E o Senhor justíssimo, misericordioso e boníssimo disse: Eu divido o mundo em dois. Aos ricos dou comida e aos pobres a vontade de comer.
E ao que se lamentava por ter o Senhor posto a área de lazer perto do esgoto sanitário, disse-lhe o Senhor: Pergunta ao vizinho se ele gosta de ter o cu na barriga?
E que me importa ter a boca na barriga? Desde que não perto do cu!
Porque os discursos hão de ser vestidos e ornados de palavras, não é, Padre Vieira?
E eu, Mancambira, não estou nem aí. Eles só estão mostrando quem, realmente, manda neste mundo de merda. Deixei da lado. Herói? Sem vocação. Gentios, não gente. Escolha d’Eloim. Queres, tu, Mancambira, enfrentar o Deus dos Exércitos?
E quem nos dá as ideias? Não se há de perguntar, elas surgem quando querem e não quando queremos, meu caro, Mancambira. É como se alguém nos estivesse sussurrando ao pé do ouvido. Pergunta a Zé de Danié, se né, assim? Por isto, por mais que queira, nada faço sem aquela voz, embora seja preciso estar sempre procurando-a e atento à sua chegada.
Acabo de ler, Mancambira, num destes jornalecos da redinco a seguinte manchete: “Janja ostenta sapato luxuoso de R$8.5 mil em evento que discute pobreza”.
Inteira razão tem o jornal de redinco: Ela deveria ir fantasiada de mendiga.
E o Robinho entrou numa roubada. A remunco o prendeu, não o tribunal. Estas redes, estas redes vão tocar fogo no mundo, né Frei Teodoro?
Só quero ver o mar pegar fogo, pra comer peixe frito.
Nem quero saber quem é o defunto, só quero chorar.
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