouco podia gazear. Nos frades capuchinhos  na Piedade, nos de Feira, nos vocacionistas, em Itambé, nem nos jesuítas do Vieira, não podia. E hoje, quando quero, oh, quando quero, nem posso. Estar  atento aos gases do imigo. E como queimam, quando não matam. As gazetas não mostram. Calam gritos de horror e medo. O Tesouro, querem. Mães amamentam, crianças gazeam e a gazuâ continua. E gases e fachos e gases e tochas. Em tudo, em tudo que gazeia em nossa terra. The Wasted Land. Filomelas, tantas, que, e Medusas, dor! Gazos, como Tereu, como Poseidon. O que nos resta agora? O desespero como salvação, Senhor Adorno? Gazares lindos, bem ali farfalham, aqui, rafa e agonia. Oh, terra! oh, mundo! Meu paraíso perdido, quem te perdeu? A quem ofendeste para me mereceres tão cruel vingança? Não achas, tu exacerbada a vingança? Até quando irá tua ira? Quem te fez assim? De quem aprendestes tão desalmada crueldade? Dizei-me, então e ao mundo também, fomos, nós. o fautor de teu caminhar? Por quê volteias tua lança contra nós? Haveremos de resistir.

 

.





      

quinta-feira, 6 de junho de 2024

         




                     Depois que um  certo ministro resolveu, no julgamento do do mensalão, cagar em cima da Constituição, todo mundo quer, agora, dar sua cagadinha. E foi assim que o vereador César Maia, deu cagada no meio da sessão plenária municipal. Assim é fácil ser vereador, até cagando tá ganhando, né Zé Mancambira? E, me veio uma ideia Dá, vou perguntar a Dija, que ficou carola e anda rodando as saias dos padres. E qual é, Manca? Se os santos cagavam? Hahahaha, você me fez lembrar do Ari. Era lá da rue d’Assas, o famoso 16, de que te falo sempre. Ele imaginou uma cena de um filme. Jesus, acabando de urinar e balançando a verga. Sei lá. Eu faria assim. E a Anvisa está proibindo a colher-de-pau. Por bactérias e fungos nos poros. E as doenças? Fabricam-nas  onde se fazem os remédios. O nome disto. Se disser, serei comunista. E os cemitérios não serão mais o local do descanse  em paz. Vai gerar energia solar. Na minha carneira, não quero, vai que uma alma resolve montar num fio de luz e eu morrer!


quarta-feira, 5 de junho de 2024

           




                           Tanta comida deitada ao fogo, tanta boca aberta ao mundo. Traz a banana,  Fausto, qui stou aqui pra cair de fome. Merenda nossa nos capuchinhos da Escola Nossa Senhora da Piedade e nem sabia eu que ali morreram enforcados, alguns baianos por se quererem independentes. Sempre torturados, passada a dor, heróis de todos nós. Fausto, facão na mão, buscava o pão na quinta do convento. Os fradinhos,  esfomeados, massacravam mais que comiam, trazidas, as bananas, quando não era o mingau de pão, dormidos, restos da Padaria Brasil. En India restos de loucos, de moradores de rua são comidos, pois sagrados.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

           



                  E a linda Piovani e o Neymar, que é bom de pé, ambos são budalos. Mas o Neymar é muito mais. Nesta, estou com ela, e tu Macambira? Nem com ela, nem com ele. Nem sabem qu’eu existo. Coitado de mim, mais tenho aqui, com o que me preocupar. A seca,  mesmo. Gado morre no sertão. Fome e sede, à míngua, caem não se alevantam. Mandacaru fulorando,  acauã  chorando, mancambira seca rastejando, gia coaxando e chuva não vem. Onde os vuluvulus  falastrões?  Nordeste não rende laiques, 

nem seguidores. Oh Neymar, vem cá, vem cá, La Piovani, vem da seca aprender o que é viver e calar, calar de vez.

