Oh, mundo! Oh admirável mundo novo! Quem te atura? Quem, Bach, vai tocar esta partitura? Neste tão admirável mundo, quem sustém a fuga sem escorregar o dedo que mantém a repetição e arte do contraponto sem ferir ouvidos? Ninguém mais o faz, e basta-lhe um dedo fora do compasso, o compasso deles, para que lhe caiam como enxame a picar-lhe carne e consciência, técnica e inspiração. O cancelamento da redinco e a inquisição deste admirável mundo pós-moderno, da sociedade liquida na qual tudo se dilui. Tudo é nada e nada é tudo. Oh! Mundo! repetição sem compasso, compasso sem métrica, de notas inarmônicas! Quando me vi, estava casa dele. Ver os meninos que nem sei. São meus. Todos, que sim. Eu, com minhas dúvidas. Chantagem, na vista de seu marido. Não queria ver os filhos. A ela, queria. Jurar fidelidade tive, porquê de não embravecer-se. Mais jovem, embora doente. Eu velho e imprestável, tinha de lhe confessar. Entrei no banheiro, queimava o verão. Ela colocou um vestido preto na porta dizendo ir-se enforcar. Qua fazer além de gritar pedindo ajuda? Ele que estava dormindo com minha de ponta cabeça, apenas abriu os olhos e voltou a dormir. Gritei minha, ela mal podia se levantar.
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