quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

GRILAGEM E FANTASIA

      



            


       Enquanto governantes se preocupam com a identidade d’animais de estimação, gastando o dinheiro público, grandes empresas levam o terror ao sertão, dizimando flora e fauna, desalojam de suas terras, familias, desagregando-as, jogando uns contra os outros, instaurando o medo, o terror, a violência e a criminalidade no meio rural. E assim é neste desertão de mundo, industria de guerras. Góis se matam. Dos camarins inatingíveis nazis, fascistas outros istas, palmas, batem e vociferam. Armas e dinheiro, destruir e matar,  banquetas e burras cheias. História. Não conta sangue derramado, nem choro de vencidos, TODAVIA, o estourar de bombas, o pipocar de rolhas, festa de vencedores. A história do mais forte. Estaria, Darwin, com sua teoria, justificando o suplício, a escravidão a morte do mais fraco ou do incapa de adaptar-se? Acabo de sonhar (e sonhar é bom), brigando (não sei, valha-me, sovino Freud) com meu compadre Hugo Perrone, com quem  nunca briguei, descando, em Itambé, no Colégio Gilberto Viana dos Vocacionistas, estudantes, meninos, nos conhecemos.

Digressões necessárias, descansar a mente do leitor (é assim mesmo,  à moda antiga. Não me rendo ao modismo do politicamente correto, embora não condene quem o faça) bombardeado) pobre leitor, com relato de fatos do concreto, daí a dureza do estilo seguindo a aridez do assunto, que segundo…(deixa prá lá, não lembro), a forma segue o fundo. Em razão disto, tenho-me esforçado.  Traduzir a linguagem jurídica no português de todos, mesmo com algum floreio, nunca porém, para omitir ou acrescentar algo que venha desnaturar a verdade. Posso até mesmo por estilo, não seguir a cronologia dos fatos, mas é só. O fato contado como exatamente se deu. O direito exposto como deve ser, mostrando o erro onde estiver.

Então à nossa história.  A escritura da Capital nº 651702 foi por ter a tabeliã violado o princípio da territorialidade e portanto da legalidade do ato. A empresa eólica, claro, não se conformou e partiu para o Tribunal para anular a sentença do juiz. Parece, entretanto, que não vai ter êxito porque o procurador de justiça já deu parecer favorável à decisão do juiz e pede que tribunal mantenha a sentença. 

Clima tenso na região, irmãos ameaçam irmãos, tios ameaçam sobrinhos, primos ameaçam primos. Assim age a eólica. Intimida, ameaça,  invade terras, conivente, uma tabeliã, enodando todo o poder judiciário porque, sendo uno o poder, o ato de um atinge a todos, porque assim é o julgamento do ser humano que tem por característica igualar a todos, sem capacidade para distinguir o joio do trigo. É por isto que a Claudia não dá mais leitte, incapaz de separar arte de religião. Incapaz de ver no homem, pessoa humana; inábil para distinguir do homem, sua crença, provando que religião não é de Deus, porque desune, não irmana; provando que não um só Deus, porém muitos, segundo a vontade de qualquer um.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

A GRILAGEM DA EÓLICA




Éolo, o vento; Éolo, o guardião dos ventos; Éolo, o senhor dos ventos; Éolo, o deus dos ventos tinha poder, dado por Zeus, de aprisionar o vento. Por compaixão, deu a Odisseu um baú, com o vento aprisionado, para pudesse voltar à sua Ítaca, mas seus marinheiros, pensando ter ouro no baú, abriram-no e o libertando todos os ventos. Odisseu retorna a Eólia procurando Éolo. Este irritado com os marinheiros de Odisseu os expulsou de lá. Poder-se-ia abrir o saco de couro que a família de Noná deu, por alguns xelins, libertar os ventos, ouro em mãos da Eólica?