              

quinta-feira, 30 de maio de 2024

          



              E quem é esta criança de cor marrom, de nariz fino, corpo trêmulo, fumando um cigarro ao ritmo de uma tabla, observado por uma multidão embevecida e reverente? De gestos é ver Antõe Cego, mas de longe, com ele se parece. Eu queria ter uma máquina de correr mundo e estar em toda parte e quanto louco é o mundo. Djidja enrolada em cobras na beira du’a piscina. Salve, Salve Senhor Xiva, o Auspicioso. Marradeva. Onde  estás, tu, ganapati? Onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela tu te escondes, embuçado nos céus? Pelo gás, água, máscaras, óculos como se fosse nadar, de corpo inteiro coberto nos manifestos. Eles, os meganhas, não te atingirão com gases. E meu desejo é que eles tenham morte lenta e dolorosa. E logo. Quem joga comida fora; quem sob teu te odeia; quem. E Einstein, que não era filisteu chamou cientista brasileiro de macaco. “Não vontade de encontrar índios semi-aculturados usando fumou”, disse  o linguarudo  E todo mundo fala em algoritmo, sem nunca imaginar ser um iraniano seu criador. Al-khwarizmi. Não deixam o preconceito, o racismo, islamofobia.

                 E depois de matarem Maradona, hoje, brigam por seu espólio. Que belo destino do herói! Góis lutam até à exaustão e las platas vão para quem?

          

                          

quarta-feira, 15 de maio de 2024

ANTES QUE SEJA TARDE

                         



                        Antes que seja tarde, gente, vamos dar, também o nosso grito e não esperar que aconteça como no Rio Grande do Sul. O Nordeste é sofredor. Secas e enchentes o castigam a cadanho e não há vozes que se levantem exigindo soluções. Morre gado, sertanejos, corda no pescoço, encontrados,  suspensos em árvores. Não há jet-ski, salvando cavalos caramelos, nem envios de pix, nem celebridades ajudando levantar gado, nem puxá-lo da pútrida lama em cairá em busca de um pouco d’água. Quem tem coceira no anus? Eu não, tenho problema todo o ano. E o Missinho do Chiclete morreu num hospital público. Como é ingrato não estar mídia! Será verdade que o governador da Galiléia tenha mandado recado para Jesus afim de parar de multiplicar os pães para não prejudicar o comércio? E eu tinha medo, medo mesmo da Mulher de Roxo, só em ouvir sua voz, até hoje, ouço-a, me apavora. Como aguentava calor daquela pesada roupa de cabeça aos pés? Aquele grande crucifixo pendurado no pescoço caindo até os peitos? Como era seu nome mesmo? Não havia promotor público para requerer sua interdição e lhe nomear o juiz um curador? A ficava a pobre coitada à mercê da caridade do povo, que eles, mal tinham para comer! De quereria morrido? À míngua, certo, que nem os demais desta cristã cidade, embalados pelos atabaques dos orixás d’Africa, terra donde provinha parte de seus ascendentes e nossos. O governador que não dá leite ao povo, mama no peito de seu namorado e diz asneira contra seus governados. Falta-lhe o seken do japonês, que digo aportuguesado, sequém, ou seja pertencimento, solidariedade, participação no social, coisa que, tampouco tem um certo. Mourão, ão, ão. Sou um homem de setentanos. Não há em Porto Alegre ninguém desta idade socorrendo vítimas. Eita mundacho torto, vice, Frei Teodoro? E o sobre anglo-saxônio/yankee vai dominando todo o mundo latino da América e das Oropas, para confirmar que manda quem dinheiro tem. Neste nosso torrão tem, em toda casa, um senil, babão por quem oramos todos os dias, rogando ao senhor o leve pra sua glória pra acabar seu sofrimento, mas este mesmo senhor está recebendo milhões de orações com o pedido de melhoras e bençãos para Tony Ramos, o qual só conhecemos de fotografia. É muito Torto, né, Frei  Teodoro? E Sêneca nascido em 4 antes de Cristo e morrido em 65 dopo Cristo nunca ouviu falar deste no Império. I como saps? Manhana ó passado te lo dirê. Tudo é determinado, né, Espinosa? Tire teu sorriso em caminho, euquero passar com a minha dor.


