terça-feira, 15 de maio de 2018











                                     




                                                                 
Não, este aí, ainda não foi D. Lela quem o escreveu, nem o padre Antonio dos poemas parnasianos da pomba na mão,muito menos um jovem de agora antenado com o zap-zap, internet e redes sociais. Curto e seco. uma crônica policial dos tempos em que a polícia, ainda ingênua, não tomava  o produto do furto e soltava o preso, com um relatório  sucinto, “o elemento evadiu-se do local do crime”, ou ainda, quando o meliante recalcitrante teima  em não dividir o butim e é sumariamente executado e em seguida  lavrado um “auto de resistência”  fotografando-se-o com uma arma na mão.
- Este o resultado na America Latina, depois da tomada do poder por esquerdistas. Trovejou Amando.
- Engano seu, a corrupção não é privilégio, nem criação da esquerda. Você está sendo inoculado com o veneno de jornalistas corruptos e vendidos ao capital. Estourou Didi.
 Ficava indignado quando alguém atribuía a corrupção unicamente à esquerda, tentando obscurecer o fato de a corrupção ser  um fenômeno tipicamente capitalista.
- Sim, porque, o capitalistmo valoriza  o capital e desdenha do trabalho. Logo,  mais propício à  corrupção, dizia, tu ouves apenas o sino da igreja. É preciso beber informações em outras  fontes. Os jornalistas são empregados do grande capital. Você queria que eles falassem mal do capitalismo, para perder o emprego? A corrupção está grassando porque o capitalismo venceu o socialismo.
- Se capitalismo venceu o socialismo é sinal que o socialismo não presta, sarcasticamente, disse Amando.
- Ter vencido o socialismo não significa ser o melhor, pode-se admitr, e é verdade, que tenha sido mais forte, mais eficaz, inclusive na  corrupção. Foi com a corrupção que o capitalismo elegeu Karol Józef Wojtyła, que se tornou  papa João Paulo II.
- Aí você foi longe demais, disse Amando.
- Longe demais? E que você me diz de João Paulo II ter ajudado a corrupção no Leste Europeu para vencer o comunismo?
Quanto se reclama? Já tem gente dizendo que o autor tirou da algibeira o Amando. Saído não se sabe donde, nem para aonde vai. Acostumados a um anuncio do personagem, uma apresentação, muito prazer em conhecê-lo, o prazer é todo meu. Não suportam uma aparição assim de repente, como se a vida fosse ordenada. Teimo então mantê-lo, que se acostumem. Isto não é matemática. 2+2=quatro. Fica aí Baixinho, era Baixinho seu apelido, só o apelido, porque tem quase dois metros. Para contrastar, no banco onde trabalhavam, existia também o  Grande, talvez menos de metro e meio. Baixinho era do interior de S.Paulo, Grande, potiguar. Amando, Amando? Fica-te por aí para aguçar a curiosidade dos leitores.




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