terça-feira, 31 de agosto de 2021

 



                  



                               Lá vem Koz, descendo a Ladeira do Sossego, saxofone ao pescoço, quase chegando aqui, na Rua do Céu. Ou era uma clarineta? Bem, um piano, não era, aí teria de dizer, um piano carregando um homem. Vou pedir para tocar. Mas, faz medo, virar um monte de carne e osso, comida para cães, gatos e urubus, e outros menos nobres que os humanos chamam vermes. Não, não é Vermeer, são vermes, mesmo. Ele está com uma lira na mão, faz gesto de tocá-la, abelhas saem da lira, esvoaçam sobre seu corpo, corro a socorre-lo, uma abelha senta em meu pescoço, tento tirá-la, ela me pica, seu ferrão queima. Eu não quero matá-la, pego-a com jeto e sacudo-a fora, ela cai no chão. dizem que morrem depois de morder alguém, uma pena, não precisa morrer. Araçá tuba ataca. Tu sabes, nem u´a mosca, quero que morra. 

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