quarta-feira, 1 de maio de 2024

DO QUE ME LEMBRO

 





                     Do que me lembro, Froide, pouco posso parlar. Claro, Didi, isto, poucos, mas o pouco já é bom. Então, elefantes. Elefantes? E gado, bois, vacas, frequentes. Um sítio ou fazenda, zoológico, sem muita certeza. Eu, ela, um casal,  ele médico ela geria os negócios. Pegadinha. Uma menina,  menos de três, branca; um menino, mais de três, negro. Um experimento. Nem sei como dizer, nem se devo. Um acasalamento. Estou arrependido, disse ao médico. Também, eu, mas como recuar? Seria pior. O menino de priapismo. E a menina, coitada! Os elefantes, parece,  perceberam o que fizemos ao bebê,  investiram violentamente contra nós. ? Não, sei, não me recordo. Viu-os correndo e tentamos subir na cerca. A cuidadora, que era a mãe do Davi, vencedor do BBB24, ou alguém com ela, parecida, correu em nosso socorro. Atônito, inda falei da ingratidão do filho, com Mani Brito. Ela apenas fez um muxoxo, tocando seu pé no meu. Digo bem, não, Freud, a modo que tinha dinheiro no meio? É a Impressão. Corria  muita grana, mas a gente não participava. Cobaias, mal pagos. Era nas imediações de Salvador, perto da costa, semelhando ao sertão. Madonna, que estava em tournée no Rio, ligou dizendo que viria nos ver. Uma honra para nós, mas nos  deixava um pouco intimidados. Quem não? E eu nem sabia tanto. Admirava-a por causa de Luiz Ademir. Ela, mais do que nós, sabe. Democracia, uma balela, só no papel. Livres? Bater palmas. Viu o exemplo de alguns. Perderam contratos, massacrados, cancelados. Nos criávamos as crianças? Se descobrissem? O massacre na redinco, pior que  a justiça. E se fôssemos presos, iríamos ser massacrados? Presos por crimes os mais bárbaros e cruéis tornavam-se  rígidos juízes e decidiam executar outros criminosos igualmente bárbaros e cruéis. É como já se tivessem purificados e se tornassem rígidos censores. Não tem Revolta certa, é Ladeira da Praça, como o aeroporto é Dois de Julho e Luiz Eduardo é Mimoso do Oeste, né, Mancambira? Rapaz, sei não, leva teu papo aí com Seu Froide. Pra gente ir embora. Porto triste Alegre, não me rio do Guaíba, mas choro do Nordeste, cadano da seca flagelado. Ontá comoção? unde governantes? Cadê vaquinha? Pix, nem, nem. E pra Madonna tem dinheiro.  Para, Froide, que não ladrão de minh’ algibeira, pra te pagar 100 dólares só por uma hora de consulta. E o menino, o menino… ééé comer…ééé comer…ááá ááá tanta gente passando necessidades e este doente deixando sua fortuna para o Neymar. Você pode me dizer, Froide, quem comendo quem? Em Inglaterra de 1917, Bafo de Onça lançava a pedra que criou o inferno n’oriente médio. E quem gritar! Sim, o menino tinha que comer aos olhos de todos nós. Um zoológico, o sernomundo, presa e plateia. Como rapaz? Fala verdade! Mesminho isto,  Seu Froide.  Comer, entendeu, Froide? Chega me arrepiar! Ela  muito linda, pegou sua própria cabeça, sacudiu-a e transformando-a, igualmente linda  e não se sabia qual das duas admirar. 


terça-feira, 23 de abril de 2024

LULA E ROBINHO

          




                        Acho, Mancambira que Lula está errado em dar pitoco em tudo. Robinho, não é problema de presidente, é de justiça. Melhor calar. Há casos que boca fechada dá mais votos, além de não entrar moscas. Fazer sem falar. Quem a prisão dele, quer hoje, amanhã grita justiça. Pimenta no dos outros é refresco.

