domingo, 5 de janeiro de 2020

QASSEM SOLEIMANI













                            
                                 Sei não. Parece. Esconde alguma coisa, a valentia? Estranho, algo, definição impossível. E nós ficamos à mercê de um único senhor. Timur, o coxo, é ferro. Um cão raivoso. Corramos de seu dente. Com a bunda n´alcatifa, minimimado, dedo num botão, Tamerlão, o ladrão de ovelhas, comanda e apavora, for how long? Mas eu te avisei, não avisei? Contra o salteador, a vigília deve ser constante. Pestanejaste, logo, o desastre. Não te esqueças qu´eu, mesmo pela luta, digo  sempre,  a guerra só aproveita a uns poucos, e, a morte dum chefe. puro descuido, ou acidente. Quem de facto morre? A populaça, o sem-abrigo, o operário, o velho, a criança e soldado. Este vai à guerra matar quem não conhece, sem nem mesmo saber porquê o faz. Bendita e abominável. Odeio o progresso regado a sangue. As pirâmides, a conquista d´América, o canal de Suez, o de Panamá. Sangria, sangria. Não, tu? Paz se faz com sangue? Que dorida verdade. Sangre e lágrimas. Blood and slezy. Mundo, aprisionados todos, sem nunca ter pedido para aqui estar. Ai de mim, pobre de mim, que fiz pra merecer um tal castigo? Não, não digas nada. Entendi, apenas o ter nascido. Oh, Deus, silve natura, prouvera eu nem tenha nascido. Aonde vais, tu, homem sem cabeça, de arco e flecha na mão? Não vês que a ti é que vais matar? Dime, por que não largas as armas e não divides com teu irmão o butim? Vês, o camotim te espera, enquanto bem longe da batalha, bebem à tua morte e cantam vitória.

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