Noná morreu por saber da insídia de seus parentes, antes tão queridos, muitos deles, carregados por seus braços solícitos. Sim. Sanique conseguiu abrir o saco de couro de um bezerro de sete anos de idade e soltou o vento da Eólica o que a fez odiada tanto pela empresa, como por seus parentes, sobretudo os tios com quem convivera como irmãos serem mais ou menos da mesma idade. Uma sânie, este mundo, Sanique vai sofrer muito nas mãos de seus parentes, mas vai em frente porque é uma fortaleza. Já conseguiu a nulidade da escritura de compra e venda das terras “vendidas” à eólica e vai. como medusa, aniquilando a todos que ousam lhe encarar. Não está só, bem verdade, nesta liça, pois conta com a sagacidade do irmão em manejar os argumentos jurídicos que bombardeiam a eólica e seus advogados nos tribunais. A escritura de 02 de dezembro de 2016, lavrada em cartório da Capital na qual a escrivã dizendo que compareceram à sua presença naquele tabelionato a nonagenária Noná e o representante da empresa eólica os quais “identifiquei como os próprios através dos documentos a mim exibidos” pelos verifiquei a capacidade jurídica” e que “dou fé”, vendeu à empresa eólica as fazendas “COM ÁREA TOTAL de 34.000 hectares e perímetro de longitude  41°…W e latitude 40 ° S. O Ney Latorraca, o Vlad, o Barbosa se foi, vou continuar com minha narrativa na esperança, se não me matarem, por se trata de grupos poderosos, de ajudar, nesta luta insana.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

A GRILAGEM DA EÓLICA

                                     I










                         Você viu, Mancambira? Não posso ter visto o que não sei o que é. E nem vai saber. Hoje, basta sonharem que você tornou público um crime para te cancelarem, te processarem, se não te matarem. Por isso, caluda! Nem cobras, nem lagartos sairão desta minha boca linda, que a terra há de comer. Niente, viu Seu Zé Mancambira? Vixe, cabeluda, antão, Didi! Que vá ao Google, o curioso. Contar só o milagre, o santo, psiu. Uma tabeliã,  triste Bahia! ó quão dessemelhante / Estás e estou do nosso antigos estado! / Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, / Rica te vi eu já, tu a mi abundante. Muito triste, Gregório. Corrompida por um empresário, falsificou uma escritura transferindo um pouco mais de 34 mil hectares de terra para uma empresa de energia eólica, deixando ao léu, muita gente. Sei lá, 700, talvez mais. Proprietários, herdeiros, posseiros de terras abocanhadas pela empresa. Vixe, Didi, é verdade? E depois, só o político é ladrão! Isto me revolta! E onde foi isto, Didi? Não me perguntes. Utilizaram-se de uma idosa. (Como sempre, vítimas dos sabidões). Ela, coitada, enem ler, sabia. Aprendeu, como muitos, a desenhar o nome para votar. E pode, Doutor? Claro, você sabe chinês ou Japonês, Mancambira? Bem verdade, não? Pois, dou-lhe palavra em chinês ou japonês. Você começa a copiar, copiar. Com o tempo você será capaz de escrever palavra, sem nem ao saber seu significado. Assim, cá. Analfabetos, de montão, existem. Inábeis para a leitura, porém, treinados para assinar o nome. Assim, Noná. Iletrada, simplória, beirando a idiotice, mas burro de carga de toda a família, que proprietária de grandes extensa de terra, vivia frugalmente, sem explorar as terras num sertão de secas anuais, conhecida como ricos pobres. O desenvolvimento da tecnologia de aproveitamento da energia eólica, suas terras, no maciço central, se valorizaram, surgindo,  na região, empresas de energia eólica, comprando terras a preço baixo, e, com ajuda de policiais e o beneplácito de serventuários da justiça, intimidam e ameaçam pessoas para venderem suas terras. Briga entre parentes, desagregadora nociva e dolorosa, por romper laços seculares de afeto e comunidade. Foi o que fez a Eólica. Hoje, brigam irmãos, tios, sobrinhos e primos, e por causa disto cincos pessoas já estão no cemitério, que idosos, não suportaram a pressão da eólica. A Noná mesmo, utilizada pela eólica para tomar as terras da família, viveu tranquila desde que “vendeu” 34 mil hectares de terras da família.  Quando a Noná foi depor no Processo Administrativo Disciplinar (PAD) a tabeliã, ficou sabendo. Tinha “vendido” as terras da família. E daí adoeceu. Não durou um mês. O começo. Um primo seu, procurou sua filha. Para documentar uma pequena posse de terra, queria uma escritura de Noná, oferecendo-lhe uma quantia dinheiro. E ela, a filha da Noná, não tio, não precisa pagar nada, Mainha dá. Quando estiver pronta, escritura, trago aqui prá Noná assinar. Alguns depois estava assinada a escritura. O pedaço de terra se tornou 34 mil hectares de terras. Noná sem saber vendera todas as terras da família, como se única herdeira fosse. A Tabeliã da capital faz uma escritura de compra e venda e manda-a, por um particular, para colher a assinatura da Noná no interior. Não existe a figura de preposto de tabelião, nem tem o tabelião jurisdição em outra comarca. Ela, a tabeliã, poderia, e pode, lavrar escritura de compra e venda de imóvel situado em qualquer do país, desde que o proprietário compareça à sua serventia e assine a escritura em sua presença para que ela possa dar por fé o ato. Do jeito que ela fez, terminou por ferir a legislação do país várias vezes, como o artigo 297 do Código Penal, o art.108 do Estatuto do Idoso, os artigos 1°, 4°, 30, inciso XIV e art.31, incisos I, II e V da Lei-8935/94 e os artigos 3°, 97, inc.II, 98, inc.I, art.110 e 118 do Código de Normas do Estado. É muita infração para uma tabeliã só, viu, Senhora? O mundo, uma quadrilha, a pessoa um refém. Lutar contra esta quadrilha, é pedir pra morrer.

(Continuação, em seguida)


quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

 





          


         Cia, cia. Não vou fazer a vontade de ninguém, umbe, a minha. É pau, é paul, é pedra, é o fim do caminho. Hoo, linda, linda muito linda. Hoo é She, she é Hoo. Sabias, tu? Non, sabia cia. Cia é não, não companhia, muito menos Agência Central de Inteligência(CIA), um simples cia não mata ninguém, a CIA, sim, mata milhões. Umbe é sim pros Cia-cias lá na ilha do Butão, que também não é botão. Reinan e Pêga. Quando Gandu, já não era mais Corujão, nem mais havia gandu no Rio Gandu, que os dois, emboscados, esperavam a visita diária, (a rotina é perigosa), à fábrica e tiros, tiros em Manoel Domingos, morrido, ali na hora. Maneca Libânio, como Pau-Vestido, chorou, chorou. Este, a pinga de cada dia, aquele, o neto querido. Taciturno, Seu Maneca. Meses sem o carteado das tardes dominicais na casa de Seu Esmeraldino; tampouco, o dinheiro semanal, as balas, a galinha-gorda, (-galinha-gorda! - Gorda ela é - Pra cima ou pra baixo? - Como vier!),  p’ras meninas dos bancos, de gordos depósitos seus. Mortes matadas, de bicho nenhum era pra existir. Quem inventou o assassínio, tem coração? Cacau, doce é teu mel; divino o chocolate; amargas tuas bagas; amargo o sangue que te rega, né, Gaguinho? Uíras, sabias disto? Onde estão vocês, agora? E o cacau, pelo qual brigastes? E la Belle Adele? Vendeu, por seus milhões, as “Mulheres” de Geraes, o Toninho, há um “milhão de anos atrás.”  Velha, velhíssima, a ladroíce!


domingo, 15 de dezembro de 2024

O DEUS DINDIM

        




             Tão dizendo por aí, Mancambira, que os pastores proibiram seus fiéis de fazerem orações pela recuperação do presidente. Se nem eles acreditam em orações? Quem não sabe que eles, nem em Deus acreditam? Que acreditam mesmo é no Deus Dindim? Há pastores consagrando cetamina para seus fiéis, vendendo-a como água sagrada do Senhor! Um fingarelho qualquer, mal sabe ler, põe uma bíblia debaixo do braço e em pouco tempo está dirigindo um carro de luxo, morando em bairro de elite e se faz chamar de apóstolo, profeta, bispo e outros denominações da hierarquia religiosa.


