quarta-feira, 29 de junho de 2022

 





                      

                         

                            No bar de João de Manin e parece que no bar de Sizino a discussão era a mesma. A mesma, aliás, em toda Capela.  Na venda de Antõe Cego ele já vaticinara, se querem soltar o Adélio, com certeza,  é pra morrer. Ou pra dar, agora, a facada. Outra facada, Seu Antõe? Não sei, houve outra? Perguntou, Antõe, Tiresias. E não? É tanta conversa! Quem já viu espinho furar sem sangue? Ele só tá lá prumode a justiça, Tuninho Gomes, com três cusparadas, sacudindo violentamente o ouvido direito com  o mindinho. É uma coceira nos ouvidos que não me aguento, e, lá vai outro escarro. Sumo de angerca, Seu Tuninho. Nada, já botei de tudo. E do ouvido passa pra garganta. É, principiou  com o mensalão daquele, daquele. O cão quando não vai manda o secretário. Só faltava os chifres. Podia tá envurtado, Seu Tuninho. Risada geral. O tinhoso tem poder de envurtar. Adespois, outro cara que se achava arriba do céu e da terra começou prendendo gente e tribunais calados, até derrubarem a outra e depois prender ou outro. Tudo golpe. Golpe, Seu Tuninho? Golpe. E, uma escarrada, destruição de nossas empresas. Nunca visto! As empresas, os donos, bastava prender, não acabar com elas. E o desemprego? Este cara não viu? Não se pode cantar e assobiar, Seu Tuninho, um falou de lá. juro que não sei quem foi. O autor não é um Deus e quem se achar assim, estará mentindo para si e para o mundo. Ao mundo pode até enganar, mas a si, jamais. Ele nunca saberá a realidade toda, muito menos o que está dentro de cada um, não é, Helô Pinheiro? Olha que coisa mais linda, vida, cheia de graça, ela passa, a guerra, passa.

quinta-feira, 16 de junho de 2022

 



 


             

                         Eu gosto de Juazeiro, mas adoro Petrolina. Sou como rês desgarrada nesta multidão, boiada caminhando a esmo, nas  águas, afogados, despedaçados, às feras, ao mundo atiçados e ninguém diz nada. Algúem para este demente? Nunca, nunquinha mais. Verás, verão, de vera, vã filosofia. Quero comer, Dona Léla, gritavam do colégio, internos d´Itambé, aperrear o Padre Vicentão. Acordado, sonhando os primeiros. Marly morena. O banco da frente é exclusivo pra esposa. E eu lá quero saber com quem se casa, Naruto? Hoje, sei, dia de Bloom. Sim, assim mesmo. Como Joyce, me recuso a ser carneiro. Eiro, eiró. Pó,pó pó, pó, pó, pó, póó Grieg. Arroz à la grega, como gosto, como e gosto. Pô, pô, pô não sou eu. todo mundo vendo. Não, sou eu que quero matar minha, estou enjoado dela.  

sábado, 11 de junho de 2022






                       Oi Dedè, pulinho aqui. C´pressa, Mancambira. Rapidinho. Conheço teu rapido. Qui papo estranho, visse? Qual? Já ouvi isso antes, será? A do cara, chamar o outro de Gente Inferior! Nada sei disto. Cê, bem que sabe, por que pergunta? Eu? Gói, queria dizer goi. E disse, em bom vernaculo! Briguinha de rico, eles brigam por qualquer coisa, até por desenho no ânus, nem isto o pobre tem, o que tem mesmo é o  fedorento, de apelido de todos conhecidos. Quando eu era pequeno lá em Barbacena, estas coisas nem entravam em cena, hoje, atores principais. Oh, mundo, oh mundo. Voltar, ouvir meu Zelenka. 

                       Confutatis maledictis 

                      Flammis acribus adictis

                      Voca me cum benedictis

                      Oro supplex  et aclinis 

                      Cor contritum quasi cinis

                      Gere curam mei finis.