sexta-feira, 25 de outubro de 2019

MC GUI
















                                            Tá todo mundo chateado porque,  até agora, não havia falado nada do MC Gui. Como falar de tudo o que acontece neste mundo de meu Deus? Mondo cane, mundo imundo. Costinha Jururu, cuja língua, quando morrer, terá de ir em outro caixão, foi o primeiro a reclamar. Como tu deixa o cara zoar da menina? Câncer, acredita ele, ser imortal? Zé Manoel, que matava a contra-gosto, negros n´Angola: "Se encontrar este gajo, juro que lhe arranco a língua e o boné, nunca mais ele vai inticar uma criatura". Nem ligue, Gui, Zé Manoel, depois que veio d´África, não mata nem barata? Mandam-nos a matar àqueles gajos que nunca vimos, nem mal algum nos fez, gente que, se não fossem as balas, poderia até nos abraçar. Quem ficou curiosa foi Nanã, queria a todo custo que se dissesse quem era este tal de Guigui, que não ouvira falar. Foi um trabalho para explicar que o nome do cara não era Guigui, mas, Mc Gui. Que pobre é que tem apelido assim, Guigui, Didi, Titi. Hoje, rico, ou quem se acha rico tem apelidos estrangeiros. Hoje, Antonio não é mais Tõe e muito menos, Totõe, agora é Tony. Ai de quem chamar um Pedro de Piroca. Palavrão dos grandes. Outro dia cheguei em Capela e disse que queria ver D. Rola e quase apanhei. Não que ela era hoje, respeitosamente chamada de Dona Senhorinha. 





                        
                               
                                      

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