segunda-feira, 17 de abril de 2023

A TINA, OS TIGRES, OS BARRIS

 





                                    Houve um tempo, Mancambira, que os tigres tinham pavor da tina. E tem tigre, no Brasil, Didi? Não, Neco, mas você poderia ter sido um. Eu, Didá, nem nunca vi. Nem no verá mais, espero. Tombém, nem sei o que é isto. Francamente, Didi, não vejo ligação entre Neco e um tigre. Aí é que tá, Mister Solano. Os negros, escravisados ou libertos, carregavam, nas tinas, os dejetos de seus senhores e despejavam na Baía de Guanabara. Em barris, se fazia na Bahia, jogando-os no Dique de Tororó, dai o nome Barris ao local onde deitavam os dejetos. História mal contada. Reis, rainhas, imperadores, condes,  duques, barões, damas e mocinhas, janotas e poetas, santos e santas não cagavam, não peidavam, não cuspiam. Santo e santa também? Sim, Miliano, pois eram gente como nós. Até Santoe e Santas? Crendeuspadi! Fim de mundo, gente. E os tigres, Horus? Os  carregadores, Seu Tunin, escorregavam-lhes pelo corpo, formando listas, as fezes. E por falar em fezes, os Estados Unidos espiavam o Antonio Guterres, secretário geral da ONU, imaginem o resto? É, doutor, uma coisa não se deve, o negar, o norte-americano ama sua terra, nós? O Brasil que se dane. Isto, têm de bom, os danados. 

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