Quem assedia, quem? Francos, sejamos, honestos. Nova industria, cria do moderno capitalismo, o assédio, nova versão da prostituição. Derrubam-se imperios, arram-se patrimnios moral, a duras penas construido, fortunas, resultado de sacrificios insuportavéis à maioria. Que nome se dá isto, Bobbio? quem levantará a voz? Quem, Cuca? Mesmo prescrito teu crime, Estancado o poder do Estado, a moral burgo-farisaica não perdoa, pede pena eterna, como se errar não fosse humano e, portanto, um direito. Direito ao erro e à reparação. Porque errar, a despeito de tudo, é um direito. Porque se impossível nos livrar dele, aqui e acolá, estamos sempre errando, o erro se tornar um direito; o direito de reparar o erro e continuar sua vida em paz. Mas, a turba, acreditando-se impolutas vestais, não quer, não permite, não e´Bruno? Querem te empurrar mais abaix. Se não se deve perdoar, certo Lampião, certo Al Capone para que parar se será eternamente condenado? digam-me. É isto que a sociedade quer? Que continues no erro para ela se masturbar com teu sofrimento, para ela se masturbar com teu sangue. Morrer na cadeia, voz geral, como se todos fossem impolutas vestais. Mundo louco, né Mancambira?