domingo, 8 de dezembro de 2024

GAIOLA DOS LOUCOS

 

                    Mundo! Um bostil, uma gaiola apinhada de loucos. Nem pr’onde voar, nem nonde pisar. Não se embostar por inteiro. Avia-te, rapaz! Tanta lamúria! já fez, hoje, sua parte? Como quer ver bondades?E quem pode? Se tu limpas, aqui, um toloco, outro aparecerá noutro lugar. E depois, melhor cuidar que curar. Este, mata a galinha dos ovos de ouro, aquele a mina do ouro. Lixo de mundo, Zé Raimundo! Indassim, gosto. Com toda imundície. Quem sabe o depois? Alguém veio d’outro mundo nos dizer? Eu quero viver, neste monturo. Pois, chutar só não, resolve, ele estará sempre em nossa frente, empesteando teu ar, turvando minha vista. Melhor, seria livrar-se de uma vez, de quem tu, assim, nomeias. Alguém já fez isto antes, e deu no que deu. Por quê? O que tu chamas de lixo, não o é para outros. E corres o perigo  de seres tu, o caçado como lixo. Um beco sem saída. Há-de-se conformar. Quem maior tiver as unhas, que suba na parede. Ah! mundacho veio torto, né Frei Teodoro? E ai de quem a ele se oponha. Será, o pobre coitado, impiedosamente pisoteado. O efeito rebanho contra o indivíduo, por mais correto que esteja. E a esmo, vamos nós, que o passeio, não vire obrigação e perca seu verdadeiro fito. Na ponte, um beleguim pega, pelo cavalo da calça, um estafeta e o atiça ao rio, e, nada pudemos fazer, embora o quiséssemos. Seria mais um ou dois a beber do Rio das Tripas a água batizada com os dejetos do mais chique Shopping da cidade. Andemos. Andar é bom, dizia Nietzshe, que costumava escrever passeando, para o corpo e para a mente. Olha ali, Didi, fogo, fogo, no Shopping Sete Portas. Vixe, no terreiro. No Ilê Intilê. Crentes, a Bíblia na mão, na outra, torcha ardente, incendeiam a Casa de Xangô. Iá Detá, Iá Cala, Iá Nassô,   Babá Assicá e Bamboxê Obiticô, tentam salvar os objetos sagrados do culto, enquanto gritam para chamarem os bombeiros, chamarem a polícia. E mais uma vez, nada pudemos fazer. Uma onda de crentes enfurecidos ameaçavam quem se aproximasse para dar socorro. Chegou a Polícia, depois os bombeiros, dispersando, violentamente, as pessoas, mas sem efetuar prisões, mesmo de quem ainda se encontrava com a tocha incendiária nas mãos. Desamparados, impotentes, seguimos, em silêncio nossa caminhada até  a igreja do hospício da Piedade, onde estudara, eu, por um tempo, no Seminário dos Capuchinhos. Olhava, meditativo para os altares, onde ajudava na celebração de missas quando, uma beata, empunhando um enorme crucifixo, brandiu-o contra minha cabeça, gritando: louco, louco, herege maluco, anticristo, disse que Jesus Cristo era filho de um soldado romano com a Virgem Maria e São José, um corno. Vi o sangue escorrer pela testa e o depois, o acordar numa cama de hospital, atordoado, porém, contente. Alguém, finalmente, havia lido meu livro, Eu me Chamo Celso.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

 





