domingo, 24 de maio de 2020


















                                                     A gente saía com uma cuia de farinha, um pedaço de toucinho, uma frigideira. Catar cupim, salalé, muchém. Com facão e foice, cortava o cupinzeiro, as galinhas sentiam o cheiro, vinham correndo, comer. E nós, quase tudo, dês que vivo. Licuri, seu coró branquinho, cru ou assado. Passarinho, ovo de passarinho, de pato, paturi, de cágado, de tudo. Meti a foice num muchém arranchado num monzê. O cheiro subiu. Um já acendia numa trempe de pedras. O toucinho na frigideira sobre trempe já dava os primeiros estalos e a gente ia sacudindo o cupim dentro dela. Eles se retorciam com a quentura. Que cheiro!

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