 






                      Na música, Penderecki, se eu disser que Koinbaba é uma colcha de retalho, vão me  apedrejar, mas se ponho um trechinho ali, outro acolá de alguns autores  no meu Noite em Paris,  serei, com certeza, um  plagiário. O músico pode fazer o que quiser a música dos outros. Será louvado, um gênio. Nem aspas precisa. Uma grande citação, o escritor, um plagiador; pode o compositor misturar ritmos, gêneros, escolas, tudo; o escritor, todos os qualificativos dar sua e doutras línguas. Hermético, como Joyce, exibicionista, como Coelho Neto, pela riqueza vocabular, por fim, um boçal; na música, erro é estilo; no escrito, imperdoável, não sabe a língua, não conhece a história, fora da realidade, como se não pudesse criar sua realidade; em música  o não entendi, não existe. Você gosta ou não. Farto de escrever e ouvir o terrível “não entendi”. Ainda vou escrever para todos entenderem e chorarem e ficar com peninha do mocinho ou da mocinha. Se vou, mas como vou! E ganhar muita grana, e, esfregar, como faz Paulo Coelho,  na cara dos otários.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

MANI REGO E DAVI BRITO

        



                                A Mani Rego, Mancambira, tem direito à meação do prêmio ganho por Davi Brito. Eu sabia! Eu sabia! O bicho homem, Zé, é mais bicho do que homem, seguro que sim. O cara se utilizou da mulher pra tudo. Fez todo o país acreditar na fidelidade, no amor e na gratidão que tinha pela mulher e quando ganhou o certame, abandonou-a de maneira cruel. Verdade. Quem não fica indignado? Uma merreca, imagina se fosse na mega sena? Namorar com gente mais nova! É. Ele vinha se utilizando antes. Sim. Ela comprou-lhe carro para ele trabalhar. E na casa usava o nome dela para se promover. De norte a sul se acreditou nele, e, por isso, venceu. Puro estelionato, Mancambira, estelionato. E agora? Procurar um advogado, meação do prêmio  ou no mínimo indenização por danos morais. Ela tem direito.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

            


         

                      Tudim, fim de mundo. Sodoma e Gomorra. N’água, inda sobrou gente, quero ver neguim se salvar nas chamas. Ver? As labaredas vão assar todo vivente, Mancambira. O derradeiro, Didi, o derradeiro.E vai ser tu, Zé? Oxente. Vejo quem antes d’eu. Grande coisa! E ninguém pra contar, Zé? Aí é dureza, tem de ter alguém. Se eu pudesse escolher! E quem seria, Zé? Sei lá, você. Eu, Zé? Não tem graça, já sei. É. Ninguém. Melhor morrer logo, assim não sofre. Céu e inferno, será que mesmo? E quem sabe, Mancambira? Na dúvida, melhor viver o agora, porquê depois, já era. Vontade? Faça, agora. Amanhã será tarde. Você quer fazer e não pode mais. Relembrar o perdido é dor que se renova. E é mentira, Zé que a gente não se arrependa do feito e do não feito. Arrependimento todo mundo tem. E eu conto mais de mil. E isto,  dói. Isto dói.

                                               

segunda-feira, 15 de abril de 2024

A BAHIA E CAYMMI

             


        


                                      Depois que saiu nunca mais pisou o pé aqui.

domingo, 14 de abril de 2024






                         Quem é este Elon Musque na fila do pão, Zé Mancambira? Agora qualquer um que faça fortuna, se acha no direito de se imiscuir nos negócios internos do país? O que será do mundo agora, depois que o Estado permitiu a expansão destes monopólios? Será que o mundo, tão faminto por democracia, vai se curvar à vontade destes potentados? Será que o mundo? E se o cara for realmente um chincheiro? Eu, para lhe dizer a verdade, não acho. Mas, for, estará agindo por vontade livre ou sob efeitos de drogas? Não o mundo tem que um basta nestes caras. Eles, que não passam de uma vintena, poderão, por egoísmo,  exibicionismo ou ganância levar o mundo à ruína. Nada aprenderam da implosão daquele submarino? Tanta gente no mundo, Zé, no entanto, tudo carneiro! Quem quer que se levante, será calado pela censura, pelo cancelamento, pelo escarnho!