        E o cara é senador. Quem o elegeu? Pior do que ele! Sim, Seu Tunim Gomes, o tal do Jorge Seif foi eleito senador por Santa Catarina. Olha o que diz ele sobre pessoa atirada no rio por policiais. “O erro dos policiais foi ter jogado o meliante no córrego. Deveriam ter jogado o penhasco.” Vocês já ouviram coisa parecida? A tese de que existem pessoas superiores e que estas devem dominar as inferiores e sociedade deve expurgar pessoas todas como inferiores tais como judeus, negros, homossexuais, ciganos e marginais. Doutrina que vigorou na Alemanha por algum tempo e da qual parece que o senador por Santa Catarina é adepto fervoroso. “Bandido bom é bandido morto”, resumo fantástico, ninguém fez melhor, desta teoria filosófica, muito em voga na Alemanha entre as décadas de 20 a 40 do século que se findou há 24 anos, e, nós vimos no que deu esta ideologia que tanto fez chorar pessoas no mundo inteiro. 


terça-feira, 3 de dezembro de 2024

MEU PÉ-DE-MEIA

    



       Óh, Zé! Estou indo pr’Inglaterra. Oxente! Fazer o quê? Trabalhar, Zé. O governo Inglês está dando passagem de volta e mais 22 mil reais para o imigrante ilegal que queira voltar. Que bacana! E daí? Daí que vou. Trabalho, estudo, faço meu turismo, e, quando enjoar, porque de tudo se enjoa, pego meu dinheirim, minha passagem e volto. Quem sabe até com pezinho de meia.

               


               Hã!? Seu amor me deu K.O. Ki Cáli me ajude. Me ajude Tyche! Osh, minha deusa. Irei, sim, pro ku, se não imortal, pa. Tudo vai coalescer-se. Se Deus quer o sangue de quem não acredita nele, é um Deus fraco. Estes cabas têm muito habilidade pra tomar dinheiro dos outros. Quem? Os do Vaticano. Anrã, eles compram crianças no mundo todo, mas só brancas, esquecer as sombras trazidas do Quimete. Não me importo que a mula manque, eu só quero é rosetar. Né, Haroldo Lobo? É, Milton de Oliveira. Anhangá é bicho mau, mas protege os animais, né Mancambira? Aqui, um juiz se caga todo na frente de um policial, né, não, Mancambira? Bicarbonato de sódio sob os olhos, retirar a marca do tempo, do choro, de noites perdidas no trabalho, quando outros se divertiam. Enganar o Tempo, devorador d’homens, quando ele próprio não se devora, como fizeram outros. Hum! E o tempo devorou o ouro de São Francisco, viu Trombeta? Impérios caem. Ouve teus estertores, Trombeta, e te acautela de teu fim. Nem sonhes tu que acautelados não estejamos, nossa casa será teu túmulo.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

AS ÁGUAS VÃO ROLAR

        



                 As águas vão rolar, garrafa cheia, eu não quero  ver sobrar. Eu passo a mão na saca, saca, saca-rolha e bebo até, me afogar. Deixa as águas rolar. Se a polícia por isso me prender, e na última hora me soltar, eu pego a saca, saca, saca-rolha ninguém me agarra, ninguém me agarra. Nem mesmo seu Zé da Zilda? Você vai mesmo, deixar me prenderem Dona Zilda? Você deixa Seu Valdir Machado? Aí que saudade! De repente, o Bahiano de Tênis ficou vazio. Não me assustei, comecei a subir a Princesa Leopoldina e logo vi o Largo da Graça, com a Igreja, o abrigo e ponto de táxis e em seguida a Rua 8 de dezembro. Dona Laura pediu para que eu fosse à Telefônica reclamar que o 8456 estava com defeito. Eu fui. Subi a Oito de dezembro, virei à esquerda na esquina da Graça da onde morava seu pai, Seu José Catarino e segui até a Telefônica. Lá fiquei com vergonha, não entrei para dar o recado. Timidez dando-me uma das muitas muitas derrotas que tive ao longo dos anos. Carola, aquele, aquela que não  sai das igrejas, passa o dia zanzando de igrejas em igreja, enchendo o saco dos padres, pastores e ministros; caroche, também, um cara, uma cara que só pensa no trabalho, transferindo seu lar para o local da labuta e não pensa em outra coisa que não o trampo. E as águas rolam e ele se afoga.