Seu olhar. Onde estivesse me olhava, no saguão, nos corredores, na cantina, na sala de aula. Baixava as vistas. Gosto de sua postura frente à banca. Cabeça erguida. Professores, surpresos. Nem eu percebia. Noiva, ia casar. Não achava justo. Me mostrar o apartamento onde iria morar. Desculpas para não ir. Fomos. Na Barra, Marquês de Caravelas, um prédio novo. Falava, falava, calado, aturdido. Elevador, cheirando a alho. Ela abriu a porta. Inda sentia a tinta, branco. Novo, sofá, mesa, um jarro com folhas de pitanga, cadeiras. A cozinha, intacta. Que dizer agora? Que não a tive? Doidos por saber. Ninguém tem mais paciência. Querem logo o fim. Hitchcock não é mais suportável. A técnica de distender o tempo para provocar o suspense é entedioso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário